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<<QS LUSIADAS>>
DB
LUIS DE CAMOES
EDIQAO ORGANIZADA, PREFACIADA E ANOTADA
POR
REIS BRASIL
2."
edi~ao
1972
EDITORIAL MINERVA
Rua Luz. Soriano, 33
LISBOA
Enrderego do au tor:
Rua da Rosa, .35-1.0
Lisboa-2
ADVERTE:NCIA PREAMBULAR
(1." edigao)
vnn
casas em que o perfeito conhecimento da estancia exija mais
extensos e pormenorizados dados mitol6gicos, esses dados
sertio sempre facu,ltados na nota ou notas correspondentes.
ld6ntico criteria seguimos para outros elementos elucidativos,
como siio os de valor geogrrifico, hist6rico, cientifico.
d) -No que .diz respeito a jiguras de linguagem ou de
penswmento, ou processos simila'res, pusemos no comego da
obra um capitulo onde o leitor encontrM<i a nogiio desses elementos, quando os ntio souber reconhecer em cada caso.
As notas remetertio 1)(1ffa esse capitulo JJor meio dum aste-
e s6
DADOS BIOGRAFICOS
DE LUfS VAZ DE CAM6ES
Vitrias sao as dda!des ou terras que reclamam a honra
<de r:ne!las ter nascido o mai'or gffilio luslada. E-ntre elas citam-se:
Alenquet, MagKo, Sa-ntar&m, Coimbra e Lisboa. Dev-emos
recordar que a familia de CamOes vivia em Lisboa. Daqui
.foi, addenta1mente, .para Coimbra, seguindo a corte de
D .Joao III, .que fu:gia a peste 1de'Clarada na capital, e levan-do
seu -fHho que tinha 3 anos -de idaJde. Nao havendo quaisquer
testemunhos seguros, parece que as :probabili!dades levam a
consi-d-erar, Lisboa, como sua dda:de natal.
Seu 'Pai -foi Simfio Vaz, cavaleiro fi-dalgo, originiri'o da
Galiza, neto segundo de um trovador 'dessa rprovi-ncia, por
nome Vasco Pires de CamOes. Sua mae foi D. Ana 'de Mac-e'do,
natural de Santar.&m, aparentwda com os condes de Vimioso.
0 seu na,scimento, segu.n!do os melhores bi6grafos, :deve
situar-se entre 1524 e 15'25. Sua mae ~oneu de \Parto, como
se d&duz do soneto:
Can~ao
XI
XIII
XII
urn td8nio, mas perman&ceu 16 a:nos no Oriente, ate ao ano
de 1569.
" .~omou p~rte. llla expedigao a Hha 'de Chembe, na vigila~~m. dos Estrertos de Meca e Ormuz no ano de 1554 (Feverei~o a Novembro). P.ez a campanha da.s Molucas, on>de ficou
fe~I1do. Atacou os ~abusos cometVdos na fndia, como se pode
ve~ n? .poema Dtsparates da india. Em Goa Drientou a
primeira representa~ao da sua comSdia Filodemo
_Em 155'5 pe~diu ao govel'nador Francisco Ba~reto seu
~migO, 9Ue lhe premitisse .passar a condi<;iiv civil. Corndedido
1sto, fo1 :nomea~o Provedor-m6r de De;funtos e Ausentes
Bm Macau. Segmu .para Macau na annarda de D. Joiio P.ereira
en: 1558. Aqui )pu1iu a parte dos, <<Lusiadas jii. composta ~
.a~ta-nto~ ~rna boa parte na compusiciio. No fi.nal do trie~iO
fot destltmdo do lugar, preso e levado a Goa (1560). De volta
a Goa embarcou num galeiio que vinha da China 0 barco
so.ssobrou na costa do Cambo'dja, na foz do rio M~con, per~
den-do-s~ tO'da a carga. O poeta perdeu tuldo quanto tinha
consegmrndo salvar a'pt:mas o poema dos Lusir.~.:das.
'
No ano de 1562 f?i julgado dum crime de que o acusaNam.
N ada se provou, POlS -apurou-se que tlido tinha sido e-feito
de Jalta de fisc-alizagao sabre o pessoal ,subalterno. Esteve
preso durante o tempo em que decorreu o ju1gamento. CompOs
uma o'de (Ode VIII) >para a a;prese:n:taQ.o da ohra de Garcia
da Orta, Col?quios dos Simples e das Drogas. Nesta ohra
_lPareceu publi-ca:da a prime-ira pro-dw:;ao de CamOes em rJ.etra
Impressa.
Nada se .sabe da sua vida ate ao ano 1de 1567, a:no em que
Te~olyeu embarcar para M?Qambique afim de -regress-ar a
Patna. Pedro !3arreto ~ohm ofereceu, na sua nau, uma
p.assagem graturta <; camoes, 1de Goa para MoQambique. Aqui
!Icou, em comple.to Isola.me~t~, sofrendo as maiores privaQOes
de toda a -sua vtda. (Vl'de D10go de Couto, Dtcadas da Asia,
VIII, 28; IX, 20).
~a!ece c~recer .de f3-ndamento a lenlda do esc:i:avo Jaru,
Antcmo, 1po1S, se Camoes nKo tirn'ha din'heiro para a sua
viagem, com3 o rteria para trazer um . Es'cravo? Embarcou
n~ -ano de 1u67 :na mesma nau Santa ()lara em que vinha
Dwgo de Couto e wportou a 1Cascais em Abril de 1568 depois
de 17 anos de auseneia.
'
Ofereceu uma c6pia do poema a D. SebastHio, semlo seu
portador e Mece~as, o Conde de Vimioso, D. Manuel de Port~g~l; a ele tdediC?u a Orde VII. 0 rei recebeu com agra:do a
cop1a. Pouco depo1s seguiu~se a autorizag5.o do Santo Offcio
*
A primeira edh;iio das Rimas ap:areceu, em Li.sboa, n.oano de 1614, impressa por Vicente Alvares, mercador de livros..
No ano '-de 1572 sairam da oficina do impressor AntOnio Gon~alves, em Li.sboa, as :duas primeiras ediQOes do poema Os
Lusfadas. A vfM'dctdeira tern no alto' da portada um pelicano
com o bico volta:do para a esque1da de quem olhe; a falsa,
ostenta a mesma portada, mas o peHcano tern o bico voltado
para a direita. Da 1primeira e vex~dadeira mamdou a Biblioteca.
N acional fazer rum facsfmile, ha pou<!os anos.
XV
Tris-os-Montes.
Alvorogado- Alvora(}a'do, por uma dissimilaQtio *.
Antam, ctnUio- A forma 'de hoje e entiio por dissimila9iio
*.
XVI
XVII
*.
ouvir em Tr<is-os-Montes.
ManUm- Corresponde a man teem. Temos .s-6 -difere:n~a
gr3.Jica.
Mi- E for-ma popular deriva:da do 1dativo 1at1no mihi que
deu mii e mi. 'Mais tarde, o ;prolongamento do som- inicial do
m bilabial veio a dar a fo1ma ho1derna mim.
li1iUdo, miUda- Forma po'pu'lar por ajerese *; e.sta em
vez de amiUde.
111aura- Precede do latim morior por meio de metcitese *~
A forma de hoje e morra.
Ne:nhUa- Forma popular. Ve:ja-se algfia.
N6- Forma :popular actual em vez de ndo.
6 - Esta ;por ao. E forma popular actual ainda. Temos
uma contracgfio.
li
\I
XIX
XX
XXI
...
...
... ...
........ .
come~o
XXIII
XXII
rda
XXIV
XXV
... ...
...
... ...
.. '
Quiasmo- Consiste na disposigllo dum pe~lod? em 4 ;nerobros .que fazem cruzamento com esta concordanc1a: o 1. com
o 4. 0 , eo 2. 0 como 3.~.
Exemplo: POe em terra os giolhos, e os sen'tidos
Naquele Deus que o Mundo governava.
(II, 12, versos .S-4)
Retic&ncia- D&-se esta figura, quando o sentido fica
suspenso e aparentemente incompleto.
Exemplo: Mas, moura enfim, nas mrios das brutas gentes,
Que pois eu fui. ..
(II, 41, versos 1-2)
Silepse- E uma concord&ncia, nao segun-do as leis gramaticais, mas -sim segun1do a ideia domi111ante no esp:frirto do
escrito-r.
Exemp1o: De .Africa e No to a forga, a mais se atreve;
............. ..
NOTAS LINGUfSTICAS
It
II
11
Exemplo:
Ex.emplo:
Exemplo:
0 MILAGRE DE OS LUSiADAS>>
Tomemos, nas nossas mtios, o nosso poema, o po~m_a de
todos OS Portugueses, que e, ao me~mo te1!1-po, a glorta de
toda a lusitanidade. Mas temos mutto ma~s. 0 poema e o
grande milagr,e do Renascimento, porque e o poema da expanstio das Dout'rina da Boa Nova por todos os pontos do g_lobo.
agora unificado, porque e 0 poema da defesa .do homem m~e
gral, isto e, 0 poema que defende 0 homem e?n todas as ctrcunstiincias da vida e da fortuna. Jf.J o grtto supremo do
humanismo murrdial.
.
Neste poema encontraremos a M_itolog_ta c'riada para ~e1
uma nova significar;;Cio, pois e a :-Wttologta posta ao se1'Vtgo
do homem, ao servigo do Portugues, ao servtgo. de Deus e da
Patria. A Mitologia encobre as grandes 1ealtdades de que
0 poema e portad01 pa;ra cada um de n6~, PMa OSA homen_s de
todos os tempos e de todos os PO'VOS pots .tot}os !em mutto,_ a
aprender na leitura s6ria e na profunda medttagcw das estancias deste poema.
. .
._ . . _
A p1esente edigiio _s6, pretend? s,er_ uma sn~ples m1c1a~ao
no -culto sagra:do e augusta -dos m1stenos camomanos. A Pl.ena
pa'l'ticipagCio nesse culto fica a cada um dos ~ultores, pots 0'
poema como 0 mana que Jave deu aos Israelttas no desMto.
Gada um, se bem souber atentar, se spuber levantar-se_ cedo
8 ser cuidadoso na apanha deste mana, ca~a um encont:a;ra
0 alimento de que mais gosta para seu provetto e para deltetar
o seu espirito.
.
.
' CamOes conseguiu realiza;r .um mtlagre. multtfacetado, ao
converter!' as 1ealidades na mats bela poesta, mas :sem detur-par, em nada, essas mesmas reali'dades:
XXVIII
Fe
com as con u
~~~c:;l~tinat
de toda a
~uZtu:a
orientaz,-de
t~do~ ~8 d:::J;;ud~
.
ctmen o, mas subtu amma, muito acima de tud . t
.elaf;rou_ o se~ poem_a, o grande milagre da poesia ;od~r.~ae
r or tsso, e preczso tomwrmos com humilde devor;fio est~
. wro nas nossas ma..os, convencidos de que vamos cO
.
;~l::;lma, dt CamOes que .se nos vai dar em plenitude~[;~~~;
a so omaremos aqu~lo para que estivermos preparados:
<<'E~t.endei que, ~egundo o Am.or tiverdes,
TeieJs o 'entendnnento de meus versos.
.~~~{I~aA
cr::t~Jzo~a,
azao~z;;uia, aai;e~to, amedicln~~~~s~:~=
~
'"" ' .a e:-nos (.Mha em subltme e pe f 'ti
z
:
Canto
Canto
Canto
Canto
Canto
Canto
Canto
XXX
No nosso -en tender, embora o programa preceitue as esb1ndas citadas, dada a compreensao que se -exlge -de todo o
poema, nao se poderd cump1ir o p1og,ramq, sem que o aluno
possua uma edi<;fio integral 'do poema, pois sO assim poder8.
enquadrar no seu contexte as estancias aqui citadas. Por isso,
tanto alunos como profes-sor devem possuir uma edigtio completa do poema. Como poderia o Pro-fessor chamar a aten<;ao
dos alunos para a compreensao cabal do poema -e para as
liga<;Oes a estabelecer, se nao tivessem os alunos uma edigeio
integral?
Embora se exija parte gramatical de Os Lusiadas, devemos lembrar~nos de que essa parte gramatical s6 t~ valor
na fungfio essenoial da compreensiZo do poema. Por is.;;o, fizemos esta edi<;M completa da epo'peia, atendendo fundamentalmente a perfeita compreensfio do poema. Daqui, a profusao
-de notas que nos obrigou a alongar de tal maneira este
volume.
Quando houver qualquer -dificuldade para a plena com:Preensao das notas, bastarii consultar a nossa obra Os
Lusf.adas: Comentarios e Estudo Oritico, on de estarfio resolvida,s as dificuldades que se possam apresentar.
Nesta edig5.o, tendo em conta os estudiosos liceais ou similares, dames um certo nUmero de notas gramaticais, qU:e
resolverao problemas de certa dificuldade. Parece-nos que
fizemos urn esforgo a favor de todo,s os estudiosos e para a
vulgarizagiio ,da autentica cultura lusiada.
Lisboa, Setemhro de 1964.
OS LUSiADAS
CANTO PRIMEIRO
I
I
il
II
IId
ARGUMENTO
As tr6s primeiras estdncias formam a Preposi~ao, onde
aparecem os her6is ( o povo~ os reis, os her6is prOpriamente
ditos) e a mat&ria do canto 11Jpico (F8, Imperio, Oiencia).
Begue~se a Invocacao ds Tdgides (namoradas do poeta). Vem
depois a Dedi:cat6ria ao rei D. Sebastit:io.
Na estancia 20 comer;a a Narragao, que vai ate ao final
do poema. i!J notdvel o ConciHo dos Deuses, como represervtantes das diversas forcas naturais. A jrota prossegue na
viagem ate M OQambique, onde se detem. A qui recebe a visita
PROPOSIQA.O (1-3)
OS LUS!ADAS
CANTO I
( 1)
Devastando- Tirando-lhes a vastidiio, por meio do
seu conhecimento. Os 'portugueses descobriram, para o mundo
as terraJs vit;osas da Africa e da Asia: eis aqui uma parte da
mate,ria do poema epico: Ideal Ciimti[ico.
(2) Obras valerosas- Feitos de grande valor. Em valerosas temos um fen6meno de dio;similar,;iio *.
( 3)
Lei da Morte- Do esquechnenrto. A morte tende a
fazer desaparecer tudo. O.s que se libertam da lei da 111orte
sao aqueles cujos feitos nominais foram de tal modo not:iveis
que fica ram, para sempre, na memOria da posteridade (sao
os he16is prOpriamente ditos).
(1) Engenho- 0 talento ;po6tico, forma!do 'POl' ciencia e
sentimento emotivo.
( 5}
Arte -<Os meios de realizagiio, ensinados pela arte
de dizer e escrever.
(6) Aqui indica-se a superiori-dade da materia da eporpeia
portuguesa sobre todas as epo,peias chissicas e, como mais
adiante se dira, swperior as epopeias renas"Centistas.
(7) Slibio Grego- Ulisses, celebrado par Romero, na
Odisseia, Antonomlisia *.
(S) Troiano- Eneias, <:elebrado par Virgilio na Eneida.
Antonomcisia *.
'
(9), Alexandro- Alex-andre Magno. A forma Alexandra
deriva :do acusativo latina Alexandrum.
