Pressuposto de Lancinar

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PAÍS DOS RIOS, PROXIMIDADES DE TANIGAKURE, ÁREA DOS CHALÉS – DIA 8 – 09:22.


O chuvisco fraco cessara, dando lugar para um belíssimo arco-íris no céu. Nuvens brancas estavam espalhadas e calmas, sendo levadas pela brisa suave que mexia delicadamente nas folhagens das árvores. Um cenário que transmitia tranquilidade, diferente da tempestade terrível da noite anterior, que mais parecia uma guerra entre céu e terra.

Na sala estavam Shikamaru e Gaara, em uma partida de Shogi, assistindo aos dois estava Tobimaru. Apesar de "novo", o ruivo conseguia jogar de igual para igual com o Nara, por vezes até mesmo frustrando suas estratégias. No quarto principal, estavam Kankuro e Temari tentando decodificar a mensagem enquanto conversavam:

— Deveria ter me avisado que ele ainda estava com febre, jaan... — a voz era um tanto irritada, mas ele estava mais centrado na mensagem.

— Iria mudar o que? — a loira estava anotando o que o irmão indicava.

— Muita coisa. — a fala séria é acompanhada por um olhar frio, direcionado para Temari. — Eu poderia ter ajudado ao invés de simplesmente ficar surpreso vendo ele correr na minha direção! Isso sem contar que o Lee e a Tenten... — ele é interrompido no meio das palavras ditas com irritação.

— Se acalme. — a voz de Temari era seca como a brisa do deserto. — Eu cuidei dele e ele está bem agora, você descansou um pouco também... Eu sou uma boa irmã para vocês dois, não sou? Por que não me dá um pouco de crédito? — ela para de anotar e olha para Kankuro — Não confia na sua irmã mais velha?

— Temari... — agora o olhar de Kankuro era de surpresa — De onde tirou que não confio em você? Eu só acho que eu poderia ter ajudado, se eu não te desse crédito, teria ido ver ele todas as vezes que acordei de noite, jaan... — ele volta a atenção para a mensagem — agora troca essas palavras por aquelas ali marcadas.

— Ele estava melhorando depois do remédio, por isso não chamei você como pediu. — ela anotava, tentando ser rápida — começaram a aparecer algumas marcas, como em um ritual de selamento, mas o Shikamaru disse que não precisava me preocupar...

— Duvido que você deu ouvidos! — ele encara a irmã, sorrindo de canto.

— No começo não, mas depois sim! — ela joga as anotações terminadas nele. — E não importa, agora ele está bem e podemos voltar para Suna. — ela sorri de canto, se levantando.

— É... Pelo visto as memórias dele voltam logo, jaan... — o irmão fala sorridente, lendo a mensagem. — Vamos amanhã de tarde, assim chegamos um dia antes e os conselheiros terão menos tempo de perturbar o Gaara.

— Para mim parece bom. — a loira já estava na porta — Agora precisamos pensar em como agir com o Gaara caso a memória não volte a tempo para o fes... — antes de terminar a fala, ela é interrompida por um grito vindo da sala.

— MAS QUE SACO! — a voz irritada de Shikamaru era acompanhada por risadas de um certo ruivo que comumente não iria rir daquele jeito.

— O que houve!? — a voz de Temari era preocupada, enquanto ela se dirigia até eles, sendo acompanhada pelo irmão do meio.

A visão que tiveram foi de Shikamaru jogado no chão, com a cabeça apoiada no cotovelo, olhando para o jogo com uma cara de frustração enquanto o ruivo estava deitado no chão, rindo e parecendo se divertir bastante olhando para o cunhado. Era fora do comum verem o irmão mais novo assim, tão descontraído e deixando a alegria transparecer por completo.

— O que foi, Gaara? — a voz de Kankuro era preocupada, mesmo ele sabendo que nada de mal aconteceu.

— Eu... Consegui! — foram as poucas palavras capazes de sair em meio as risadas.

Gaara ChibiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora