Madrilenos não se deixaram «acobardar», diz Cavaco

O Presidente da República, Cavaco Silva, homenageou esta terça-feira, em Madrid, as vítimas dos atentados terroristas de 11 de Março de 2004, enaltecendo a resposta dos madrilenos desde então e a «grandeza dos valores que são alicerce da democracia».

«Quis, nesta minha visita, prestar o meu tributo às vítimas dos atentados terroristas de 11 de Março e, através delas, às vítimas do terrorismo. Quis, também, que essa homenagem abrangesse todos quantos, em Madrid, pela força do seu exemplo nessa hora difícil, nos fizeram acreditar na grandeza dos valores que são alicerce da democracia», disse, antes de visitar o memorial do Retiro, na capital espanhola.

No elogio à «impressionante resposta» das autoridades espanholas e da população de Madrid, o Chefe de Estado sublinhou a vontade das autoridades espanholas e dos madrilenos de não se «deixarem abater» ou «acobardar» perante o terrorismo.

Numa cerimónia carregada de simbolismo, Cavaco Silva visitou, acompanhado pelo presidente da Câmara de Madrid, Alberto Ruíz Gallardón, o Memorial do Retiro, construído num parque municipal não muito longe da estação ferroviária de Atocha (onde ocorreu um dos atentados) em memória das 192 vítimas do 11 de Março de 2004.

No memorial, uma elevação relvada com aciprestes plantados em redor (um por cada uma das vítimas), Cavaco Silva depôs uma coroa de flores com as cores de Portugal e Espanha e ouviu um momento musical interpretado por uma solista do coro Gulbenkian.

Depois caminhou até ao topo do monumento, acompanhado pelo presidente da câmara madrilena que agradeceu a presença do Chefe de Estado português e o facto de Portugal ter estado «muito próximo» dos espanhóis após os ataques terroristas, a que se referiu como «o momento mais tremendo na história de Madrid».