(10) Trajano- Imperador romano, de origem hispana,
notavel pela's conquistas. Os dois grandes conquistadores de
Gr6cia e Roma foram Alexandre e Trajano.
OS 'LUSfADAS
( 1)
Som alto e sublimado- Uma maneira de poetar acima
de todas as outras, pela sua gra'fi.diosidade.
(2) Estilo ,qrandiloco e cor1ente- E-stilo em que se note
a elevagiio de,s.se canto, mas sem quaisquer rebuscamenrtos, au
rodeios inUteis. Estilo pr&prio para COlTer mundo (corrente).
(3) Febo- A polo, deus do Sol e chefe das Musas. Para
que em toda a poesia do mundo nao haja m.ada que se possa
comparar com o poema de Luis de Cam6es.
(4) Hipocrene- Fonte do cavalo alado Pegaso, na Grda.
Quem 'dela bebesse fica:va a ser poeta. Cam6es pede as suas
namoradas que a inspiragfio, dada por elas, faga esquecer tude
quanto fizeram Gregos e Romanos.
( 5)
FUria grande e sonorosa- Uma inSJpiragao poB.tica
de grandiosidade de -conteUdo e de sonoridade.
(6) Agreste avena-Aveia carnpestre, utilizada pelos
pastores; aqui e.sti simboliza:da a poesia buc6lica.
(7) Frauta ?'Uda- Flauta !da poesia Iirica .em que o poeta
cantara, tao singelamente, sem intentar faze-lo em estilo elevado.
CANTO I
I
Gente vo~sa ('),que a Marte tanto ajuda (');
Que se espalhe e se cante no Universo,
Se tao subU:ine p!'ego cabe em verso (').
DEDICAT6RIA (6-18)
OS LUSfADAS
!I
ii
I!',
ji,
II
CANTO I
w
t
N
t
(3) E, quando dece, o deixa derr. e-z.:o- -c1u~' ~ es es
tres versos in'dica-se a gran'deza tern~or1al do lmtp~rlO Portugues nos tempos de D. -SebastHio. Daqui a chama-lo poderoso rei.
(1)- Esperamos jugo e vituperio ~ 0 ;poeta t~- a e.sperwnga (embora muito iduvildosa) Ide que D. Sebasbao m:rda
venha a submeter Mouros (ls1naelita), Turcos (Turco pnental) e Indios nfio sub1netidos (Gentio que ainda bebe o hcor do
Santo rio, i.sto, e do Gang_es) ; _?Sper-'7 t~~em qu': venha a ser
motivo de declarada i.nd'lgnagao (v~tupeno) pa1a todos ~les.
I s1rU.telitas e o mesmo que dizer descendente de Ismael, f1llio
,da .escrava Agar ,e 'de seu amo Abraiio. Chama-l~e.!torpe em
vir.tu'de da licendosi:dade rpe1mitida pela sua Rei:~p.ao. . .
('>) Nesta estii:ncia o ;poeta pede a D. Sebasti.a? ;tue. de1xe,
embora por rpouco tem po, a maj.estade, ou ma_;gm.fi'~encia, que
nao qua;dra muito bem com o seu .semblante, 11111 dlc~dor d? JUventUde. E um ataque .a vai'da'de e ~oucura do re1 que J:i -se
mostrava tao ol'gulhoso, como o 'Poderia estar quail!: do, em -ple~a
ma<turidade, depois de prati'ca:dos &'rar:ndes. 1'e1tos, poder:a
entrar, definitivamente, no tempo da 1mortahdade, ou da gloria eterna (ao eterno Templo).
(1)
Oriente,
10
I
II
I!
II
OS LUSfADAS
CANTO I
11
12
OS LUSfADA'S
CANTO I
13
14
{J<S LUSfADAS
16
(7)
*.
CANTO I
15
(')
16
OS LUSfADAS
INfCIO (19)
17
CANTO I
18
OS LUSfADAS
21
22
CANTO I
19
24
20
[i
"
l
II
OS LUSfADAS
25
26
CANTO I
21
28
22
OS LUSfADAS
<:)
CAN'rG I
23
24
33
OS LUSfADAS
-gaeses, que realizaram O'S descobrimentos. Vnus e, na mitoqogia cliissiea, a .deusa '<:Ia beleza e do amor, nascida Ida espuma
do mar. Primeiro, os TritOes adoraram-na .na Uha de IChipre;
depo1s foi coroada de rosas e levada ao Olimpo. JUpiter
aJdoptou-a como fHha e 1deu.-a como esposa a Vulcano. Virgilio
diz que 'foi miie de Eneias.
( 2) 1
V:;nus amava os portugueses por causa do seu amor
a'Ventureiro, tpor terem as mesmas qualiid-ades Ua gente romana,
pela for~a e coragem dos .seus <:orag6es, pela protecg&o do destina, pela lingua.
( 3)
Terra Tingitana- As tenas do Norte .de Africa,
conquistadas pelos Portugueses. Tingitana vem de Tingis=
Ttinger.
(4) Cite,reia- Venus, a1doraJda na ilha de Gitera.
(5) Parcas- Tres ,divindades que preSMiam aos destines
humanos.
(6) H&de ser Celebrada a clara Deia- Hit-de estender-se
o <eulto 'do amor (on de quer que os portugueses venham a
.estender o seu dominio) .
(1) Beligera- Guerreira. Latinismo *.
(8) Um ... outro-Baco ... Vinus.
( 9)
lnfiimia-Pe!a per<la 1de fama (in+fama),
CANTO I
25
26
OS LUSfAD:AS
38
1
( )
Elmo- PaDte :da armadura destinada a :cobrir a
ca:bec;;a.
(') Mui- Muito. Ap6cope *.
(3) P01 dar sev, parecer- Para dar a sua op1nHio.
(') Con to- Cabo.
5
( )
.0 Ciu tremeu- Comoveram-se todas as rpot&l'Cias da
CANTO I
27
41
alma.
{6) A polo- Filho 1de J'fupiter e Ide Latona, deus do Sol,
das Ietras e :das artes. Indica o Sol. Aqui refere-se a serenidade intelectual, que a Coragem impetuosa lfaz lpe:tider um
pouco.
(') lnfiado- :Assustaido.
8
( )
Padre- A In'teligOncia humana e a I<nteligencia Di~
vina. Aqui in:dica o -deus JUpiter.
9
( )
Ou_tro H emisf6rio- A fndia; outras rterras orientais.
10
( ) Jutz direito- Predicado .da intellgimcia que .deve ser
recta.
(1)' Se o Baco fosse .seguidor tda razao, deveria sustenti-los e ,favorecer os Portugueses, porque 1des'cendem de Lus?,
seu grande favorite (privado); mas Baco nao o faz -por motives alheios a razao.
.
(2) Estamago danado ~tCom sentimentos odwsos, com
entranhas endur.ecrdas.
.
(3} Nos versos 7 e 8 o 1meta. ataca :duramente os segUI.
.
dores 'da inveja.
(4) MercUrio~ Filho He JUpiter e Ide _:Ma1a, mensagetro
dos deuses. A raziio ou inteJigen'Cia 4eve envu;r ordens a todas
as outras ipot&n:cias para que lihe seJam obed.tentes.
(5)'. Se reforme--:" Enconrtre quanto prectsa para se abasrecer.
~
28
OS LUSfADAS
42
responde.
(4) Olimpo omnipotente- Na a'lma on.de tudo .se kleter-
29
CANTO I
45
( 415-68)
mina.
6
( )
7
( ) ~
0 Ceu-Deus.
Promont6rio Prasso- Cabo Delgado, ,ou qualquer
0 -utra ponta da costa africana, perto de Moc;amb1que.
(S) Eti6pia- Africa.
(4) Tamanhas empresas- 9s .feitos relacionados com o
descobrimento maritimo para a Ind1a.
(5), Se ofereee-He entrega.
(6) Por diante passar-Passar defronte deJa sem se deter.
(1) Em eompanhia- Juntos.
(S) Batf-is- As embarca~Oes -pequenas, que eram 'levatias
no conves da nau.
(9) Daquela- Daquela nau.
( 1)
(2)
30
OS LUSfADAS
CANTO I
nadas.
2
( )
afog~do.
31
49
32
OS LUSfADAS
51
[
!:'
(4)
( 5)
( 6)
(7)
II
CANTO I
52
53
54
11 }.
Em continente- Imediatamente.
Lieu- Um dos nomes de Baco.
0 licor que Lieu prantado havi(lr---0 vinho. Parlifrase*.
Os de F'a6ton queimados-Os Negros.
Pela Anibica lingua- Em cirabe.
Torrwvam as ... 1epostas- Responcliam.
lmos-:- Vamos. E um latinismo *, proveniente de
33
( 1)
~rega ~A
india. Peri-
/rase*.
(2) Os feios foaas- Note-se o genero -'da p-alavra faea,
mascu1i-no no tempo.
( 3)
Se navega- E cruzado, e navegRdo (pelas. focas).
( 4}
Estrangeiros- Nfio eram os rnaturais daquelas terras.
( 5)
Lei- ReJi.giao e legislagiio.
(6)
Nagao- Raga.
( 7)
Aqueles que criou Natura- Os na:turais.
(8) Raziio- Sem cultura, como resultado da razao.
( 9)
0 clara de,<;cendente- Maom_e. Foi des-cendente de
Abraiio pela eS'crava Agar, mae de TsmaeL 0 pai de Maome
:foi o :irahe Abdal3. e a mae a hebreia Emina.
(10) EsOOla- Porto de parag-em.
5
OS LUS!ADAS
34
(1)
mos. de Mombaga.
(')
CANTO I
35
OS LUSfADAS
36
60
!i
i
II
(')
(2)
(')
Ass~
dia.
(~)
Hiperi6nio - <Sobrenome 'do :Sal, que alguns antigos
cons1deravam como fi1ho de Hiperiio.
5
( ) Que partia- Que vinha de rteTra !para a armada.
9
( )
Asianas- Asiliticas.
10
(
) Costaritino Constantino .Pa1e6logo soberano do imperio romano 'do Oriente, ao temrpo em que' ,MaomB II tomou
Constantinotpla no ano de 1415'3.
CANTO I
37
:is
OS LUS,fADAS
64
escura).
(2)
(')
<:)_
Trazia- Trago.
Geragao- Ra9a.
En?josa- Causadora de repulsa. Isto explica-se pela
CAN:I'O I
39
40
OS LUS!A:DAS
68
CANTO I
72
69
70
41.
OS LUSfADAS
42
CANTO I
43
72
74
76
(1)
( 2)
bolos.
(4)
0 griio Tebano- Baco. Este nasceu em Tebas, e Semele, -sua mae deu-o a luz antes do tempo. Para lhe sa:lvar a
vida, JUpiter introduziu-o na carne de uma das suas coxas
onde o conservou ate :decorrer o prazo normal da gestac;;ao:
E esta a raz5.o por que Baco e chama;dp filho de duas ma:es.
(5) Guida- Planeja, medita, intenta.
(O) Praticava - Dizia.
(1) Fado - Destino.
( 8 ).
Filho do Padre sublimado- Fil:ho de JUpiter. Quer
dizer que o 6dio e tambfm um 'prO'duto da ,prOpria inteligencia.
(9) Gene'rosas- Nobres.
44
OS LUSfADAS
CANTO I
79
tou os
(S)'
(4)
(5)
(6}
(')
(S)
nova.
( 9)
Y Todo o
mM- Toda as
45
81
(3)
(1)
(")
inha
m (6 )
Cativarem- Escravizarem.
Tengiio danada- Do animo de fazer maL
Saindo- Desembareando.
A gente- 'Os .navegantes P?rtugueses. planeado na
Tenho imaginac}a no conce'l.to- Tenho
mente (outra arrttmanha)
.
.
t
Ardil-'Gilada muito oculta .e mtehgentemen e P1a-
neada.
(7)
(8)
46
OS LUSfADAS
CANTO I
47
OS LUSfADAS
48
CANTO I
49
(1) PlUmbea pd.la- BaJa de chumbo (rdas pe~as rda artilharia portuguesa).
. . ,.
(2) Quebranta-Amortece; comet;;a a d1mmu~r.
.
(3) Estrue - Destr6i. Estrue e mata=mata destrumdo.
Hendiadis "'.
(4) Esbombcwdeia- Bombardeia.
(5) .Cavalgada- Desta batalha; desta proeza.
(6) 0 velho inerte- 9"s velJ:os invalildoy.
(7) A miie que o fdho cna- .As mae (momas) que
tin'ham criado os seus filhos (para all os verem morrer).
(S) Tirando- A,tirando (ao fugir).
(9) Canto- Pe'dra gran0e; :penedo. Note-se a palavra
pedraria, ao lado de cantaria.
91
(1)
( 2)
50
OS LUS!ADAS
93
CANTO I
. 51
( 4)
Regedo1- Governador; regulo.
(5) Entendido- Percebldo, notado.
( 6)
Lhe manda guerra- Lhe envia trai~Oes (por meio
do piloto),
(7) Falso- Cheio de inten~Oes diferentes das que mostrava.
(S) 0 CapitCio- VaS"co da Gama.
(') Que ja lhe- A quem ja.
(1) Conoertado - Proplcio, conveniente.
( 11 ) 0 Indo -'0 rio do Indostao; a fndia.
(12) A tento ~Com cautela.
(13) Dar- Desfraldar.
(1)
( 2)
52
96
OS LUSfADAS
53
CANTO I
07
98
99
DJdivas - P _reserntes.
(') 0 [also Moura- 0 piloto.
(") Determina- Resolve fazer aquilo (que). 0 mesmo e
antece'dente de que :do verso 2.
( 4)
Segura- Inteiramente confiado.
( 5 )
ll1alina gente- Povo de miis inten90es.
(G) Torpe- Por causa da licencios1dade permiti'da :por
eSta religHio.
(') M ahamede - Maome.
(S) A Deusa mn Citera celebrada- Venus. Significa o
amor aventureiro; .esta a seu favor pois sao os pr6prios ventos,
(9) Nl:io cuidada- Nao esperada.
(1)
54
OS LUS!ADAS
102
55
CANTO I
MOMBA(:A (103-104)
103
Den1,andava- Proculava.
A Deusa guardadora- A deusa protectora dos Portugueses: Venus; 0 amor aventureiro qUe OS impelia para a
irente, pois sentiam fortes desejos .de Chegar, quanto a:ntes
a fndia..
'
( 3}
Surge fora- Fundeia ao largo.
( 4}
Na fronte- Em frente.
( 5)
Fabricada- Construida,
6
( )
Mcnnbaga- Cj'dade no reino de Melinde, na costa do
Zanzi'bar.
( 7)
0 Capitiio -Vasco da Gama.
(8)
0 povo baptizado
0 povo cristao.
( 1 ).
(2):
OS LUS!ADAS
56
105
106
( 1)
Forma- Disfarce. 0 re:i de Mombag-a j& sabia quem
eram os marinheiros, pois tinha sido informa'do por outro
mouro, que era o portador das mis inten<;6es, no poem..a simbolizadas por Baco.
(2) Debaixo - Por baixo.
( 3)
Veneno coberto -Maldacle dissimula'da.
(4) Nunca certo- Nunta seguro.
