Educação e Valores

EDUCAÇÃO E VALORES
VÍDEO AULA III – O JUÍZO MORAL NA CRIANÇA
PROFESSOR: ULISSES ARAÚJO

Moral: Sistema de Regras

Segundo Piaget, toda moral consiste num sistema de regras. E a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras. Pessoa moral é a pessoa que cumpre as regras da sociedade. Não basta obedecer a uma regra por medo de uma consequência, é preciso internalizar o respeito.
Piaget cita estados que o ser humano desenvolve sua autonomia.
a/nomia: quando nascemos e ainda somos crianças bem pequenas
hetero/nomia: a sociedade é quem vai dizer o que pode e o que não pode, as regras possuem fonte variada.
Auto/nomia: quando o indivíduo internaliza uma regra, ele entende, por si próprio, sem precisar que ninguém lhe diga quais regras devem ser cumpridas.
As pessoas saem do estado de anomia para a autonomia através do respeito unilateral, ou através da coação, pois nesta última existe o sentimento de amor, e do medo. Quem ama tem medo de perder. Mas é na relação de cooperação que realmente flui de maneira saudável esse desenvolvimento. Nela existem, o jogo, as regras, o respeito, a afetividade e o amor.


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA IV – A ESCOLA E A CONSTRUÇÃO DE VALORES
PROFESSOR: ULISSES ARAÚJO

Construindo Juntos

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Segundo Piaget, existem 7 aspectos que devem ser considerados para que a escola realmente tenha uma educação de valores.
1. O conteúdo escolar: o trabalho com valores e a formação da cidadânia precisam estar no dia a dia da escola e também nas disciplinas.
2. Metodologia das aulas: é necessário que a aprendizagem ocorra de forma colaborativa. Construção coletiva, diálogo e papel ativo. Procurar informações no mundo real.
3. Trabalho intencional com valores: a escola deveria avaliar como em outras disciplinas o respeito, os valores que foram trabalhados no decorrer do período estabelecido.
4. Relações interpessoais: o respeito, a autoridade e a admiração devem ser construídas no dia a dia, pelo professor e pelos alunos.
5. Auto estima: a auto imagem que cada indivíduo constrói sobre si mesmo é o que vai representá-lo e confundí-lo. Essa auto imagem encontra-se dentro de nossa consciência.
6. Auto conhecimento: aprender a se conhecer.
7. A gestão escolar: o diálogo e a cooperação entre todos da escola é fundamental para que as decisões, opiniões e ações não fiquem nas mãos de um pequeno grupo.


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA VII – EDUCAÇÃO E ÉTICA
PROFESSORA: CARLOTA BOTO

E a ética na escola…..

Educação e ética: a ética deve acontecer entre os diversos grupos de uma escola. Relações entre professores, alunos e professores, alunos e funcionários etc.
A escola é como uma travessia entre a família, primeiro grupo social que o indivíduo convive, e a sociedade. Ela prepara para a vida. Portanto necessita de trabalhar relações, sentimentos e regras.
A criança é regida por regras exteriores, mas a ética se forma através dos exemplos.
O professor é a primeira grande referência do adulto, que a criança tem. Ele não conseguirá trabalhar a ética com seus alunos se eles não souberem com clareza as regras.
Educação e Ética -> transmissão de: saberes e valores.
Existe a cultura letrada ( ler, escrever, contar, comportar-se).
E existe o currículo oculto: que é a formação do cidadão.


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA VIII – A CONSTRUÇÃO PSICOLÓGICA DOS VALORES
PROFESSOR: ULISSES ARAÚJO

A Construção de Valores

Valores: é tudo aquilo que a pessoa gosta. Tanto do ponto de vista psicológico como do ponto de vista afetivo. Os valores são relativos.
Eles podem mudar em qualquer momento da vida das pessoas, valores centrais, podem se tornar periféricos dependendo de motivos externos, como uma perda afetiva ou um trauma.


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA XI- PERSPECTIVAS ATUAIS DAS PESQUISAS EM PSICOLOGIA MORAL
PROFESSORA: VIVIANE PINHEIRO

As trocas afetivas que o sujeito realiza com o exterior são chamadas de valores. Esses valores podem ser positivos ou negativos, isso acontece dependendo da projeção de sentimentos que o indivíduo coloca sobre os outros, os abjetos e sobre si mesmo. Cada pessoa tem um papel ativo sobre a construção dos seus valores.


