Como é desencarnar e a desencarnação

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Desencarnar e morrer são conceitos que têm fascinado e perturbado a humanidade ao longo de toda a sua história. Enquanto a morte é uma certeza inescapável, o processo de desencarnar – a transição da consciência do corpo físico para um estado não-físico – permanece envolto em mistério e especulação.

Este artigo busca explorar as diversas facetas que envolvem a morte e o desencarne, mergulhando nas percepções culturais, filosóficas e espirituais que têm moldado nosso entendimento desses processos ao longo dos tempos.

Desde o medo ancestral da morte até as práticas espirituais como a projeção astral, que preparam a consciência para a transição, examinaremos como diferentes culturas e tradições veem e se preparam para o inevitável destino de desencarnar e morrer.

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Compreendendo a Morte e o Conceito de Desencarnar

A morte sempre foi um tema de profunda reflexão e especulação entre as culturas do mundo, tradicionalmente vista como o fim definitivo da existência. Contudo, ao adentrarmos em uma compreensão mais ampla da consciência e sua relação intrínseca com os corpos dimensionais, nos deparamos com um paradigma transformador: a morte como um mero ponto de transição na jornada eterna da consciência.

Consciência: A Entidade Eterna

Central para este entendimento é a concepção de que a consciência não se limita à experiência física, mas é uma entidade imortal que transcende as limitações temporais e espaciais. A consciência existe em um continuum, manifestando-se através de diversos corpos dimensionais para explorar e experienciar a vastidão da criação. Esta perspectiva redefine a morte não como o cessar da existência, mas como a passagem para um novo estado de ser, abrindo portas para a reencarnação em diferentes realidades e experiências.

O corpo físico, nesse contexto, é visto como um veículo temporário, um receptor através do qual a consciência interage com o mundo material. Equipado com sentidos que captam e traduzem frequências vibracionais em experiências sensoriais, o corpo físico permite à consciência navegar e aprender no plano material. Contudo, submetido à inevitabilidade do envelhecimento, doenças e acidentes, chega um momento em que o corpo físico deixa de ser um hospedeiro viável para a consciência.

Transição Dimensional: A Morte e a Reencarnação

É neste ponto crítico que a consciência se desvencilha do corpo físico, não cessando de existir, mas transicionando para um estado diferente. A morte física, portanto, é apenas uma etapa na contínua jornada da consciência, que se prepara para se reencarnar em outra dimensão ou forma de vida. Este processo, muitas vezes mal interpretado como o fim de tudo, é na verdade uma oportunidade para a consciência expandir seu espectro de experiências e conhecimento em outras formas dimensionais.

A reencarnação, sob esta luz, não é apenas uma possibilidade, mas uma componente natural da existência da consciência, permitindo-lhe um desenvolvimento sem fim através de incontáveis manifestações. A morte, então, é redefinida: não um término, mas uma transição, um portal para novas aventuras no infinito campo de possibilidades que é a existência consciente.

Assim, ao compreendermos a morte através da lente da reencarnação, nos é oferecida uma visão consoladora e inspiradora da vida. A consciência, eterna em sua essência, segue seu caminho evolutivo, adotando novas formas e experienciando a diversidade da criação sem fim. Este ciclo contínuo de morte e renascimento enfatiza a beleza da impermanência e o potencial infinito da jornada da alma.

A Natureza Multidimensional do Ser Humano

A existência humana é marcada por uma rica complexidade que vai além da nossa percepção cotidiana, ancorada em uma estrutura que abrange cinco corpos distintos: físico, etérico, astral, mental inferior e mental superior. Esta concepção multidimensional oferece uma visão mais profunda do que tradicionalmente entendemos por “corpo físico”, desafiando a noção limitada de nossa existência apenas na terceira dimensão.

Estrutura Multidimensional do Ser

O corpo físico, familiar a todos nós, é apenas a camada mais externa, percebida pelos nossos sentidos convencionais. Porém, este é complementado pelo corpo etérico, que funciona como uma réplica energética do físico, vital para a nossa existência terrena mas que se desvanece com a transição da morte.

Além destes, o corpo astral, o mental inferior e o mental superior constituem as camadas mais sutis de nossa existência, permitindo experiências e interações em dimensões além do físico. Esses corpos são fundamentais para a continuidade da consciência após o desencarne, servindo como veículos para a exploração de realidades paralelas.

Com a morte física, a consciência se desprende dos corpos físico e etérico. O término da existência destes corpos, no entanto, não significa o fim da jornada da consciência. Liberada das limitações físicas, ela segue ancorada nos corpos astral, mental inferior e mental superior, mergulhando em um vasto espectro de realidades e experiências além da matéria.

Esta transição é uma mudança de foco na experiência da consciência, que deixa de operar no plano físico para se aventurar em dimensões onde as restrições do mundo material não se aplicam. A morte, vista sob essa ótica, é uma porta para uma nova fase da existência, uma continuação da evolução da consciência em outros estados de ser.