( 5)
Comparwr os quatro versos UUimos desta es-tancia com
o drama humane do fim do Canto IV, 'Com a grandiosidade
da rtempesta:de maritima (Canto VI), com as profedas do
Adamastor (Canto V).
( 6)
Tanto demo- Tantas causas ~de danificar.
( 1)
Apereebida- lminente, prestes a saltear (os .portugueses).
CANTO I
57
CANTO SEGUNDO
ARGUMENTO
Ja
a morte.
Cortado - Cruzado.
Reino de N eptuno - 0 mar.
Salsa via- Camhllho sals;a~o.
.
(10) Alvoragado- 'Cheio de sub1ta alegna.
(7)
(S)
(O)
62
OS LUSfADAS
(')
Reformar-te- Abastecer-te.
Trabalhoso- 'Cheio 'de dificul'dades.
Refo'1'11Ul.--la- Dar-lhe ,tudo qua1rto ela precisava
(:para continuar a viagem).
(!) Produze- Produz. Paragoge *.
( 5)
Pvestante -,Que tem pr&stimo, que tern valor.
( 6)
Fw;as o fim- Po.nhas t-errno (;to que desejas).
( 7)
Entra pera dentro- Entra para o interior (do porto).
Sera pleonasmo *?
(1)
(2)
(3)
63
CANTO II
Comprira- Cumprir:L
64
0'8 LUSfADAS
CANTO II
10
(2)
65
11
. . .
(3) Ftnix-Ave tmica no ~utrdo. Segu?do ~ m1to:logm,
morria queimada e depois renasc1a das rpr6rp1?as cmzas.
.
(4)
Onica F6nix- Virgem Maria, Unrca com tal digni'dade e virtudes.
,
(5) Doze- O.s Doze Ap6stolos. A descri~fio r~fere-se a
desci'da do Espirito Santo sobre a Vngem e os Apostolos no
dia de Pentecostes.
.
(S) Torvados na figura- De semblantes 'che10s de terror
san1to.
(7) Vdrias linguas referiram- Falaram virias Hnguas.
(S) POe em terra os giolhos- Ajoelham :por terra.
7
66
OS LUSfADAS
por santo.
(') Rubido- Vermelho.
(7) Moga de Titao- Aurora, filha de Titao e da Terra,
que presidia ao nascimento do dia.
(S) 0 Portugu8s- Vasco da Gama.
'CANTO II
61
68
OS LUS!ADAS
69
(1)
(2)
CANTO II
20
gueses.
OS LUSfADAS
21
22
23
mar.
(3)
Dione~
CANTO II
ler-se
OS LUS!ADAS
27
( 2)
73
CANTO II
paradas.
74
OS LUS!ADAS
32
Jnopinado- Imprevisto.
Aparelha.do- Preparado.
(3} La de cima a Guarda Soberana- Aquele que do alto
do Cfu nos guatda, isto e, o prOprio Deus.
("!) Divina Providencia- Deus, enquanto cuida de to-das
as Suas eriaturas.
( 5)
Aparincias- Na ,:forma exterior e enganosa :dos hemens e das coisas.
( 6)
Ntio alcanqa- Nao 'descortina, mlo descobre.
(7) Desta misera gente peregrina- Destes pobres portu~
gueses que andam em tao 1ongas viagens, lange da sua P3..tria.
(8)
Malina-Maligna; cheia de maMade.
(9) De verdade- Verdadeiramente.
(1)
( 2)
75
CANTO II
34
-=
~
(G) Terceira Esfera- 6rbita !do plan eta V<enus, segun'Uo
Ptolomeu. Atravessara, anteriormente, 3.s 6r:bitas .da Lua e de
MercUrio. (Vide Canto X, 89).
.
(7) Sex to Ciu,- 61~bita de JUpiter, segundo o sistema de
~ .
. " .
Ptolomeu.
(S) Padre- Pai dos 'deuses: Jup1tter (a Intehgenc1a).
(9) Afronta'da- Afogueada, ruborizada.
(10) No ,qesto ~No aspecto 1do seu sembtlante.
76
OS LUSfADAJS
CANTO II
1
( )
sindeto
(
2
)
sedu~ao.
(3)
(
amor.
*.
( )
Espiritos vivos- Urn a tractive sexual forte que dela
emanava.
6
( )
Inspi-rava- Metia no interior :daqueles que a viam.
(7) PoZos gelados- A.s -pr&prias regiOes polares. Os hemens mais afastados do.s influxes amorosos.
8
( )
Do .Fo(lo a esfera, fria- Pro'duzia o calor do fogo do
amor na propna esfera QUe rodeava a terra. Venus causava 0
fogo 'do amor, mesmo naque1es cu.ia natureza estava ja hem
distwnciada dos irncentivos desse amor.
9
( )
Lntelig&ncia e amor fazem os des'cobrimentos. Neste
momento B o amor (figurado em Venus) que pretende dar
vigor a intelig&ncia (figurada em JUpiter).
1
( 0) Sobe'rano Padre- JUpiter, a btelig&ncia.
1
11
(
) De que-m, foi sempre wrnada e CMa- A Inte1igCncia
sempre amou o amor.
2
(l ) Se lhe apresenta assi como ao TrOiano- Se apresenta
como se tinha apresen'tado ao TrOiano (Paris): apresenta-se nua. Alusao ao celebre ep'is&dio mitol6gico, conhecido com
o nome de o julgamento de P(wis.
78
OS LUSfADAS
CANTO II
37
38
39
40
12 ).
( 1)
Lisas co lunas-- Pelas macias pernas suhiam os desejos daqueles que imaginativamente as iam descobrindo. Esses
desc:jos sao como hera que se emola e rfixa: preciosa compar
ragao.
( 2)
Delgado cendal- Veu 'delicado, fino e transpar"ente.
( 3) De quem- Das quais. Usa va-se QUem mesmo para
coisas nesse tempo.
(4) Vergonha e natural r&pM'O- Sao as partes sexuais.
(G) Roxos lirios- 6rg.iios genitais externos .partes vislveis da Vagina.
'
( 6)
Pouco avaro- Pouco guardador.
(7) Aquele objecto raro- Os Orgiios sexuais feminines
e o delgado cendal (que ela lhe pOe diante para fazer que tapa
essa sexuali.dade) .
(S) Raro- Transparente.
(9)
79
80
OS LUS!ADAS
42
44
81
CANTO II
(4)
(5)
(6)
82
OS LU'SfADAS
45
46
CANTO II
83
OS LUSfADAS
84
49
CANTO II
85
(l)
~de
cor, cheio
tinismo *.
(7)
Falso JY!ahamede
-~Maome,
86
OS LUSfADAS
87
CANTO II
54
55
(1)
( 2)
nistao.
(3)
(4)
(B)
( 6)
(')
( 8)
Malaca.
( 9)
Longinco China- Remota Ohina. Note-se o g8nero da
palavra :China.
88
OS LUSfADAS
CANTO II
89
OS LUSfADAS
90
62
Aparelhado- Preparado.
( 2)
0 hocy;icio- A hospedagem.
(3) Diomedes- Rei ,da Tr3.cia, que a.:limentava os seus
eavalos com a car-ne -das pessoas que hospe'dava. Foi morto
por Hercules.
(4) Busiris- Rei do Egipto que matava quantos estrangeiros passaSsem pelos seus estados, Para imolU-los a JUpiter.
( 5)
Gentes perfidas e feras- Povos da Africa que, par
trai~ao, tinham atacado os navegantes portugueses.
( 6)
Discorrendo-Andando rpelos vUrioS caminhos (que
ladeiam a costa) .
(7) Outra terra aohanis de mais verdade-- Me-linde.
( 8)
lguala o dia e noite. em quantidade- Perto do Equa( 1)
dOr.
( 9)
minina.
91
CANTO II
PARTIDA ,DA ARMADA (64-H)
(Z)
92
OS LUSfADA.s
CANTO II
93
70
71:
(1)
bates.
.OS LUSfADAS
94
CANTO II
75
76
~ao.
( 9)
Reino M elinde- Construgllo de tipo latino: Urbs
Roma.
po) Treme a Bandeira- Tremula a Bandeira.
95
A tambores - Tambores.
Surge diante- Aparece ell1 frente.
(') 0 Rei- 0 rei (de Melinde).
, ,
. (4) Pureza-Com animo fora de qualquer fmg1mento.
(') Nilo dobradas- Sem du)!lo sentido.
(6) Lanigeros- Portadores de 13.. Latinismo *
(') Cevadas- Gordas.
(1)
(2)
OS LUSfAD.&S
96
CANTO II
78
81
(3)
temporal.
( 4)
Na p16tica-Na conversagao.
(5) Embaixador- Emissario.
(G) Prestante- De valor.
(7) Palas- Nome grego da deusa da sahedoria. Corres~
pon'de a Mine'rva.
_
(8) Sublime- 0 mai.s elevado.
(9) Olimpo puro- ceu.
(10) Suma Jus-tiga- Deus.
97
OS LUSfADAS
84
"j
CANTO II
99
(1)
(2)
(2)
100
88
OS LUSfADAS
89
CANTO II
(1)
90
(1)
(2)'
(3)
(4)
engano.
( 6 )'
101
parar).
OS LUS!ADAS
94
CANTO II
103
siva.
1
( )
(')
(')
(')
104
OS LUSfADAS
CANTO II
( 1 )'
( 2 )
105
..
106
OS LUS!ADAS
seu.
2
3
,( )
CANTO II
107
1
105 Tu so, de .todos quantos queima Apolo ( ),
108
QS LUSfADAS .
cANTO II
108
109
.de fim.
'
Em prdticas- Em conversas.
Mafoma- Maome.
'
(4) A Hispi1ia Ultima- A parte mais Ocidental da
'Peninsula Iberica. 1(Vide 'Canto II 10'3).
( 5)
HUmidos caminhos- O.s 'mares.
( 6) Distintamente- Po1menorizadamente.
7
( )
Geragtio -Raga.
(~) De prer;o- De grande va1or. Complemento cireunstancwl de prer;o.
(
)
( 3)
109
111
(1) Vem cos Uureos freios os cavalos que o carro marchetado de novo Sol- Vern o no.vo dia.
. ..
(2) .Co tempo se parece o desejo - 0 no.sso deseJO e
novo e forte como o tempo. ,
(3) Singularres- trnicas.
(4) Pera julgares- Para que venhas a supor. Complemento circunstancial de [i11~.
(5) OO?neteram- Acometeram, atacaram.
(G) Gig antes- .Sao os Titiis, filhos. da Terra. Este~ ~en
taram es:calar o Olimpo e expulsar Jlllp1ter, que os tprec1p1to:u
das alturas, esmagando-os sob as montanhas que tinham
utiliza'do como escadas.
(7) Puio- Inteiramente perfeito.
110
OS LU'SfADAS
(1) Perito- Rei da Tessilia, que pretendeu roubar Prosel'pi.na, esposa do Deus dos Infernos.
(2) Tiseu -~Rei de Atenas, que auxNiou Perito nesse
rapto.
(3) De -ignorantes- Por ignorincia. Complemento oirettnstancial de causa.
(4) 0 Reina de Pluttio- 0 Inferno.
(5) FUria de Nereu-As tempestades madtimas.
(6) Nereu-Pai 'das Nereidas, filho .do Oceano e de TCtis.
(1) 0 sagrado templo de Diana- Templo consagrado a
Diana em Efeso, sendo considerado como uma das sete maravilhas do mundo -antigo. -As outras seis seriam: 0 Mauso~
I:u; o farO'l de Alexandria, o colosso de Rodes, os Jatdins sus~
tpensos de Babi16nia, as pirftmides 'do Egipbo e o labirinto de
Creta.
(S) Tesif6nio- Construtor do templo de Diana, em Efeso'.
(9) JJo sutil Tesij6nio- Pelo sutH Tesif6nio. Agente da,
passiva.
(10) He;r6strato- Homem :de Efeso que, para se eelebrizar, incendiou o iem.pto de Diana em Efeso.
CANTO TERCEIRO
ARGUMENTO
0 poeta comega par invocar a musa da poesia r3pica,.
Oaliope) vindo depois a naTrag{io do Gama. Esta narrw;Cio
6 iniciada pela descr-i(;ao da Europa) seguindo-se a hist6ria de
Liuso e de Vir-iato. A seguir, entra na Hist6ria de Portugal)>
com o Conde D. Henrique) Dona Teresa, Afonso Henriques e
seu aio (Egas Moniz) e as diferentes acg6es miz.itares do prirneiro rei: Ourique, Badajoz) guerras com os Mouros e com
10
114
OS LUSfADAS
CANTO Ill
115
OS LUSfADAS
116
CANTO III
para onde.
( 5)
117
motes.
(2), Ao campo Damasoeno- Alusiio aos campos .da cidade
de Damasco. Antes da fundagao desta cidade, houve ali o
paraiso terrestre, segun1do a lenda mitol6gica.
. (S) L6pia- Lap6nia.
( 4)
lnculta- Niio cu'ltivatla; nao amanhada.
( 5)
Escandin6via Ilha- Peninsula da Escandin:ivia. Era
quase dlha.
(') ltalia-A Roma ImperiaL
(7) 'Swt'md.tico Oceano- Mar B3.'ltico.
(S) BrUssio - Pru.ssiano.
(9) Dano - Dinamarques.
po) T6nais - 0 rio Don.
11
(
) Rutenos-Povo do Norte da EurQipa. Parece que se
espalhou por Galicia, Litu&nia e Hungria.
( 12 ) M 08C08 De Mosc6via.
13
( ) Liv6nios- Habitwntes da LivOnia, regiio da costa
oriental do Mar B3.ltico, cuja capita.J 6 Riga.
OS LUSfADAS
118
:Sann~~:tas
( 1 ).
SCtrmatas- Habitantes :cta Sarmacia, regHio .entre a
Germinia e a Citia.
(2) Jl.lontanha Hircinia-Serras da Alemanha e Austria
(Europa Cen:tra1); Hircyrna Sdva- Floresta Negra.
(3) Marcomanos- P.o16nios; Polacos.
(4) Pol6nios- Povos do DanUbio Meridiona1.
(') Amasis-Rio Ems (Alemanha).
( 6)
Albis- Rio Elba.
(7), Istro- DanU.bio.
(8) Hele- Fi1ha de Atamante, rei da Be6cia. Viveu ela e
seu irmao Frixo com .seu tio Creteu, rei de Goleos, que os
can:denou a morte. Fugiram montados num carneiro que se
afogou no mar de Hele, donde veio Heleponrto, ou mar de Hele.
(9) Traces- Tr8.cio.s; habitantes <la Tr8.cia.
( 10) Do fero Marte ptitria tiio querida-Povo tao :amado
por Marte; povo tao ndtcivel em tudo quanto se refer.e a
guerra. A eX'pressi'io do jero Marte ptitrio e agente da
passiva.
(11) Hemo- Balci'is.
( 12 ) R6dope- Despoto-Dagh: e um monte que constitui
uma ramifica~i'io dos Balcas.
(") Ao Otomano- Ao Turco.
CANTO III
120
OS LUSfADA8
17
C~NTO
III
121
(2)
(3)
(4)
122
OS LUSfADAS
CANTO III
20
21
justa.
(S)
tria).
123
22
9
23 Um Rei, por nome Afon30 ( ) , foi na Espanha,
124
OS LUSfADAS
25
petos:.