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA XII- PERSPECTIVAS ATUAIS DE EDUCAÇÃO EM VALORES
PROFESSOR: ULISSES ARAÚJO

Nesta aula o professor Ulisses Araújo faz um resumo sobre a aula III, e mostra o papel da escola na construção de valores, mostra também como a comunidade pode ajudar na construção desses valores dentro da escola.
ARTICULAÇÃO ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE
1. Gestão por meio de um Fórum;
2. Para “fora” da escola;
3. Para “dentro” da escola;
4. Protagonismo dos estudantes.
1. O fórum tem como papel essencial articular os diversos segmentos da comunidade escolar e não escolar que se disponham a atuar no desenvolvimento de ações mobilizadoras em torno das temáticas de ética, democracia e cidadania no convívio escolar tocando de forma específica quatro eixos de atuação: ética, convivência democrática, direitos humanos e inclusão social.
2. Educação comunitária, realidade cotidiana, a vida em torno da escola como forma de aprendizagem, os alunos saem da escola e identificam os problemas existentes dentro da realidade da comunidade próxima a unidade escolar.
3. Elaboração e desenvolvimento de questionários de acordo com contexto encontrado na comunidade por professores e alunos.
4. Tanto em seu projeto político pedagógico como em seu planejamento institucional, a escola precisa considerar a realização de projetos e ações que ao mesmo tempo promovam o acesso aos bens culturais exigidos pela sociedade contemporânea que garantam uma formação política aos jovens de modo a lhes permitir participar da vida social de forma mais critica dinâmica e autônoma


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA XV- DIMENSÕES CONSTITUTIVAS DO SUJEITO PSICOLÓGICO
PROFESSOR: ULISSES ARAÚJO

Dimensão Construtiva do Sujeito Psicológico

Os aspectos multidimencionais que estão presentes no psiquismo das pessoas, são qualidades essenciais relacionadas a percepção da vivência da realidade, são as dimensões, cognitivas afetivas, biológicas, cultural. Juntas num funcionamento psicológico explicam a complexidade do funcionamento do pensamento dos seres humanos. Não é possível que cada um desses aspectos seja estudado separadamente, pois eles estão interligados, como em uma rede, e funcionam de maneira entrelaçada.


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA XVI- A CONSTRUÇÃO DE VALORES E A DIMENSÃO AFETIVA
PROFESSORA: VIVIANE PINHEIRO

A afetividade funciona como fonte de energia para a cognição e também como um instrumento que organiza o psiquismo humano.
O afeto move o interesse, a necessidade e a motivação, sem ele não haveria inteligência.
Segundo Piaget:
“ A afetividade é uma condição necessária na constituição da inteligência mas, na minha opinião não é suficiente”


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA XIX- PODEM A ÉTICA E A CIDADANIA SER ENSINADAS?
PROFESSOR: JOSÉ SÉRGIO CARVALHO

Outra coisa não faço, diz Sócrates, “senão andar por aí persuadindo-vos, moços e velhos, a não cuidar tão aferradamente do corpo e das riquezas, como de melhorar o mais possível a alma, dizendo-vos que dos haveres não vem a virtude para os homens, mas da virtude vem os haveres e todos os outros bens particulares e públicos” . [ … ] Não é conforme à natureza do homem que tenha negligenciado todos meus interesses, sofrendo há tantos anos a conseqüência desse abandono do que é meu, para me ocupar do que diz respeito a vós, dirigindo-me sem cessar a cada um em particular, como um pai ou um irmão mais velho, para o persuadir a cuidar da virtude” .
(Sócrates)
” Cálias, se teus filhos fossem potros ou garrotes, saberíamos a quem ajustar como treinador para lhes aprimorar as qualidades adequadas; seria um adestrador de cavalos ou um lavrador; como, porém, eles são homens, quem pensas em tomar como treinador? Quem é mestre nas qualidades de homem e de cidadão? Suponho que pensaste nisso por teres filhos. Existe algum ou não existe?
Existe sim, disse ele.
Quem é, tornei eu, de onde é? Quanto cobra?
É Eveno, ó Sócrates, de Paros, respondeu ele, por cinco minas
Fiquei, então, com inveja desse Eveno, se é que é senhor dessa arte e leciona a tão bom preço “.
(Sócrates)
“Desde que a criança compreende o que lhe diz, a mãe, a ama, o preceptor e o próprio pai conjugam esforços para que o menino se desenvolva da melhor maneira possível. Toda palavra, todo ato lhes enseja ensinar o que é justo, o que é honesto e o que é vergonhoso …. o que pode e o que não pode ser feito. …Depois o enviam para a escola e recomendam aos professores que cuidem com mais rigor dos costumes do menino do que do aprendizado das letras e da cítara. [ … ] não te dás conta (Sócrates) de que todo o mundo é professor de virtude, na medida de suas forças; por isso imaginas que não há professores. Do mesmo modo, se perguntasses onde estão os professores de grego [coloquial] não encontrarias um só”.
(Platão)
“… o educador está aqui em relação ao jovem como representante de um mundo pelo qual deve assumir responsabilidade, embora não o tenha feito e ainda que secreta ou abertamente possa querer que ele fosse diferente do que é. Essa responsabilidade não é imposta arbitrariamente aos educadores; ela está implícita no fato de que os jovens são introduzidos por adultos em um mundo em contínua mudança. Qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças, e é preciso proibi-la de tomar parte em sua educação”.
(Hannah Arendt)
“A virtude [ … ] recebe do ensino a geração e o desenvolvimento, por isso necessita de experiência e tempo; a ética provem do hábito [ … ] portanto as virtudes não se geram por natureza ou contra a natureza, mas se geram em nós, nascidos para recebê-las e aperfeiçoando-nos mediante o hábito [ … ]nós [as] conseguimos pela ação, porque, como nas outras artes, o que é preciso primeiro aprender para fazê-lo, aprendemos fazendo-o, tal como nos tornamos construtores construindo, ou tocadores de cítara tocando. Assim também, realizando ações justas ou sábias ou fortes tornamo-nos sábios, justos ou fortes”.
(Aristóteles)
“Reparai: [ … ] entre o semeador e o que semeia há muita diferença: (..) o semeador e o pregador é o nome; o que semeia e o que prega é a ação; e as ações são as que dão o ser ao pregador. Ter o nome de pregador, ou ser pregador de nome, não importa nada; as ações, a vida o exemplo, as obras, são as que convertem o mundo.
[ … ]
Hoje pregam-se palavras e pensamentos, antigamente pregavam-se palavras e obras. Palavras sem obras são tiros sem balas; atroam, mas não ferem. O pregar que é falar, faz-se com a boca; o pregar que é semear faz-se com a mão.Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras”.
(Pe. Antônio Vieira)


