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Arte ao Redor

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Artista paranaense expõe peças de crochê no Anexo da Galeria Millan

Mostra também reúne desenhos e esculturas em cerâmica e vidro, demonstrando a multiplicidade de materiais com os quais Lidia Lisbôa trabalha

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
4 fev 2022, 06h00

A mostra individual Acordelados, no Anexo da Galeria Millan, traz esculturas, desenhos e peças em cerâmica e vidro da artista paranaense Lidia Lisbôa. A curadoria foi assinada por Thiago de Paula e Souza, parte do trio à frente da Trienal de Artes em Sorocaba, que ficou em cartaz até o fim de janeiro. Quando o visitante entra na exposição, as três obras que primeiro vê são as peças de crochê da série Tetas que Deram de Mamar ao Mundo (2021), elaboradas com retalhos de tecidos.

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Lidia começou a fazer crochê na infância, com as tias, em Guaíra, no extremo oeste do Paraná. “Aprendi de olhar”, relembra ela, que consegue com essas tramas gigantes — cada uma tem mais de 3 metros de altura — criar um encantamento. Um deslumbre como aquele no avião, quando passeamos pelas nuvens e temos a impressão de ter a mínima ideia da textura do céu. Quando você deixa de se impressionar com o tamanho das obras, começa a reparar o toque de cada tira ali usada. A paleta norteada por cores claras também é desmembrada e, de repente, seu olhar é atraído por um pedacinho de pano marrom, bem clarinho mas vibrante.

A artista Lidia Lisbôa.
Lidia Lisbôa. (Felipe Berndt/Divulgação)
Desenho em papel mostra riscos pretos que simulam tramas de tecidos.
Desenho “Memórias de Rendas 4” (2021). (Felipe Berndt/Divulgação)

 

Peça de cerâmica marrom que lembra um cupinzeiro.
Peça de cerâmica da série “Cupinzeiros”. (Ana Pigosso/Divulgação)

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Lidia também apresenta peças de cerâmica, parte da série Cupinzeiros, e desenhos, como Memórias de Rendas 4 (2021). “Faço crochê, daí pulo para a cerâmica. Depois, pinto, arrumo a casa e volto para o crochê, não tem uma ordem. É tudo muito natural”, explica a artista, que tem sua fala em sintonia com a do curador: “o que a gente tentou na exposição foi fixar o gesto que norteia a produção artística da Lidia. É a corda, é o ‘acordelar’ diferentes materiais. Isso pode ser visto no crochê, mas também está na série Cupinzeiros, em que ela vai sobrepondo cordões de argila. Também é possível notar esse raciocínio na união das miçangas no grande fio do trabalho Cordão Umbilical (2021)”.

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Anexo Millan. Rua Fradique Coutinho, 1360, Vila Madalena, ☎ 3031-6007. ♿ Seg. a sex., 10h/19h. Sáb., 11h/ 15h. Grátis. Até 19/2. galeriamillan.com.br.

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Publicado em VEJA São Paulo de 9 de fevereiro de 2022, edição nº 2775

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