7
( }
Filho de um rei de Hungria- E uma tra'd,i<;3.o sem
fundamento hist6rico. Tambfm a tinha utilizado Joao de
Barros. Contudo, .na familia de Bourgogne>) havia sangue
dos reis hUngaros.
CANTO III
26
27
125
(3)
127
OS LUS!ADAS
126
29
30
(')
(')
(')
(')
(')
Trava.
(') 6rfiio - 6rlao de pai.
~ombater.
CANTO III
128
OS LUSfADAS
34
CANTO III
129
(')
dad.a.
11
f
:
'
'
130
OS LUSfADAS
CANTO Ill
131
,/
132
OS LUSfADAS
42
44
(')
(')
:ximo.
6
.Apa;relhava- Preparava.
0 Mouro- Os Momos. Sintdoque *.
Belicoso- Gueneiro. La'tinismo *.
Sarraceno - Ara!be.
.Sumo Deus- Deus verda'deiro; Deus Supremo ou
Geu).
Ma~
133
43
CANTO III
(4)
(5)
e que
precisavam ser eonvertidos.
'
( 6)
Milagre- De natureza lendiria sem qualquer base
histCnica. Veja-se l-iist6ria de Portugal 'de Herculano.
(1)
Immigos - Inimigos. Forma popular.
(S) 0 ceu tocavam :..._.. Os gritos chegavam ate ao ceu.
(9) Real, Real- Aclama~iio -de D. Afonso Henriques .por
Rei.
134
OS LUSfADAS
47
48
49
CANTO III
135
50
51
1
( }
ragao.
(
3
( )
Egipto.
(')
') T emeroso- Q~e mete medo, ou infunde grande temor.
(
Forgoso- Che10 'de forga.
( 6)
Er:;tamago- Leito ou animo.
(1) ComefJe- Acomete.
8
( )
Ape;rcebido- Preparado; predisposto.
9
( )
P_erros-::- Cites. Epiteto injuria so dado aos se'gui!dores
de Maome, em v1rtude 1da sua forte e vergonhosa sensualidade
(~~) Tocam a arma- To'cam a rebate.
(2)
(3)
OS LUS!ADAS
136
(')
(')
(')
('}
(')
morrer.
Exircito nefando - Exercito indigno.
Desparzido- Espailhado, derrama:do.
(9)
Tro/6us- Sinais de vitQria.
(10) Roto- Destro<;a:do.
( 11 ) Mauro HispanO -- Os M-ouros -da Espanha.
(12) 0 griio Rei- D. Afonso Henriques.
( 13 ) Ufano- Cheio -de legitimo orgulho.
(7)
(S)
OANTO III
137
(1} Trinta dinheiros- Prego Ida trair,;M "de Judas, ao vender !Cristo.
(2) Em varia tinta- Em diversas 'core.s.
.
(3): JJe Aquele de Quem foi favorecido -De CriSto.
Agente da passiva.
~
.
('l) 0 nUmero comprido - Completo o numero ( dos trmta
dinheiros).
.
(5) Do 1Jencido - Pelo vencido. Agente da passwa.
(') So jug ada- Submetida. Forma populwr.
(7) Enobrecido - Grande pela sua no?reza.
.
(S) Scabelicastro- Santarem (:do lat1m ;<S~alabw).
(9) Claro TeJ:o- E u~a ap6strofe_ qu~ mdiCa o amor d-e
CamOes a:o rio TeJO, que s1mbohza, na epo-pe1a, os seus amores.
OS LUS!ADAS
138
. 56
57
CANTO Ill
139
(1)
( 2 ).
tat;ao.
(9) Do facundo- Pelo facundo, pelo eloquente (Ulisses).
Agente da passiva.
(10) Engano ~ Referencia ao cava.Jo 'de TrOia com o qua:l
os Troianos foram burlados.
(11) Dardiin-t"a- TrOia.
(12) Foi acesa- Foi queimada.
OS LUSfADAS
140
(1)
em
:rela~ao
com os Romanos.
lbero - 0 rio Ebro. Latinismo *
dalos.
CANTO III
141
142
OS LUSfADAS
64
65
66
vi:da.
( 4)
(5)
(
(7)
(S)
9
( )
dis*.
143
CANTO Ill
68
144
OS LUSlADMl
70
A1te-Estrategia militar.
Alto Deus- Deus .Supremo; Deus verdadeiro.
( 3)
Homem- Um-a pessoa. Aqui homem e um pronome
indefinido.
(4) Resguarda- 'Conserva bern guardado e defenclido.
( 5)
Na ddade- Na cidaJde de Badajoz.
(6)
JJos Leoneses- Pelos Leoneses. Agente da passiva.
(1)
Pertinacia - A teimosia.
( 8)
Em ferros- Nos ferrolhos (de uma das portas da
(1)
( 2)
cidade).
( 9)
Indo aceso- Apesar deter i 1do com toda a f6.ria (para
esta batmlha).
OANTO III
145
6 famoso Pompeio ( 1 ),
71
nao te pene
De ieus fdtos Hustres a ruina ( 2 ) ,
Nem ver que a justa Nemesis (') ordene
rer teu sogro ( ') de ti vit6ria dina,
Posto que o frio FasLs (') ou Siene ( '),
Que peTa nenhum cabo a sombra inclina ( 7 ) ,
0 Bootes (') ge!wdo e a Linha ardente (')
Tern:essem o teu nome gerwlmente;
72
12
OS LUS!ADAS
146
74
147
CANTO Ill
final.
148
OS LUSfADAS
CANTO III
78
( 4)
Que teve 0 ceu- Que sustentou 0 'C&u aos ombros
Foi Atlas ou A tlante.
.
5
( )
Ampelusa-Cabo .Espartel no norte de Marrocos
( 6)
Tinge- Tanger. .
'
11
(
) 111iralr;:omini- Almumenim. A 1)alavra, de CamOes: e
uma detur~at;:ao do .nome deste Emir, que ccercou D. S-ancho
em Santarem.
(1)
(2)
3
149
79
SO
150
OS LUSfADAS
81
82
OANTO Ill
83
84
151
OS LUSfADAS
152
D. SANCHO I
(85-8~)
S.ev1lha.
por aJudado.
.
( 6)
GM-nuinica armada- Alusao a uma armada de -Cruzados q.ue se diri:giam para a Terra Santa, mas ficaram aqui
para. aJudar -D. Sancho na tomada de Silves. Estes cruza-dos
segu~am para. a 3. a :Cruzada, mas aportaram em Lis'boa.
~ ( ) fu4(na- E o mesmo que Palest ina, mas aqui temos
so referenc1a aos Santos Lugares. E uma sinidoque *.
CANTO III
87
153
OS LUSfADAB
154
155
OAN'TO III
89
90
Do Gernwno - Indica: pelos Allemiies. E uma sinidoque *. E tambCm agente da pass iva de aiudado.
( 2)
Destrui e doma-Domina pela destruic;iio. E uma
hendiadis *.
C1); Trofius- Tantos sinais de vit6ria.
('1 )
Do J.liaometa- Indica: <<dos Momos. Temos aqul
uma sinJdoque '~.
(5) JV!avorte- E o mesmo que .Marte. Simbol'iza a guerra
E um latinismo *.
( 6)
Tui- Note-se a pronUnda da palavra neste tempo.
Hoje e Tuy.
(1)
Por armas- E um complemento circunstancial de
( 1)
meio.
91
~~.
156
93
OS LUS!ADAS
OANTO III
94
157
158
OS LUSJADAS
OkNTO Ill
159
97
98
'
'
(7) BUcaro- ..Planta arom<Hica. Ta:lrvez venha d.aqui a palavra bacharel.
8
( )
Verde louro - Triullifo novo em artes ou ci@.ncias.
9
( )
Altos muros- Altas muralhas. Latinisnw *
99
160
OS LUSfADAS
CANTO III
102
161
(1)
( 2)
162
OS LUS!ADAS
163
OANTO III
BATALHA DO SALADO (107"117)
(1)
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
paico
*.
(B)
actos.
(')
(')
(')
Eborenses- De Evora.
Lustra- Brilha; resplandece.
Jaezados- Belamente ornamentados.
Vai inoitando- (A trombeta) vai -convitdando.
Polas concavidades retumbando. Verso on011't4to-
164
OS LUS!ADAS
111
165
CANTO III
114
(1)
Pirjido - Infiel
a Fe;
dada.
a:latinada.
(10) Do ferro - Has espadas. Complemento de origem ou
procedncia.
(11) Estrue- Destroga.
(12) Granadil- Granadino; 1de Granada.
166
OS LUS!ADAS
( 5)
Dia memorado- Dia dum feito para fi~Jar na mem6-
na de todos.
( 6)
1Mortindade- Mortan<dade. 'Forma p.opula;r
( 7)
Mtirio- Guerreiro romano.
'
( 8)
A quarta parte... dos que morreram ... - Esta e a
ordem l6gica destas expressOes.
( 9 ). ?eno- Cartagines. Aqui indka Anibal por antonomlista >.<,
(1) Asperissimo - Aspfrrimo.
167
CANTO III
168
OS LUSfADAS
CANTO Ill
121
aclo de
( 2)
~D.
169
170
OS LUS!ADAS
CANTO III
(1) Estranhezas-Loucuras rde amor (que sao estrangeira:s a quem 0 nao tern).
( 2 )'
Sesu,do- Sisudo. Muito prudente no seu pensar.
(3)' Tirar Ines ao mundo- Matar. E um eufemismo *.
(4) Furor- Acesso de lourcur.a momentilnea.
(5) HMrifieos- Que causam horror.
( 6)
Algozes- Executares de sen ten~ de morte dada contra In:s de Castro. Foram eles: Alvaro -Gon~alves, .Pero Coelho
e Diogo Lopes Pache~o.
(1) Saudade- Do amor pelo seu Principe ausente. Aqui
.Sa-udade tem quatro sflabas.
171
172
OS LUSfADAS
CANTO III
129
(1)
da pessoa.
.< 2 ) Erro-'Desvio do caminho que devia seguir -culpa ou
dehto.
'
3
( )
Inocencia- Falta de cul'pa. Latinismo *.
4
( )
Cit?a.-; ~egHio -do T-urquest3.o e da .S.i,beria O'cidental
de clima fr1g1dissm10.
'
5
( )
Dibia- Terreno do Norte de Africa.
6
( )
Em l<igrimas- A verter Iiigrimas. Complemento de
modo.
(~)
( )
9
173
132
(')
(')
(')
( ')
lecida.
( 5)
Polycena- PoUxena, f'ilha de Priamo, Rei de TrOia,
e de sua mulher Hecuba. Foi imola1da por Pirro, sa-bre o tUmulo de seu pai, Aquiles.
(6) A sombra- A alma.
(7) Pir-ro - Fil1ho de Aquiles, um dos her6is gregos da
guerra de TrOia.
(S) Se aparelha- Se. prepara.
(tl} Que o ar serena- Que tudo to rna suave e bela em
redor deln.
(10) Colo de alabastro- No seu peito da cOr do alabastro
(cor branca e brilhante).
174
OS LUSfADAS
136
rosas.
(1)
(2)
( 3)
175
OA:NTO III
(')
(4)
seu rosto .
(5)
mu:Jheres de Coimbra.
(6)
desonrosa.
actos que tinham sido motivo de morte para ele, pelas feridas
morais que abriram na sua alma.
176
OS LUSfADAS
C~NTO
138
177
III
139
178
OS LUS!ADAS
OANTO Ill
141
(1)
tBenjamim-A tribo de Benjamim foi ehacinada por
causa da 1ascivia de alguns dos seus homens com uma mulher
da tribo de Levi.
( 2)
Sarra- Sara; mulher 1de Abraao .que um Fara6 quis
seduzir, mas o FaraO 'foi castig:ado vor Deus.
(S) Siqu8m- Fil;ho de Hemor. Raptou Dina e violentou-a.
( 4)
Dina- Era filha de Jacob e de Lia. Seus irmiios,
SimeKo e Levi, mataram Siquem.
( 5)
Inconcesso- IncOncebivel; indigno de ser praticado.
(0)
Desa'tinado- Que pOe o homem fora do seu juizo natural.
(7) Filho de Alcmena- Hercules.
( 8)
6nfale- Rainha -da Lidia por quem Hercules se apaixonou, perdidamente. Dlz a lenda que passava os dias inteiros
ao pe da sua amada, a fiar nUma roca.
(9) Peno- Cartagin6s; Aniba:l, por antonomasia *.
(10) HUa moga vil- Uma rapariga -de baixa condi~[o.
(11) ApUlia- Regi[o da It3:Ha.
( 12 ) Entre as rosas e a neve humana pura-.:-- Entre as belezas 'dum rosto corado e a sua brancura sem mancha (pura).
Alusao a prOpri-a .situa~ao amorosa do poeta, que Pretende
escusar D. Fernando para escusaT-se a si pr&pri-o.
179
143
C")
.CANTO QUARTO
ARGUMENTO
1
(1 ~
Procelosa tempestade -
Tempestade terrivelmente
:forte.
(2)
escura.
(3) Traz a manhti. serena, clwridade- A manhi serena
traz claddade.
(t) Porque- Realmente. A conjun<;;iio <<porque -tern aqui
sentido advetbia.J.
(") Descuido remisso- Descuido por in'dolencia, .desleixo.
(O) Joanne- D. Joiio I, Rei He Portu~w1.
('') Ainda que bastardo- A:pesar de ser fi'Jho ilegitimo.
E xpressfio concessiva.
OS LUSfADAS
184
CANTO IV
18'5
passiva.
OS LUS!ADAS
186
CANTO IV
'de 1Coimbra.
(6)
(7):
Burgos.
(S)
(9){
Leao.
187
188
OS LUSfADAS
gwdas.
8
( )
Lhe falece- Lhe falte.
(~l Desconcerte- Esteja em desaco 1do.
( ) Na vontade- No desejo de fazer o contr:iirio.
2
CANTO IV
189
190
OS LUSfADAS
18
191
CANTO IV
>
192
OS LUSfADAS
22
(1) Cornelio mogo- Cipifio, -soldado romano que, em Cant'isio, exortou os seus 1compatriotas a que resistissem a Anibal,
que depois foi vencido em Zama.
( 2)
Dompelidos- Incita,dos e empurra'dos pela for<;.a (da
sua espada). A expressiio entre parenteses .e agente -da passiva.
( 3)
A gente forQa e esforga- (Nuno Alvares) obriga o
povo e incute-lhe va'lor.
(4)
Que removern-As gentes pOem de parte.
( 5)
Nos animais cavalgam d.e Neptuno-,Cavalos.
( 6)
ArremessOes- Armas de arremesso.
( 7)
Capacetes estofam..- POem estofos -dentro dos capa~
c-etes.
( 8)
Peitos p-rovam- Experimentam as a:rmalduras que
co.brem o peito.
CANTO fV
193
24
25
OS LUSfADAS
194
26
(1) A branches nobre Conde- Parece haver certa confusio com D. Alvaro Vaz de Almada, o famoso combatente de
Alfarrobeira.
(2) Sestra mt.io-A mao esquerda; a ala esquerda. Latinismo *.
(3) Mdo- Ala; Corpo de tropas. Latinismo *.
(') Das Quinas e Castelos o pendiio- A Bandeira Por-
tuguesa.