Implicações da Visão Multidimensional

Reconhecendo-nos como seres multidimensionais, expandimos nosso entendimento sobre o ciclo da vida e da morte, bem como sobre o potencial humano. Esta percepção altera fundamentalmente nossa abordagem à existência, sugerindo que a morte física é apenas uma etapa na contínua jornada da alma.

Ao aprendermos a operar conscientemente em diversas dimensões, abrimos as portas para o crescimento e o desenvolvimento espiritual que ultrapassam os limites da vida física. Esta exploração não apenas enriquece nossa experiência de vida, mas também nos prepara para as transições que nos aguardam, evidenciando o potencial ilimitado da consciência humana em sua busca por evolução e compreensão.

Preparação para Morrer

Nas civilizações antigas, a morte era percebida não como um término absoluto, mas como um crucial momento de transição, envolvendo extensivas práticas de preparação e compreensão. Estas sociedades entendiam a inevitabilidade da morte e, por isso, valorizavam a preparação para o desencarne, abrangendo aspectos tanto espirituais quanto práticos.

Os egípcios antigos são exemplares na ênfase dada à preparação para a vida após a morte. Acreditando na continuidade da alma, ou “ka”, após a morte, eles dedicavam imensos recursos à construção de tumbas e realização de rituais funerários, assegurando que os falecidos estivessem prontos para a jornada no além.

Similarmente, na Grécia Antiga, a preparação para a morte tinha grande valor. A crença no Hades como o reino dos mortos e as práticas funerárias, incluindo o costume de colocar moedas para pagar o barqueiro Caronte, refletem a visão de que a morte era apenas o início de outra etapa da existência.

Diversas culturas indígenas ao redor do mundo compartilham uma visão holística da morte, considerando-a uma transição para outro plano de existência. Essas tradições empregavam rituais e ensinamentos específicos visando preparar o indivíduo para essa passagem.

Morrer como Jornada Espiritual

Para essas culturas, a morte era vista como uma significativa jornada espiritual. A preparação envolvia não somente práticas e rituais específicos, mas também um aprofundamento espiritual e filosófico acerca do significado da morte e seu papel no ciclo da vida.

A ênfase no desenvolvimento espiritual e na vivência de uma vida virtuosa era considerada essencial para uma boa preparação para o desencarne. Acreditava-se que, através de uma vida repleta de crescimento moral e espiritual, o indivíduo estaria melhor equipado para enfrentar a transição da morte.

A compreensão da morte como um elemento natural da vida e a sua aceitação eram fundamentais. Essa perspectiva ajudava a mitigar o medo e a ansiedade relacionados à morte, favorecendo uma passagem mais serena.

Embora as práticas variem entre as diferentes culturas, a ideia central é a concepção da morte como um aspecto vital da experiência humana, merecedor de respeito e compreensão. Na sociedade moderna, onde a morte é frequentemente vista como tabu, muito se pode aprender com essas visões antigas.

A preparação consciente para o desencarne não só facilita a aceitação da nossa mortalidade, mas também oferece uma visão mais rica e integrada da vida e da morte como componentes indissociáveis do ciclo da existência.

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O Livro Tibetano dos Mortos: Guia para Desencarnação

O “Bardo Thodol”, conhecido no Ocidente como o Livro Tibetano dos Mortos, representa uma peça central da literatura espiritual tibetana, oferecendo um guia profundo para o processo de morte e o subsequente estado intermediário até o renascimento, o “bardo”. Este texto não só instrui os vivos e os moribundos sobre as transições espirituais pós-morte, mas também ilumina a compreensão budista tibetana da consciência além da vida física.

O Conceito de Bardo

“Bardo”, neste contexto, é entendido como um estado liminar que a consciência experimenta entre a morte e o renascimento. O Livro Tibetano dos Mortos descreve o bardo como um período crítico de transformação, repleto de visões e experiências que podem ser tanto perturbadoras quanto esclarecedoras. Segundo o texto, as aparições no bardo são projeções da mente do indivíduo, e o reconhecimento dessa verdade pode facilitar a libertação ou conduzir a um renascimento auspicioso.

O texto oferece orientações precisas para atravessar as experiências do bardo, enfatizando a necessidade de compreensão e aceitação. A prática da meditação, o cultivo de virtudes e a realização da natureza efêmera da realidade material são apontados como preparativos vitais para a morte. Essas práticas são essenciais para abordar os desafios do bardo com lucidez e compaixão, permitindo uma transição consciente e pacífica.

Além de ser um manual para os que estão no limiar da morte e para aqueles que os assistem, o “Bardo Thodol” é um texto de profunda significância espiritual. Ele explora a natureza da mente e da realidade de maneira que transcende o contexto da morte, influenciando praticantes e estudiosos da espiritualidade e do morrer em todo o mundo.

