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Crítica: ‘Acrimônia — Ela quer vingança’

Bonequinho dorme: Mistura de equívocos e pitadas de psicopatia
RS - Lyriq Bent e Taraji P. Henson no filme Acrimônia - Ela quer vingança
RS - Lyriq Bent e Taraji P. Henson no filme Acrimônia - Ela quer vingança

O autor e diretor negro Tyler Perry costuma ser criticado (inclusive por Spike Lee) por estereotipar sua raça em séries e filmes. No caso do thriller “Acrimônia”, os problemas são outros. O único personagem com alguma complexidade é Robert (Lyriq Bent). Ele não consegue emprego por carregar o fardo de ter sido um delinquente juvenil, e acalenta o sonho do sucesso através de um protótipo de bateria que inventou.

Os dilemas econômicos são bem realistas, mas todo o resto beira o desastre, a começar pela construção da protagonista, Melinda. É ela quem narra a história de sua relação com o ex-marido Robert, em flashback, oferecendo um ponto de vista vitimista mas com traços de psicopatia. Taraji P. Henson está péssima, exagerando nas caretas, e as situações forçadas pelo roteiro vão se acumulando até um dos finais mais ridículos do cinema recente, transformando o suspense em comédia involuntária.