(5)
e latinismo *.
CANTO IV
27
195
28
(1)
batalha.
196
OS LUSfADAS
~1 )
O.s versos 3 e 4 in<dicam o exercito cas.telhano que
ouvm o som da trombeta; esse exfrcito era constituido por
gentes _que lam de Norte a Sul tde Espanha, des-de o Norte
da Gahza (monte Artabro) a:te ao Sul (rio Guadiana). Contude os habitantes do Sul de Espanha queriam desistir desta
guerra ( o Gua.diana atrUs tornou as ondas de medroso).
( 2)
O.s :versos 5 e 6 indicam o exfrcito portugu&s, que
tambem ouvm o som da trombeta castelha'lla. Gente do Norte
de Portugal (Ouviu o Douro), gentes do Sui de Portugal
(e a terra T'rantagana), gentes do eentro de Portugal (Correu
ao mar o Tejo duvidoso). As dlividas das ii.guas do Tejo indicam a indecisfio de elementos do centro de Portuga-l, que duvidavam do resultado -cia batalha.
(3)1 .Nos versos 7 e 8 temos intenso lirismo, representado
pelo carmho . com que as mfies dos anedores do local da batalha abragavam e a-per'tavam seus fHhinhos ao :peito. Nao hii.
qualquer hip6rbole na estancia.
( 4)
Rostos s&'!n co1 ~ Desroaio de alguns rostos em virtude do medo.
'
( 5)
0 temor ... - H:i perigos gran-des :em que o maior
. perigo e 0 medo 'desse perigo.
( 6)
FurM'- FUria guerreira.
(7) Ojender-1Des:baratar.
CANTO IV
197
198
32
OS LUSfADAS
33
34
CANTO IV
Manho.
(4) Sert6rio, Corio lana, Catilina- Chefes militares que
199
N uno
A~Jvares
200
OS LUSfADAS
CANTO IV
41
langa.
(8)
9
( )
201
e latinismo *.
202
OS LUSfADAS
CANTO IV
203
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
nimia *.
..
(6) Armas sempre soberanas- Fe1tos de annas sempre
ilustres pela vit6ria.
(7) Transtaganas- Para Al6m do Tejo~
204
OS LUSfADAS
48
CANTO IV
Com&ter-Acometer.
. ,
"'
:0 Africano- Os Ar[rf_:anos .. S~nedoque .
(3) Lei de C1'isto- Rehg1ao Cnsta.
.
(4) Mafamede- Maome, o grande profeta do lslannsmo.
(5) Lei de Mafamede- Islamismo.,
"'
(a) N adantes aves - Navios. lY.l etafora
(7) Pelo argento-Pelo mar (de cor de prata).
(S) Titis- Deusa do mar. Simboliza o :n~ "'
(9) Pandas asas- C6ncavas velas. Lat~msmo .
po) Alaides- Hercules, que pOs a extrema meta no
E.streito de Gibraltar.
(11) N obre fundamento de Ceita- A nohre Ceuta.
(12) Segu1a- POe em seguro.
ps) Juliana ... manha- Trai9fio. do Conde: ~uhao, governa'dor de Ceuta, que entregou esta Cida:de aos a1 abes.
(") Her6i- D .. Joiio I.
,
(15) Coros soberanos-Os mais altos ,coros (do Ceu).
(1)
5
( )
Da gente -_Dos povos. Agente passivo de desejados.
6
( }
Padre ommpotente - Deus. Note-se o atributo de
Omnipoteneia.
. (7) D'lf'as. ilustriss-imas Inglesas- D. Filit>a, e D. Catarma. A pnmmra casou com D. Jofio I de Portugal, a segunda
cas~u com D. Henrique de Castela. Eram filhas de Joao Gaunt
Duque de Lencastre.
,
8
( )
Peito forte-D. Jofio I; {}S Po1tugueses.
205
(Z)
206
OS LUSfADAS
CANTO IV
53
54
51
52
oao e . Pedro.
,
(!) Suma alteza- Governo do Reina.
( ) Fortuna- Sorte ou destino
5
( )
Poyo miserando- Povo 'dlino de compaixao
( 6 ~ C!_ez~a- Ceuta. Deriva da forma latina Cep. tam pGr
vocaltzagao *.
(1) 0 pubrico bem- 0 bern com urn.
207
sua pitria.
(') .Afonso- D. Afonso V, o Africano.
(6) Nossa. Hesperia- Peninsula Ib8rica.
(7) Terra lbhia- Terra do Ebro; Espanha~
(8) Impossibil- lmpossivel. Arcaismo *.
(9) Terribil- Terri:vel. A rcaismo *.
208
55
56
57
OS LUSfADAS
CANTO IV
59
. (l) Magfi~ ~e ouro- Pomos de ouro, guardados, no jardim das Hes:perrdes, por um dragiio.
(2) 'l'iri:atio - Hercules, que colheu esses -pomos -de ouro.
Cha~ra-se 'f'trintio, po~ ter sido criado em Ti_rinto, na ArgOiida.
3
( )
Tangere- Tanger. Note-s-e a pc.vragoge *.
(4) ~uros de diamante- Mura.lhas resistentes, em -dureza,
eomo o dtamante.
(5) De escritura dinas elegante- Dignas de escritos eloquentes.
( 6)
Cometer - Atacar.
(7) Fernando de A1agc"'io- Rei desse rei.no, que oasou com
1
I~abel de Cas:te'la, conseguindo-se assim a uni1ficac;;ao de Espa-.
n~a. Lu~u:com D. Afonso V em ToTo. 0 :11ei de Portugal defen-dla os dnertos de sua sohrhrha, D. Joana ao reino -de Castela.
Os partidarios de Fernando consideravmh D. Joana como ilegitima (filha de Beltran de la Cuev:a; dai o nome de Beltrar
neja). Ferna:ndo de Aragao acabou por triunfar
209
16
OS LUSfADAS
210
CANTO IV
D. JOAO U (60-65)
(1)
nimia *.
nope al enterrada.
(7) Mar alto Siculo- Pelo profunda mar da Sicilia. Lati-
nismos *.
211
(2)
212
65
OS LUSfADAS
CANTO IV
67
68
{1)
As fontes onde nascem tem por gl6ria-Alus&o a
lenda de que o paraiso terreal ficava entre estes dais rios,
perto das suas nascentes.
(2) Causa sera de lwrga hist6,ria- Dar& motivos a gran~
des feito.s.
(3) Trajano- Genera:J. e Impera:dor Romano que quis chegar ate a india.
(4) Cartniinia-Regilio da Phsia. Agorae Quirman.
(5) ~Gedr6sia- Outra reghlo rda Persia, a leste da anterior. A 'palavra <<Gedr6sil), e grave neste v-erso.
(6) Produze- Paragoge *
(7) C6u- Deus, enquanto visto .pelo homem.
() Manuel- D. Manuel I, de Portugal.
213
OS LUSfADAS
214
CANTO IV
70
(1) Tanto que lasso se adormece ~Logo qu-e fica a dormir .em vh~tude da fadiga.
(2) t~11Mjeu-Deus dos sonhos.-Quer 1dizer: comega a
sonho;r vtirios sonhos.
( 3 )!
,Prima Es!e1a ~ Esfera da Lua, segundo Ptolomeu.
Prima e latinis1no *.
( 4)
Diante va1~ios mundos via-Via diante de si varies
mundos (desconhecidos).
(5) Lti bem junto donde nasce o dia- La no Extr-em.o
Oriente.
( 6)
Olhos longos- Olhos muito abertos.
(1) i])uas clwras e altas fontes- Os !dois rios Indo e
Ganges.
(S)
(9)
gentes.
( 10 ) Advers6.rias de mais eonversagr1o -lContrlirias a rtoda
passagem :de hD>mens~
215
7l
72
OS LUS!ADAS
216
73
CAN'rO IV
217
76
218
OS LUSfADAS.
79
1
( )
2
)
CANTO IV
219
.
.
Quais Euristeu (') a Alc1des (') mventava.
0 leao Cleoneu ('), Harpias duras ( 4 ),
0 po.rco de Erimanto (')', a Hidra brava (')
Deee1 enf'im as sombras vas e escuras (')
Onde 'os ca~pos de Dite (') a Estige (') lava;
Porque a maior perigo, a mor afronta ("),
Por v6s, 6 Rei, o esprito e carne e pronta.
81
220
OS LUSfADAS
83
(?
CANTO IV
84
221
E ja
(1)
( z)
(')
(4)
(P)
jovens.
(1)
(S)
222
OS LUSfADAS
CANTO IV
88
89
90
223
(1)
(2)
224
91
92
93
OS LUSiADAS
Sem
94
95
va, ou inUtil.
(3) !Versos 1 a 8 contem uma prosopopeia *.
( 4)
Quase movidos- Como comovidos (por tao !profunda
amor). Latinismo *.
( s) As ZO..grimas erfllm tantas como as brancas areias.
Eis o .sentido dos versos 7 e 8.
(6) Nf!/flt a Mfie, nem a Esposa- Nem para a mae, nem
para a esposa.
225
CANTO IV
Despedimento - 'Despeditla.
Usanqa boa- H.ibito born; co:stume louvitvel.
(S) Versos 1 a 8 formam uma prosopopeia *.
(4} Um velho de aspecto venerando- 0 Ve1iho do Restela. V enerando e la.tinismo *.
( 5)
xperto- 'Cheio de ex:peliencia da vi'da como farto
da idade.
(6) va CO'bir;a- Desejo inUtil.
(1) Fraudulento gosto- Gosto tmganador.
(8) rSe atiga- Se ateia., aumen-ta. 0 se e apassivante.
(9) Fazes- (Fama e homa) fazem.
( 1 )'
(2:)
17
226
96
97
OS LUSfADAS
CANTO IV
98
99
227
CANTO IV
228
102
Cato'li'Cismo.
6
( )
229
OS LUSfADAS
104
( 2)
230
OS LUSfADAS
CANTO QU(NTO
ARGUMENTO
Gama narra a partida de Lisboa~ a tJiagem ate ao Zaire
com a passagem pelo Equador e 0 Cruzeiro do suz. Entre
I,,
i
Vociferando- Dizen<do em a'ltas vozes.
~s asas ~As velas.,
0 ceu ferimos-Gritamos muito ~lto (dizendo). Lati-
(1)
(Z)
(3)
nismo
*'.
Troncos~Navios. Sinidoque *.
Eterno lume- 0 Sol
( 6 )'
Animal Nemeio-Lefio (signa do Zo'diaco).
1(1) Trueulento- Atroz e crue!l.
(S) Consume- Consome. Na rforma de hoje deu-se uma
(4)!
(')
assimilar;iio
(\'I).
*.
234
OS LUSfADAS
D:
'
1
( )
li
I
lr
CANTO V
235
e mais
236
OS LUSfADAS
CANTO V
(1 ~
(1)
2
( 3 )1
( )
Sanaga- Senega~!.
Cabo
Arsin6rio- Aclual Caibo Verde.
6
( )'
JJos nossos- Pelos no.ssos. Agente da pa'Ssi.va de charmando-se.
(1)
Fortunadas- Afortunadas. Pr6tese *.
8
( )
Filhas
do velho Hesp8rio- Hespfridas; ilh-as de Cabo
Verde.
1
9
( )
1 omUtnos porto -Desembal"<::&mos.
(1) BOreas- Vento No1te (soprou a nosso favor).
( 4)
5
),
237
ter1a.
Jalofo- Nigricia.
Naqi5es-Ragas..
,
.
(*) Mandinga- Regi&o -da Afnca oc1dental.
(') 0 metal rico e luzente- 0 ouro.
G'am b"Ia.
(o)' G0//11-betaRw
t'd
,
(1} D6rca4as- Arquj,pelago das Bjjag6s. No, sen l o pro'Prio eram i1ha:s. lend8.rias, on-de moravam a~ Gorgo-nas, que
os quem para elas olhasse.
transforxnavam em pe d lu,
lh
s
(S) bmiis- G6rgonas (que tinham um so o o para a
tres) Eram Medusa, Euriale e Ste.sis.
. .
(;) Tu- Medusa, uma 'das G6ronas de cuJo sangue :nasc-eram muitas -viiboras -e o -cavalo ~Pegaso.
.
,
_-(10) Acendiam _ Inflama-vam em fortes deseJOS amoio-sos.
(2)
(')
238
OS LUSfADAS
l2
CANTO V
. I
(3) !Polo fixo, onde ... - ceu -do Polo Sul; 'Parte V!SIVe
do Ceu estando no Hemisferio do Sui.
(4) 'A polo- Sol; simbolo -do Sol.
(S) Aquelas regi_Oes por onde d'Uas vezes passa A poloZonas intertropicais.
(') Eolo- Eolo (Deus dos Ve~to~):
.
.
(7) Ursas~Constela~Oes do hem1sfer10 Norte. Ursa Ma10r
e Ursa Menor.
t
(B) A ninfa Calisto foi transformada em Ursa_, Jun amente com seu filho Arcade, e ambos co~ocados -no ceu. Juno
pediu a Tetis que nao consentisse que as aguas d? mar fossem
polufdas por qualquer dos -dois. Poren:, ao na':egar para o
Sui, os astros come{;am a descer no honzonte. ate desapa.recerem no Oceano. Par isso, Vasco d-a Gama afuma. que vm as
Ursas banharem-se no mar.
(1)'
(2)
239
OS LUSfADAS
240
16
17
( 1}
( 2 ),
( 3)
Negros chuveiros1 noites tenebrosas- Negras ehuvadas ern noites ,de trevas. H endiadis *.
(4)
Que o mundo fendem-Que parecem ahrir fendas na
terra.
5
( )
Erro-Desvio do-que iJeve ser feito. Latinismo *
( 6)
Casos- Os fen6menos.
( 1)
Aparnoia- Pela forma como as coisas se nos a:presentam.
( 8)
Puro engenho- Par simples inteHgen:cia das coisas,
sem a .eX!perincia.
(9)
Mal &ntendidos- Ma1 interpreta<dos.
CANTO V
241
20
242
OS LUSfADAS
22
(1) Es-tava com as ondas ondeando -Mexia-se como mOvimento das ondas.
(2) Cargo- Carrego; carga.
( 3)
Roxa- Vermelha. Aqui comega uma comparagdo:
Qual ...
(4) AlimO,ria- Animal. Compare-se com o latim .animalia.
(5) Cria-.Cresce.
(6) Chovendo- Deitando chuva. Note-se o senti'do transitive.
(') A jacente- A que esta por baixo; a <l.gua .do mar.
(') Torna- Restitui.
(') Tolhe- Impede.
CANTO V
243
24
OS LUSfADAS
CANTO V
27
245
!
I
OS LUSfADAS
246
CANTO V
31
~47
33
34
35
( 1)
(2)
( 3)
Um Etiope- Um Afri'cano.
Por que- Para que. Locugiio conjuncional final.
(3) Em pressa- Em aperto; em apuros.
(4) 0 remo aperto- Estimulo os rema'dores. Metonimia *
( 5)
Espessa nuvem.......,... Do ban'do cerrwdo (de negros).
(6) Ttio tecida- Tao bem ligada como .se fosse um tecido.
(7)1 :Gente bestial- Gente parecida com as bestas.
(S) Que estarmos - Senffo estarmos.