Impacto e Relevância Contemporânea

O Livro Tibetano dos Mortos continua a ser uma fonte de inspiração e guia para muitos, oferecendo perspectivas únicas sobre os mistérios da morte e o processo de desencarne. As instruções contidas no texto fornecem ferramentas valiosas para encarar uma das mais profundas questões da existência humana, ressaltando a importância da preparação espiritual para uma transição consciente e esclarecida além da vida.

Este texto tibetano é um testemunho da rica tradição espiritual do budismo tibetano, convidando à reflexão sobre a mortalidade e a continuidade da consciência, e reforçando o entendimento de que a morte é uma transição, não um fim, no ciclo contínuo da vida.

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A Importância da Prática da Projeção Astral na Preparação para o Desencarne

A prática da projeção astral, reconhecida nas tradições esotéricas como uma forma de separação consciente do corpo físico, oferece uma preparação inestimável para o desencarne, simulando aspectos cruciais da morte de uma maneira controlada e reversível. Esta prática permite à consciência explorar dimensões além do físico, proporcionando uma vivência direta de estados de existência que muitos acreditam serem semelhantes àqueles encontrados após a morte.

Compreendendo a Projeção Astral

Durante a projeção astral, o indivíduo experimenta uma forma de “desdobramento”, onde o corpo astral ou consciência viaja fora do corpo físico. Essa experiência oferece uma perspectiva única sobre a natureza não-física da existência, sugerindo que a consciência pode operar independentemente do corpo material.

A familiaridade com o estado de separação do corpo físico pode diminuir significativamente o medo e a ansiedade associados à morte. Ao entender que a consciência pode existir e funcionar fora do corpo, o indivíduo pode enfrentar o desencarne com mais tranquilidade e aceitação.

A experiência regular com o plano astral expande a compreensão sobre a continuidade da consciência além da vida física. Isso ajuda a cultivar uma percepção mais profunda da morte não como um fim, mas como uma transição para outra fase da existência.

Praticantes de projeção astral aprendem a manobrar conscientemente no plano astral, adquirindo habilidades que podem ser valiosas no momento do desencarne. Essa capacidade de navegação consciente pode facilitar a adaptação à nova realidade após a morte.

A projeção astral introduz o praticante a uma variedade de frequências vibracionais, semelhantes àquelas que podem ser encontradas após a morte. A aclimatação a essas frequências pode ajudar a consciência a se ajustar mais facilmente às condições do plano astral no pós-vida.

A prática da projeção astral não é apenas uma jornada de autoexploração e expansão espiritual; ela também serve como uma preparação vital para o inevitável processo de desencarne. Ao familiarizar-se com a experiência de separação do corpo físico e explorar as dimensões além, os praticantes podem abordar o final da vida física com maior paz, compreensão e prontidão para a próxima etapa da jornada da consciência.

Assim, a projeção astral emerge como uma ferramenta poderosa na preparação para o desencarne, oferecendo uma abordagem prática para enfrentar um dos mais profundos mistérios da existência humana com confiança e clareza.

Livros sobre Desencarnar

Graham Coleman – O livro tibetano dos mortos

“O Livro Tibetano dos Mortos” de Graham Coleman é uma tradução e exploração detalhada do famoso texto tibetano “Bardo Thodol”. Este livro oferece insights sobre as crenças tibetanas a respeito da morte e do processo de desencarne, guiando a alma através do estado intermediário entre a morte e o renascimento. Coleman fornece uma análise compreensiva, tornando este trabalho complexo acessível ao leitor moderno.

Wagner Borges – Viagem espiritual: A projeção da consciência

Em “Viagem Espiritual: A Projeção da Consciência”, Wagner Borges explora o fenômeno da projeção astral, uma prática espiritual onde a consciência se separa do corpo físico. O livro combina teoria e experiências pessoais, oferecendo ao leitor um guia prático sobre como realizar viagens astrais conscientes e seguras, além de discutir o impacto espiritual e evolutivo dessas experiências.

Robson Pinheiro – Desdobramento astral: teoria e prática

“Desdobramento Astral: Teoria e Prática” de Robson Pinheiro é um guia abrangente sobre a prática de sair do corpo conscientemente. Este livro detalha técnicas e teorias do desdobramento astral, também conhecido como projeção da consciência, e oferece conselhos práticos para aqueles que buscam explorar dimensões não-físicas. Pinheiro aborda também os aspectos espirituais e terapêuticos dessa prática.

Conclusão

A jornada através dos conceitos de desencarnar e morrer nos leva a uma maior compreensão e, possivelmente, a uma maior aceitação desses processos naturais da vida. A morte, vista não apenas como um fim, mas como uma transição ou transformação, oferece um novo contexto para entender nossa existência.

As práticas como a projeção astral e os ensinamentos de textos antigos, como o Livro Tibetano dos Mortos, fornecem ferramentas para encarar a morte não com medo, mas com consciência e preparação.

Reconhecer a morte e o desencarne como partes integrantes da experiência humana nos permite viver com maior plenitude e significado, abraçando cada momento com a consciência da impermanência e da continuidade da jornada da alma.

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