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA XX- VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO UNIVESP TV: VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
PROFESSORA: FLÁVIA SCHIELING

O significado da palavra violência segundo o site wikipédia é: Violência é um comportamento que causa intencionalmente dano ou intimidação moral a outra pessoa, ser vivo ou dano a quaisquer objectos. Tal comportamento pode invadir a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado. O termo deriva do latim violentia (que por sua vez o amplo, é qualquer comportamento ou conjunto de deriva de vis, força, vigor); aplicação de força, vigor, contra qualquer coisa.
Assim, a violência diferencia-se de força, palavras que costuma estar próximas na língua e pensamento quotidiano. Enquanto que força designa, em sua acepção filosófica, a energia ou “firmeza” de algo, a violência caracteriza-se pela ação corrupta, impaciente e baseada na ira, que convence ou busca convencer o outro, simplesmente o agride.
Nesta vídeo aula a professora Flávia Scieling explana da dificuldade de falar nesse assunto, a violência emudece, principalmente quem passa por ela, as pessoas tem dificuldade de colocar em palavras o que acontece.


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA XXIII- ASSEMBLEIAS ESCOLARES E DEMOCRACIA ESCOLAR
PROFESSOR:

Assembléia e Democracia Escolar

O exemplo demostrado nesta vídeo-aula, a Escola Comunitária de Campinas mostra a realidade das assembleias, que dão certo quando feito com determinação e envolvimento de todos.
Para realização de Assembleias é necessário organizar reuniões de forma com que os alunos participem e busquem juntos soluções para resolver os conflitos expostos.
O objetivo das assembleias esta nas resoluções dos problemas através do diálogo, na escola mais democrática, na formação ética e moral dos alunos e na busca de autonomia.
As assembleias podem ser organizadas em:
1. Assembleias de Classe;
2. Assembléia de Escola ( ou de Curso, como é utilizada no exemplo desta vídeo-aula);
3. Assembléia Docente.
O benefício das Assembleias de imediato é a enorme diminuição da violência dentro da escola, deixa em níveis democraticamente aceitáveis, mas o principal benefício é a construção de valores das crianças.
Ao participar da “Assembléia” o aluno é protagonista no estabelecimento de regras e soluções, por isso, cria um sentimento de pertencimento ao grupo, passa a atribuir significado às regras e zelar pelo seu cumprimento.
Além disso, nestes momentos o aluno aprende a se posicionar diante do grupo, aprende a ouvir, a esperar a sua vez, a decidir coletivamente, a zelar pelo bem comum, enfim, aprende sobre cidadania, valores e ética.


EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES
VÍDEO AULA XXIV- DIVERSIDADE/PLURALIDADE CULTURAL NA ESCOLA
PROFESSORA: DANIELA KOWALEWSKI

A socióloga aponta alguns dos principais aspectos sobre diversidade/pluralidade:
1. as dificuldades de se lidar com a diferença, diversidade, pluralidade e multiculturalismo;
2. os termos trabalham com a mesma questão, mas cada um deles traz diferenças epistemológicas bem distintas;
3. Maior acesso a diversidade
4. igualdade e diferença – o que deve ser contemplado na escola?
Daniele Kowalewski cita o conceito de dois autores, Silvia Duschatzky e Carlos Skliar, em “O nome dos outros. Narrando a alteridade na cultura e na educação” para embasar o assunto abordado.
Três principais classificações da temática:
A) o outro como fonte de todo o mal: isso é evidente no início do século XX, ilustrado pelo nazismo e escravidão, por exemplo, em que o outro seria fonte do mal, da doença; deve ser evitado, isolado. Muitas vezes, trabalhamos com as diferenças como se elas fossem fonte do mal;
B) o outro como sujeito pleno de uma marca cultural: às vezes, tratamos o outro como se ele estivesse preso a uma cultura e, assim, não possuísse outras características (a socióloga chama como essencialização da diferença);
C) o outro como alguém a tolerar: tolerar a diferença não significa trabalhar com ela ou incentivá-la. Na escola, podemos enaltecer ou inibir preconceitos.


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