(1)
(2)
248
OS LUSfADAS
CANTO V
36
39
EPIS6DIO DO AD.AJMASTOR (&HO)
249
Oulri- Ola.
Si- Sim.
250
40
41
42
OS LUSfADAS
1
( )1
'?e Rodes estra'l!hissimo Colosso -Est:itua de Apolo
na 1lha de Rodes, conSidera:cla uma das sete maravilhas do
mundo.
(') Milagres- Maravi1has. Latinismo *.
(') .Come'teram- Acometeram, Pr6tese *.
( 4) Vedados terminos- Os limites vroibidos _(8. nave-
ga~ao).
(')
(')
CANTO V
251
44
45
OS LUS!ADAS
:?;53
CANTO V
253
49
50
?s
48
( 3)
OS LUSfADAS
254
51
CANTO V
52
53
54
(1)
(2)
255
OS LUSfADAS
256
oolu-to
:u
Eu..
,II
*.
CANTO V
57
2&7
58
59
(')
Ceu- Destino.
258
OS LUSfAD1\.S
CANTO V
63
64
61
259
seu AMOR).
(2) 0 Gigante, slmbolo 'do medo e do sonho 1de amor, desa'Pareceu. Os Portugueses ttiunfaram do medo; Cam5es viu o
seu AMOR ,desfeito.
(3) Santo cora dos A njos- A Corte Celestial.
(4) Gama pediu a Deus que removesse da -navegaglio dos
Portugueses tudo quanto estava simbolizado ,na figura do
Gigante Adamastor.
( 5)
<Fligon e Pir6is- Dois dos quatro cavalos que puxavam pelo Carro do Sot
(G) A terra alta- A montanha.
(7) Grfio Gigante- A,damastor.
(1)
(2)
(grave).
(3)
(4)
(O)
( 6)
(7)
(~>)
(9)
(lO)
(11)
OS LUSfADAS
260
CANTO V
Trazendo~nos
galinhas e carneiros
A traeo doutras pegas que levaram.
Mas, como nunca, enfim, mens eompanheiros
Palavra sua alg'Ua lhe wkangaram (')
Que desse a1gum sinal do que buGcamas,
As velas dando, as ancoras levamos.
65
66
.261
68
263
69
70
71
OS LUSfADAS
CANTO V
72
73
74
~ 2 )_ QuamanhaLat~msmo
*.
(3)
signios.
( 4) Quebrantados- Exaus'to-s.
( 5)
Espe;rar comprido- Demora muito lono-a.
( 6)
C6us nao naturais- Climas a que {;ao estavamos
naturalmente habitua,dos.
(7) Nossa Humanidade- Da nossa condigiio -de sel\es humanos.
(S) JJanado -1Pr&prio para fazer mal ou da-no.
263
(1}
<li~ao.
Levantados- RevO'ltados.
Se OS rresistira-Se se apusesse a :for~a deles. Note-se
o sentido transitivo de .resistir.
( 4) Doce rio- Rio -dos Reis.
(5) PefJO- 'Mar alto. Do latim pelagus. Latinismo *.
(") Noto-Vento Sui.
(7) Esta passada- Passada esta costa de Sofala. Semelhan~a com o ablativo absoluto 1atino.
(S) Sacro Nicolau -'8Ko Nicolau.
(2)
(1')
OS LUS!ADAS
264
75
76
265
CANTO V
77
78
5
79 1\lqui de limo6, cascas e de astrinhos ( ),
(2)
(1 )
(2)
Oc1dental da India.
266
80
OS LUSfADAS
CANTO V
84
81
'1
I
82
teza~ 1 )
267
doenga-r;d:vid;
(1)
1nos *.
268
OS LUSfADAS
se 1angassem a. Pr6-
seta e
(7)
omero.
oa
. w-
PdC:t~~ia.n~o
269
CANTO V
87
88
(1)
Esse que
be~beu
frase*.
(2) Agua A6nia- A fonte de Aganipe que inspirava
quantos dela fossem beber.
(3) Essotro que ... - Virgilio. Perifrase *.
(4) Aus6nia- Regi&o da Itilia; It3Jia.
(S) Ptitrio Mincio-,De sua p3.tria, Mantua. E a terra
de Virgilio.
(O) Mincio- Rio que atravessa a cidade de Mantua.
(') 0 Tibre- Rio que atravessa Roma.
.
(8)
Circe- Feiticeira que transcformou metade dos companheiros 1de Ulisses em poreos e se apaixonou pelo her6i.
( 9)
Polifemo-Cfclope da .Odisseia e da Eneida que
devorou alguns dos companheiros de Ulisses e foi por este
privado do Unico olho que tinha .
( 10) Sirenas- Sireias. Latinisrno *.
(1 1 ) Cicones- HaNta:ntes da Tricia contra os quais combateu UUsses.
( 12) A terra onde se esquegl1/trl, .. - Pafs dos Lot6fagos, ou
comedores de loto, na .Africa do Nor-te.
270
OS LUSfADAS
CANTO V
90
91
92
272
OS LUSfADAS
93
CANTO V
95
(1)
(2)
(3)
(4)
(
(
5
6
)
)
(7)
(S)
e)
(~)
(")
.
_
Certo- Com to:da a certeza. Advi:b~o de afvrnuJ,gM.
Gla{ira- Glafira; amante de Ant?mo.
, .
Cisar- Caio JUlio Cesar, o Conqmstador das Gallas.
So]ugando- Subjugan.do; submetendo. Forma popu,....
lar. (6) JfJ nas eom6dias grande experiencia- E um 'forte motivo de factos para sobre eles ia.zer teatro. Compunha pe~as
teatrais.
.
(7) Liicia- Do Licio; da raga latma.
(S) Bdrbara nagao- Povo, nem La!ino, nem _Grego,
(9) Porque quem niio sabe arte, n?'o ?tn es~tma- N~da
pode ser estimwdo e :amado sem 9.U;e -prr~ne1ro se:Ja conhec1d?~
Diziam os antigos fll6sofos: Nihl1 vohtum qum praecogrutum. Nl'io na estima: Temos a -intercala~l'io eui6ni-ca do n
em na.
(10) Que- E cons,ecutirvo.
20
274
98
OS LUS!ADAS
CANTO V
100
275
( 3)
De engenho tao remisso- De inteligencia e sentimentes tao acanha:dos.
( 4) As Musas- As na-mora-das de .Cam5es.
( 5)
Agarde~a- Agrade~a. Metatese -*.
( 6)
Aos seus- E inconceblve1 pensar que CamOes quisesse referir-se aqui a familia de Vasco da Gama, como pretenderam, muito a ligeira, certos comentaristaS do nosso 6pico.
Refere-.se aos Portugueses, ao Povo Portuguis.
(7) Na estirpe seu se c:hama-Nenhum des-cendente seu.
{8 )
Caliope- A principal inspiradora do poeta; o seu
grande amor.
(9)
Filhas do Tejo- Ninfas -do Tejo; 'T<igides; namoradas do poeta, ou aquelas a quem ele muito amou.
10
(
) As telas de ouro- As suas ocupa~Oes; a contempla~iio dos seus amores.
f'
I
CANTO SEXTO
iii
I. I.
!'
I!
ARGUMENTO
Vas co da Ga'J'n(J. despede-se do Rei de M elinde e continua
(1)
Cristiio.
280
3
:1'1
j'i
i!
i.:
I'
OS LUS!ADAS
CANTO VI
281
dia; o Oriente.
Tioneu- Baco.
Se aparelhavam- 'Se preparavam.
Morre- Sente-se morrer .de inveja (idiz -coisas contra
os deuses e esti agin:do 1Como quem eshi tfora -do seu juizo).
(6) ,Fazer; de Lis boa nova Roma- Que Lisboa igualasse,
ou superasse, as gl6rias de Rvma, slmbo'lo do Imperio Romano.
(") Doutro poder que .tudo doma- Do poder da Inteli(3)
(4)
(5)
gil:ncia.
282
OS LUSfADAS
CANTO VI
2&3
11
2
( )
284
OS LUSfADAS
13
CANTO VI
15
285
d
E-stranho caso (') a,quele, logo ~a~ a 1' .
Tritao, que chame os Deuses >da agua rJad (')
Que o Mar habitam de kua e de o.ut;a ban a
.
T itao ( 4) que ide ser f'llho se gloria
D~ Rei e 'de Salacia veneranda, .
Era mancebo grande, negro e fe~o,
Trombeta de seu pai e .seu correw.
17
Desparzidas- EspaJhadas.
Modos- Esp&cies.
3
( )
Lieu-Baco.
(S)
Reina da 6gua-Reino de Neptuno: mar.
9
( )
Rei do vt'nho- Baco- CamOes brinca com estes dois
deu.ses.
(7)
<:
286
OS LUSfADAS
CANTO VI
19
287
'
( )
Descrigao curiosa de um deus que deve ser mensa~
ge1ro do mar e que o deve representar.
,
2
( )
5J corpo~ n~ e os membros genitais- Trazia o corpo
nu e ate os prop nos rnembros genitais (que nao costumam
andar nus).
3
( )
Cen.to e cento- As centenas.
4
( )
Cangrejos- CaraJnguejos. Forma popular.
5
( )
:F'ebe-Diana; Lua.
6
( )
Que 1ecebem de Febe cresoirnento- Que crescem du-
rante a noite. .
(7) Musco- Musgo.
8
(
As costas co a casca os caramujos- Os earamujos
(1)'
frase
*.
Dardilnia- TrOia.
Da Grega ins&nia- P.ela loucura dos 'Gregos. Agente
da passiva de destruidos.
( 4) Pro teo- Guarda:dor do .gado -de N eptuno; guardador
dos peixes.
(5) Ja sabia- Proteo ji sabia tUtdo (porque era profeta).
'
(B) Padre Lieu- Deus Bac~..
.
( 7) Esposa de .N eptuno _:_ ~etLS, f1l~a de ~elo e de Vest,a.
(S) De marav~Zha-Marav1lhad_o so. de ve-la.
, .
(9) Delgada beatilha- Pano fmiss1mo. Era a propl'la
igua, pois ela representava o mar em tudo quanto ele tern
de amoroso e de favorecedor do amor.
.
(10) 0 corpo cristalino- Corpo com beleza e brdho de
cristal.
C
Q
to
(11) Note-se o culto do. nudismo em amoes. ue tan
bem nfio e pera esconder-se.
(2)
(3)
288
OS LUSfADAS
22
CANTO Vi
24
289
(1)
2
( )
(1)
(2)
deus.
(3) Circe- Uma feiticeira que, em 'Virtude da sua paixfio
por Glauco, trans.formou a sua riva1 Gila, num monstro.
(4) Desta sendo amado-Sen1do e1e amado por esta
(Circe). Desta e agente .da pa-ssiva.
(5) Do Padre- Pelo Padre; par Neptune, o ehefe ou
pai do.s Jeuses -do mar; o mar. Agente da pas siva.
(6) Tebano -- Baco.
(7) A rica massa que no mar nace- Ambar.
(B) E Artibia pas sa- E excede o produto da Ar!bia
(o incense).
290
.OS LUSfADAS
28
CANTO VI
291
29
30
31
<:> Cometer o Clu supremo- Atacar o alto Ceu. Referencia aos Gigantes que, ao atacar o Ceu, foram derrotados
por JUpiter. Recorde-se o caso de D6dalo.
(2) 1nsana fantasia- Aquela louca deiermina~ao. Refer&ncia as navega~t6es dos Argonautas.
(3) Dum vassalo meu o nome toma- Toma o nome de
Luso (companheiro ou filho de Baco).
( 4) A gente alta de Roma- 0 importante e ilustre Povo
Romano.
292
OS LUS!ADAS
CANTO VI
~quilo
33
34
35
1
( )
Aquila e os outros todos- 0 vento Norte e todos os
outros ventos.
2
( )
Porque a pondes em tardanga?- Porque demorais?
(<~) Do Ciu deci- Vim do lugar que ocupo na alma ate
ao 1ugar das vossas forc;;as naturais.
(4) Quando venci as terras indianas do Oriente- Quando
conquistei a fndia. E uma alusao a lenda que diz que a india
foi conquista:da por Ba'co.
5
( )
Desta gente- Por este povo (pelos portugueses).
Agente da passiva de <<abatidos.
6
( )
Griio Senhor e Fados- JUpiter eo Destino.
(7) 0 baxo mundo- 0 mundo ci de baixo.
8
( )
A estes bar6es- A estes homens corajosos (aos por~
tugueses).
9
( )
Como insinam o mal tambim a deuses- Como as
for~as da alma e as for~as naturais tomam sentidos contr::lrios.
293
ve- Em
(1-)
A segundo se
( 2)
a vista.
alma.
(3)
d~
fim.
294
OS LUSfADAS
CANTO VI
37
( 1)
Ventos repugnantes (se.fn conto)- Ventos incont:iveis
que lutam entre si, que se opOem uns aos outros. Repugnan~
tes e latinismo *.
( 2)
Que nao haja no mar- A fim de que nao existam
no mar, P1oposioao final.
(3) Proteu- 0 deus-prof eta, que era o encarregado de
guardar o gado de Neptuno.
( 4) SUbito- Po1 forma repentina. Complemento de modo.
(5) 1T6tis indignada- Tetis (esposa de Neptune e deusa
do mar) irritada.
(G) Hip6tades- Eolo, que era descendente .de Hipota. Ldtinismo *.
(7) A fAbula ou lenda figurava os ventos, eomo estando
fechados em cavernas.
(8) Ba16es audaces- Hom ens fortes e atrevidos (os Por~
tugueses).
9
( )
Obumb1ava- Enchia de nuvens, nublava. Latinismo *.
(10) Que os ventos- (De tal modo) que os ventos. Comego
da proposigdo consecutiva.
295
38
'(1) Enquanto este conselho se fazia ... - Enquan!o~as forgas .naturais iam preparando a tempestade. Propostgao temporal.
.
(2) Las sa frota- A armada fatrgada e oem d~scanso.
(3) Quando a _lu~ ~lo dia- ~m, que a .luz do d1a.
(4) Eoo Hemwferw-Hemisferlo Or~ental.
(S)' Quarto da prima- Primeiro periodo d~ quatro hoi'as,
das 20 as 24, em que esti a vigiar urn determmado grupo de
marinheiros correspondentes a esse quarto.
(G} 0 ;egundo- 0 segundo quarto, ou quatro horas seguintes.
(7) Mal despertos- ~inda m<7l ~c?rd~do:.
(8) Bocijando- BoceJando. D~sstmtl.agao .
.
(9} Mas esfregando os mcmbros est~ravam- Mas es~Ira
vam os membros esfregando-os. Note-se a beleza e reahsmo
da descri~,;lio do despertar.
296
OS LUSlADAS
CANTO VI
40
41
amor.
I
I'
ll
3
( )
Que o trabalho do mar- Porque o-& sofrimentos do
mar. QUe e causa'L
(4) Robusta- Rija e forte.
5
( )
Por que as que me ouvirem- Para que os que me
viio ouvir. Pro,posigiio final, inserida em por que.
297
44
(2)
298
:OS LUSfADAS
46
CANTO VI
299
49
300
OS LUS!ADAS
CANTO VI
52
51
(')
(')'
(?
301
54
302
OS LUSfADAS
CANTO VI
57
{ 2 )'
303
59
vorte
e latinismo *.
304
0'8 LUSfADA'S
-Daria.
305
CANTO VI
61
'
63
306
OS LUSfADAS
Tuba 6 latinismo *.
( 3)
1N-os versos 7 e 8 temos ass,inffetos *.
(4) No peito que estremece de quem os olha- (0 coragao) treme no peito daqueles que os contemplam.
(") Qual ... Qual ... - Temos pronomes indefinidos. Urn ...
outro ...
(6)
Qual do cavalo voa- Um deitado a voar para fora
do cavalo (niio se podendo chamar a isto descer).
(7) Este- verso contem uma andstrofe *.
( 8)
Tortwu perp6tuo sono- Morreu. Eufemismo * e Perifrase *.
( 9)
Fora dO valo- Fora da -estacada que limitava o
campo da Iuta.
CANTO VI
307
67
68
(1) Os que de espada vem jaze1 batalha- Os que vieram 'Para lutar com as e.s:padas.
.
(2) Mais acham'- Encontram mais coisas (do que armaduras pois en-con tram os corpos daqueles a quem ferem).
(s) Contar extremos- Relatar os casos mais sublimes.
(4) E desses gastadores ... maus do tempo- E desses
maus gastadores do tempo.
(S) Com fdbulas sonhadas- Com invenc;;Oes de pura fantasia.
.
(6) Por jim do caso- Fina..Jmente. Complemento ctrcunstancial de orde1n.
(7) Com finezas- Com encareclmentos.
(8) Torncw a doce e cara terra- Vol tar a Portugal.
308
OS LUS!ADAS
69
70
(1)
fante.
CANTO VI
309
(2)
310
OS LUSfADAS
74
CANTO VI
15
76
( 1 )i
Aco?'do....._~Determinac;ao
.de conjuntos,
presen~a
de
espl~
rito.
(2)
gdo tempo1al.
(S) Num bordo- Para urn bordo.
( 4) 1'alhas - Aparelhos destinados a deslocar pesos.
( 5)
Torre de Babel- Torre biblica, levantada para fugir
dum novo di1Uvio e escalar o ceu.
(6) A pequena grandura dum batel mostra a possante
nau- A forte nau (com a grandeza das ondas do mar) pareee
um pequeno batel.
(7) Que 1nove espanto- (F3.1c<to este) que .produz forte
a;dmira~ao.
3.11
(')
312
OS LUSfADAS
CANTO VI
81
79
Delfins- Go1cfinhos.
Gigantes- Os que se revoltaram contra JUpiter.
0 grfio ferreira- Vul'cano.
Do enteado -;De Eneias, filho de Venus (esposa de
Vulcano) e de Anquis.es.
C') 0 grdo Tonante- JUpiter, deus !dos raios e Jdas tem~
pestades.
(<>) Relarnpados- Re1ampagos. F01ma popular.
(1) Fulininantes- Que ma.:tam.
(B) Grtio dilUvio- Dilti.vio com que J tip iter quis aniquilar a humanidaJde.
(9) Os dous que em gente ... - Deucaliiio e sua .esposa
Pirra que se salvaram num barco. No :final ,do :diJUvi~, por
;inspira~ao de um or<iculo, atiraram 1pedras das quais vieram
a nascer novas homens.
(10) Que derriOOram- Este que e pleonist:ico.
(')
(2)
(3)
(4)
314
OS LUSfADAS
i''i
83
315
CANTO VI
85
ud e
(1)
filhos) ..
2
( )
3
( )
4
316
OS LUSfADAS
CANTO VI
:86
:S7
(0)
(
10
317
2)
90
( 1)
Os pis e 1niios (dos Ventos) parece que (as ninjas)
lhos atara.m. Isto quer dizer que o amor verrce todas as dificuldades.
(2) O.s c:abelos (das ni.nfas) que tornam escuros os ra-ios
Jo Sol.
(3) BOreas- Vemto Norte.
( 4) Oritia- Era uma filha ide um Rei de Atenas pela
qual BOreas se atpaixonou .
( 5)
Veja nota (').
( 6)
M ais certo a1reio- Mais seguro ornamento.
(7) Tanta insllnia- A tanta loucura.
(S) Galateia- Uma das Nereidas.
( 9)
Noto- Vento Sul.
( 10 ) Que bem sabe- Porque ( ela- Galateia) sabe hem.
Propos-igi'io eausal.
OS LUSfADAS
91
CANTO VI
92
93
95
(1)
V 6nus- De usa do amor; simbolo do amor aVentttreiro dos Portugueses.
( 2}
Amansadas as iras e os furores -.Depois de modifieados os estados de ira e de furor. Compare:.se com o ablativo
abso1uto latina.
(3) De lhe serem leais- De serem lea:is a venus.
( 4) Ganges- Rio da india; a prOpria fndiaj em simbolo.
(5) Celsa grivea- Da alta g:ivea.
( 6)
Enxergaram- Avistaram ao lornge.
(7) Dos primeiros mwres- Dos mares trai~,;oeiros.
( 8)
Calecute- Esta terra foi avistalda a 17 de Maio
de 1498 e a:li fundeou, tres 1dias -depois, .a armada de Vaseo
da Gama.
(9)
Que aparece- Que esta tpatente -diante de nOs.
(1)
(')
(3)
mos
*.
(4)
(5)
(6)
(7)
320
OS LUSfADAS
CANTO VI
97
98
321
99
CANTO S:ETIMO
tantos
(2)
(3)
( 4)
(5)
e agente
gueses.
(6)
(7)
(S)
326
OS LUSfADAS
CANTO VII
(2)
(3)
papaL
( 3)
(4)
gioso.
C') Do ceu deitadas-Determinadas por Deus. Do Ciu
e agente da passiva.
6
( )
Vedelos- V&delos (V6s estais vendo). Note-se- que 6
presente de indicativa.
(1) Sobe1bo gada- Na9iio 01'gulhosa.
(S) Sueessor de Pedro- 0 Papa, o Sumo Pontifice.
(9) Novo pastor e nova seita- Luter'o e o Protestantismo, ou Luteranismo.
po) Cego error- Luteranismo. Error e latinismo "'.
(1)
327
( 5}
328
OS LUSfADAS
Q~e o nome Cri~tianfssimo quisoote,
Nao pera defende-lo nem guarda.Ao,
Mas .vera ser contra e!e e derri:bii"lo!
CANTO VII
saJ&n.
Cinijio -Rio da Tripo1it3mia. Os ri'os indicam os habitantes das na~Oes desses mesmos rios.
(') Nome Santo- Da Religiiio de Cristo.
( 3)
Canto- Pedra angular e basilar; Papa. Vide S. Mateus, XVI, 18.
(4) Carlos-,Carlos Magno, 1imperador.
(5)
Luis-Sao Lufs, Rei de Franca.
(6)
Daque.les que em delicias ... - Os ItaJianos.
(7) t])ivicias- Riquezas. Latinismo *
8
( }
Inimicicias- Inimizades. Latinis~o *.
(1)
329
;)3()
OS LUSfADAS
CANTO VII
13
14
331
1
( )
Eles e v6s-O.s ara:bes: e OS Cristaos (estes inimigos
dos mesmos Cristaos).
(2) Pactolo- Rio da Asia Menor, na Lidia.
(3) Hermo- Urn outro rio da ASia Me:nm.
(4) Aurferas- Que levam ouro. Latinismo *.
5
( )!
Lcwram de ouro os fios- Hit minas de ouro.
(6) Luzentes -veias- Fi.JOes de metal luzentes; fil5es de
ouro.
7
(
Casa Santa- Santos Lugares, na Palestina; Luga.res onde Cristo vi.veu e mo-neu.
8
( )BizUncio- Constan'tinOipla, cwpital do Imperio Hizarntino.
9
( )
GiNa /ria- RegiM do Turquestiio e da Siberia Or.iental, cujo clima era muito frio.
( 10) A Turca fJM'agiio- Os Turcos. Sin8doque *.
11
(
) Que multiplica- Que se esta a mu'lti,p'licar.
(1 2 ) Policia- N a civilizaQfi:o .e costumes.
OS LUSfADAS
16 Tanto que
333
CANTO VII
19
!slam~sl?o.
Neste verso temo~ r:rrerenc1a as, prat1cas do Totemismo, ou adorac;io de amma1s, co,mo d~uses.
(3) No grande monte- No H1malma.
.
(4) Toda Asia discorre- Atravessa tdda a As1a.
(O) Griio corrente- Grancle corrente.
,
(6) Fazendo-o Quersoneso- Tornan-do-o pemnt,rula.
(7) Entre um e outro rio- Entre o Ganges ~ '?_ Indo . . _
(8) Com CeilCio insula-:Com a Ilha de Ce1lao. Cmliio
insula e latinismo *
.
1 t
d
, (9) 0 largo brago gangitwo- 0 extenso af uen e o
Ganges.
(2)
3'34
OS LUSfADAS
21
Ganges.
(5)
Reino de Cambaia- Rei .de Penjab, venddo por Alexandre Magno, na parte noroeste da fndla cisganget~ca.
( 6)
Poro- Um dos tres estwdos da fndia cisgangetica.
( 7)
Narsinga- Bisnaga, no reino de DeeM.
(8)
Canard- Outro reino que fica -ao Sui do Decao.
( 9)1 1Gate- Monte da c01~dilheira .dos Gates.
(10) Pequena quantidade- Distancia pequena.
(11) Fralda er:.~treita- Uma es:treita faix-a de terra.
(12) Sem debate- Sem d'iscussao.
305
CANTO VU
23
Cheo-aJda
a frota ao rko 'serrhorio,
0
Um Portugues ( 2 ), mandado, logo patite
A fazer sabedor o Rei gentio (')
Da vinda sua ( 4 ) a tao remota parte.
Errtrando o mensageiro .palo rio
Que wli nas Oirdas entra ('), a nao vista arte ('),
A cor, o gesto estranho, o trajo novo,
Fez concorrer a ve"Jo todo o 'JlOVO.
OS LUSJADAS
336
CANTO
26
yn
337
28
passiva.
(2)'
Divina.
Jucundo rosto- Com rosto agradivel e a1egre.
Lhe disse- Disse ao mensageiro, Jo3..o Martins.
Do Indo a griio corrente- As iguas do Indo; a prOpria f"n1dia. 0 rio esta tornado pela regiiio a que ele pertence.
( 6)
Por onde- Atravs de cujas liguas (se vi aos povos
(3)
(4)
(S)
que o rodciam).
(1) A lei Divina- 0 Cristianismo.
(S) OpressOes- Os terriveis trabalhos.
(9) 86 pwra o rei da terra revelava- SOmen'te devia ser
entregue ao Samorim.
:!38
29
30
31
OS LU1:11ADAS
CANTO VU
33
340
OS LUSfADAS
3.4
35
36
341
CANTO VII
342
OS LUS!ADAS
CANTO VII
40
(1)
(2)
dotes.
7
(8)
343
42
OS LUSfADAS
43
44
345
CANTO VII
47
346
48
49
50 (')
OS LUS!ADAS
CANTO VII
52
rostos umdos ..
( 3)
B1-iareu- Era urn monstro de 50 cabe~as .e de 100
bra~os.
(4)
347
(2)
OS LUS!ADAS
348
(1) 0 exrcito regido por U'l11 ca-pitfio ide fronte lisa que
pelejava sempre com tirsos verdejamtes (recorde-se que Nisa
foi edificada por ele nas margens do rio que ali nascia), mas
pelejava com tal forma e tal par.ecenc;;a que, se ali estivesse
Semele (a mfie de Baco) a ve-lo, diria logo que aquele era
seu filho.
(2) IF'eminino senhorio-(Go vernada .por) Semiramis, slmbolo 'da luxUria, a que se entregou sem evitar os piores extremes e haixezas.
(3) Jun'to ao lado nunca frio- Junto do cora~ao.
(4) 0 feroz ginete ardente - 0 cavaleiro, ou o cavalo,
contra quem 1utou o filho >de ~S.emframis em tenfve'l luta de
ciUmes.
(5) Competencia- Luta de ciUmes po-r causa rdos amores
da mae. Isto explica o verso final.
'( 6 )
Amor nefando -Amor de que se nao pode fa:1ar, amor
de mae e filho. Bruta incontin&ncia- Sensualidade satisfeita,
mais vergonhosamente que nos pr&prios animais.
(7) Daqui mals apa1tadas- Mais lange do lugar, on.de
estivamos.
(S)1 ;Bandeiras da Gr6cia gloriosas- Referencia aos exSrcitos gregos que subjugaram os povos do Ganges. 1.a Monar
quia: Assiria, fundatda .por Nabuwdonosor; 2." .Monarquia:
Persa, funda:da por Giro; !3." Monarquia: Grega, funda,da por
Alexandre 'Magno; 4.~ Monarquia: Romana, fundada pur R6mulo.
CANTO VII
349
350
OS LUS!ADAS
CANTO VII
57
58
60
( )
Da gente estranha- Do povo <Cstrangeiro dos Port.;ugueses.
'
2
( )
Por
glOria
do
vencidoPara
glOria
do
vencldo
3
( )
Emperador- 0 Samorim.
4
( )
Niio se iguala de outra- Que n8:o igualada :por
.outr~. De outra algila e agente 'da passiva.
( ) Lavor- No trabalho de ornamenta{;ffi.o.
(~) Oemas- P.etdras 'preciosas. La'tinismo *.
..
"' () Um velho 1everente- Um velho que lhe preste reverencta.
8
( )
Erva ar~d~nte- Betel, ou bEitele. E uma planta sarmentosa e._aromat1~a :cia 1ndia, cujas folihas se mastigam em
,certas reg1oes 'troplCaiS.
9
( )
Ruminando - Mastigando.
10
(
) Bramene- Bramene; sacerdate indiana.
3:52
OS LUS!ADAS
61
62
63
CANTO VII
353
OS LUS!ADAS
354
CANTO VII
69
70
67
355
(9)
(10)
nores.
Ef:ltranhos- Estrangeiros.
Particularmente -1Com particu'lari.da-des, com >porme-
(2)
final.
(3)
( 4 )1
(')
(6)
<Rei- Samorim.
Po1 que soubesse- Para que soubesse. Proposigao
D meu ninho- A mi'nha p8.tria; Marrocos.
Lei- ReligHio.
Profeta que ... - Cristo. Perifrase ".
Na carne detrimento da Mae- Detrimento na car;ne
da Mae.
(1) Bafo- EScpirito Santo.
(556
OS LUSfADAS
CANTO VII
72
357
73
74
(2)
1)58
OS LUSfADAS
CANTO VII
76
I
I
i
I
Ji
&59
(Z)
(3)
( 4)
360
OS LUSIADAS
80
( 1)
Ninjas do Tejo e do Mondego'- Sem a lembranga de
tddas ~s mulheres que eu ~meL Eis o que o poeta ;nos pretende mculcar. 'Tern medo de nao poder continuar o -poema
se nao for 'Continuamente assistido pe-la forga do amor qu~
e:las lhe tem
(2)
Perigos M av6rcios- Perigos de guerras em que o
poeta se viu metido.
3
( )
Canace- Nome de uma donzela das Iieroides de Ovidio, que a representa a esc:rever com uma das m3.os -e a segurar a espa:da com a outra mfro, espa'da com que preten1de suieidar-se. 0 poeta compara-se a Canace.
( 4)
Com pobreza avorrecida-Acompanha.:do da terrivel
e odiosa pobreza.
5
( )
P01 hospicios alheios- Par terras estrangeiras.
( 6)
As costas escapando a vida-;Conse<)'uin.do salvar a
vida ao fugir, depois de naufragado, para as'=' costas.
CANTO V'II
82
OS LUS!ADAS
362
85
CANTO VII
363
OS LUSfADAS
364
( 2)
CANTO OITAVO
ARGUMENTO
Explicagao das figuras por Paulo da Gama, Destacam~se
as figuras de D. Afonso Henriques e Nuno Alvares Pereira.
0 Oatual volta para terra. F'azemwse sacrificios. Intervengdo
de Baco. Aparece a revolta contra o Gama. A troco de fazendas, o Samorim deixa regressar Gama a !rota. 0 GatuaZ
impede o em-barque. Negoceia com o Gama, deixando-o em~
barcar a troco de jazfYYJ,das europeias. 0 G(Jfffl.a regressa as
naus. Reflex6es arnargas do Poeta acerca do ouro: metal
luzente e louro.
( 1)
N a primeira figura... que vira estar pintada. Eis a
Or'dem 16gica.
( 2)
0 Mauritano sctbio- 0 sibio intfrprete Mouro; Mon-
gaide.
( 3)
(4)
coragilo.
( 5)
que
~de
368
OS LUSfADAS
CANTO VIII
Tebano - Baco.
Ninho Hispano- Peninsula Iberi{:a.
Dito Elisio- Chamado campo do Paraiso.
Baco deixou descendentes aqui, pois foram seguidores dos seus vfcios e ,da sua desenvolta sensualidade.
(5) Tirso- Insinia de Baco (Vide Canto VII, 5-2),
(~>) De Baco usado- Usado por Baco ('como distintivo).
De Baco e agente da passiva.
(7) Outro que ... muros PM'Pituos edifica- Ulisses. Peri/rase*.
(Sf !Pala.s- Minerva, deusa 'das ci&ncias e das artes.
(9) Faz a santa casa- Constr6i o .templo.
(10) Lingua facunda- Li:nguagem eloquente.
(1)
(2)
(3)
( 4)
370
OS LUS!ADAS
CANTO VIII
371
10
11
0 Malabar- 0 Catual.
Roto e destrogado - Vencido e desbaratado.
(3) Tantas coroas - Tantos reis mouros.
(4) P'rimeiro Afonso- D. Afonso Henriques.
( 5)
Estigio lago- Rio onde desemboca Estige, rio do
Inferno; Inferno; outra vida.
(S) Com cujo brago (Deus) domina os Mouros. Ordem
vocabular. Sinidoque *.
(1) Para quem do seu Reino abaixa os muros- Em favor
de quem Deus opera mais gl6rias do que com quaisquer outros
de v6s.
(8) Csa1- 0 general romano Caio JUlio cesar.
(9) Alexandre- Alexandre Magno.
( 2)
372
OS LUSfADAS
14
CANTO VIII
15
373
374
17
OS LUSfADAS
18
19
1
( )
Abila- Promont6rio :do No-rte de Africa em rente
de Ca1pe, ou de Gibraltar.
'
(') Felice- Feliz.
(!) Um ajuntamento ~e estrangeiro trajo.- Os Cruzados.
() l:lennqu~-Henrtque de Bonn, cavaleiro alemiio que
f?z parte do grupo de cruzados que auxiliaram D. Afonso Hennques na tom ada de Li"shoa. Morreu no cerco da cidade .e diz
u0a 1enda que sabre a sua sepultura nasceu uma paimeira
m1lagrosa.
5
( )
Milagre vista- MaravHhas hem visivel.
( 6)
Germanos- Alemiies.
(1) Um Sacer<dote- 0 priur Teut&nio
8
( )
Contra A rronehes- Contra a vii~ de Arronches que
ele tol?~ aos mouros, em vinganga deles terem tornado a cidade
de Le1r1a.
CANTO VIII
375
(1)
de Maome.
376
21
OS LUSfADAS
CANTO VIII
23
24
378
OS LUS!ADAS
25
26
CANTO VIII
27
379
A ventureiros- Cavaleiros-an'dantes.
S6s- SOmente e sOzinhos.
Belona- Deusa da guerra e irma de Marte.
Jogos verdadeiros de Belona- Ver:da:d.eiras guerras.
Lei Letda-Lei .do esquecimento. o.rlo Letes .era o
rio ,do In.ferno que, depois de transposto, faz1a esquece1 tudo
quanta era deste mun:do.
~
, .
(6) Nao no .ves- Intercalagao eufonwa.
(1) 1Tinto de ira- Vermelho por causa da justa ira da
defesa da Pitria.
(S) Reprende- Repreen:de; vitupe.l'a.
(9) Jnerte e lenta- Que torna as pessoas inactivas, ou
_
muito lentas, nas suas determina:0es.
po) Do rei seu natU'tal-Do Rei da sua terra; de D. Joao I,
Rei de Portugal.
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
380
OS LUSfADAS
29
30
CANTO VIII
381
31
32
OS LUS!ADAS
382
33
34
Este outro capitiio- Pero Rodrigues, cavaleiro poralcaide-m6r Ide Alandroal, no tempo de D. Joflo I. Como
os comendadores de 'Calatrava e Alcantara tivessem saqueado
Evora e roubado os .ga'dos das vizinhangas, Pedro Rodrigues,
saiu-lhes ao encontro, atacou-os e retomou-1hes os rebanhos.
N outra ocasHio, tendo si:do preSo seu amigo Alvaro Gongalves,
seguidor do M'estre de A vis, e leva-do pelos Castelhanos para
Oliven9a, perseguiu os inimigos e libertou o amigo prisioneiro.
(2) Co amor- Ectlir;se "',
(3) Este desleal- Paio Rodrigues Marinho, alcaide de
Campo~Maior, .que -no tempo do Mestre de A vis se aliou a
Castela, prendendo por engano Gil Fernandes de Elvas, seguidor do Mestre, obrigando-o a pagar grossa quantia pelo resgate. _Mais tarde Gil Fernandes encontrou-se com ele em batalha, matando-o. Depois entrou ,par terras de Andaluzja e
saqueou Xerez.
( 4) PrejUrio- Falta ao que se tinha Jurado.
(5) Estraga- Derrota.
(6) Oltimo dano- A morte. Eujemismo *.
(7) Xerez- 'Cidade da Andaluzia, celebre pelos seus vin:hos.
(8)
Co sangue de seus donos Castelhano- Com o sangue
ca:stelhano Ue seus "donos.
(1)
tugu~s.
CANTO VIII
S83
36
(1) Rui Pereira- Alm'irante portugu&s, seguidor do Mestre de A vis. Bate u-se duas vezes com as naus c-astelhanas no
T-ejo a fim -de que as gales portuguesas pudessem _passar em
salv~. -Ccmseguiu o seu objectivo, morrendo na peleJa.
,.
(2) Co rosto- Com ataque frontal (defendeu as gales
portuguesas).
. .
,
(3) Diante posto -Coloca:do no pr'Imeiro lugar, o Iugar
de mais perig'o.
( 4) Dezassete Lusitanos- Dezassete portugueses, comandados por Martim Vaz e cerca:dos pel-as castrelhanos no c~rco
de Vilalobos. Defenderam-se com heroismo, acaban'do por trmnfar de quatrocentos :inimigos que os cercavam.
(') Ofendem -Atacam.
.
.
(6) Viris atre.mmentos- Empreend1mentos d1gnos de hom ens fortes.
(7) Verso 7- Que -nao tenh.aanos medo- dos muitos, embo-ra
sej amos poucos.
384
QS LUSfADAS
CANTO VIII
385
37
39
38
40
41
~386
OS LUSfADAS
CANTO VIII
387
44
45
(1)
rias.
388
46
47
48
CANTO VIII
OS LUSfADAS
(1) S.inal lhe mostra o Demo, verdadeiro - 0 Diabo indica-lhes um sinal certo.
( 2)
Lhe seria jugo perpetuo- Havia de .ser para eles um
eterno jugo.
(S) De valia- De coisas de valor, -de riquezas.
(4) At6nito- EStupefae:to, pasmado de admira~ao.
(1>) Agoureiro- Sacerdote adivinho.
(") Temerosos- Que metem grande medo.
(1) Da Lei de Mafamede- Da religHio de Maomf; do
Islamismo.
(8) Ntio remoto- Nllo afastado (dos 6dios j:i tramados).
(9) Contra a Divina Fe- Gontra a Religillo de Cristo.
(1) Profeta falso e nota.- Maome, fundador'do Islamismo.
(11) 0 jilho da escrava Agar- Ismael.
( 12) Se ntio dece- Se niio desiste- Ba;co simbo1iza aqui
o Odio dos Mouros contra os CristMs, represen.'ta!dos pe1os portugueses.
(1S) Ap(111elha- Prepara.
389
49
50
(1) Esteis- Estejais. Esteis e regular: a forma estejais e.x!plica-se pela analogia com sejais.
(2) Asinha- Depressa. Arcaismo *.
(S) Usado- Vulgar, triviaL
(<~)
0 griio legislaclor- Maome, o grande Profeta do Isliio.
(<>) Teus passados- Teus antepassados.
( 6 ).
0 P'receito- ReligHio.
( 7)
De novo- Recenternente; hi pouco tempo.
(') Lei- Religiao.
.
(9)' Ordena como em tudo se resista- P1epara as coisas
paTa que se resista por todas as formas 'Possiveis.
(10) Sai- Sa+i; nasce. Tern duas sflabas neste verso.
Di@rese *.
390
OS LUSfADAS
CANTO VIII
: >>
391
54
("1)
(5)
sigiio a
(6)
Canto.
(')
392
OS LUS!ADA!S
57
')
CANTO VIII
"58
59
393
60
(2)
OS LUS!ADAS
394
CANTO VIII
61
62
63
<:)
( 8)
64
65
( 1)
( 2 ),
395
396
OS LUSfADAS
CANTO VIII
67
68
397
70
398
OS LUSfADA:S
CANTO VIII
74 Esta
399
75
dos outros.
(10) Nlio dobrada- Niio equ:ivoca.
400
OS LUSfADAS
77
CANTO VIII
( ")
0 Rei- 0 Sarnorim.
Certa confianga- 'Confianc;a segura.
JJas palavras a abastanga- A sufici&neia das raz5es
da:das por palavras.
(7) Mal julgados- Que tinham julgado, ou ajuizado, mal.
(S)
Ter respeito- Ter -em conta (por seu re&peito) com
Vitsco da Gama.
.
(9) Segura de algum dano - Sem recear qua1quer perigo
ou maldade.
(5)
(6),
79
401
402
OS LUS!ADAS
82
(1)
tina
( 2)
( 3)
(')
(S)
( 6)
e latinismo *.
0 Gentio - 0 Catual.
Consentisse- Tomasse parte; assentisse.
Ate li-Ate ali; ate entao.
Cor,ruptos- Subornados.
Pela Maometana gente- Pelos seguidores de Maome.
CANTO VIII
403
84
404
OS LUS!ADAS
CANTO VIII
87
89
(2)
(3)
(4)
tual).
C') PM que com ferro e !lama- Para que eom ferro
(armas) e fogo. Pre;posiqi:io final.
(6) Flama- Chama, lume. Latinismo *
(7) Se derrama- Anda a vaguear (por v&rios pensamentos).
(S) Se lhe ordenava- Se lhe preparava. Note-se o SB
apassivan1te.
(9) 0 Reflexo lume- A luz reflec'f;iida. Temos aqui uma
comparagdo.
,
(10) Do raio solar- Pe1os raios !do Sol. A.gente Ida passiva
de sendo ferido.
405
tudo.
OS LUSfADAS
406
90
CANTO VIII
Malabar- 0 Catual.
Constante- De animo firme.
Os ameagos s.eus- As amea~as do Cat-ua1; as suas
bravatas.
(4') PO'l' em ventura- Arriscar; pOr em .grave perigo.
(5) Quando ordena de se tornar ao Rei-Quando resolv-e
voltar ao Samorim.
( 6)
Comete-lhe o Gentio outro partido- Faz o Catual
outra propo-sta.
(1) Asinha-Depressa. Arcaismo *.
. (8) V&ndibil-Negociivel; vendivel. Arcaismo *.
( 1)
(2)
(S).
4()7
94
408
OS LUSfADAS
virturde~
409
97
98
(1) Pois o Gama so.ztou- Pnis (o Catual; o Gentio) soltou o Gama. P1oposir;;iio causal.
2
( )
0 Capitiio- Vasco da Gama.
3
.( )
IPor q~e niio pudesse- Para que nao pudesse (ser
~ebdo 'Por mars tempo). Proposigtio final.
( 4) Vagaroso- Esperando com pacH~ncia e vagal'.
5
( )
Regedor- Go-v-erna'dor; Catual.
6
( )
Sede inimiga do dinheiro- Ansia 'de dinheiro ini-
miga da
CANTO VIII
'
410
99
OS LUSfADAS
CANTO NONO
ARGUMENTO
Os feitores portugueses stio detidos em terra para demo~
rar a partida e tornar possivez a vinda duma jrota de Meca.
0 Gama tem conhecimento disto pelo Mongaide. Tenta 0
regresso dos feitoresj mas nfio o consegue. Como represdlia
impede a ida de vdrios mercadores da india. Par ordem do
Samorim sao re&tituidos os fe'itores portugueses e as mercadorias. Regresso
Pdtria.
aspiram a imortalizar-se.
414
OS LUSfADAS
415
CANTO IX
Mouros.
Este- Monl.}aide.
Guardavam-Acautelavam; receavam .
416
OS LUSfADAS
CANTO IX
10
1'1
12
9
( )
Faz represtiria- Toma represilias. Vasco da Gama
1
pren deu, a bo1~do, 25 homens, a maior pmte pescadores e,
entre eles, 6 mercadores de pedrarias, tomando-os 'Como retf6ns
dos portugueses que tfi'cavam em terra.
417
(2)
29
II
;118
OS LUS!ADAS
.
I
I
1-
!l
li
ll
I'
CANTO IX
419
(2)
( 3)
OS LUS!ADAS
420
17
CANTO IX
21
18
421
(1)
Revolvido na mente- Pensado sobre as vidssitudes
vividas ate ali atraves dos mares.
(2) Deus nasoido nas Anfioneias Tebas- Bac-o, nascido
em Tebas, cujas muralhas tinham sido edifi'cadas por Anfitio.
( 3)
Anfitio- Filho de JU:piter, que construiu os muros
de Tebas com o som da lira qUe atraia as pedras, que, unindo-se, formavam as fortificaG6es.
(4) No Reino de cristal- No mar.
(5) Refocilar a lassa humanidade- Revigorar a cansada
fraqueza humana.
(6) Interesse- Recompensa.
(7) A breve idade- A curta vida.
(8)
Seu filho- Cu'Pi'do. Indica o Amor activo.
( 9)
0 prazer consegue tra11sformar um homem -elevado
(deus) num homem baixo ('humano) e e:levar os 'homens ba'ixos as maiores alturas (deuses).
(10) De ter-lhe aparelhada- De t"er-lhe preparada.
--!'
OS LUSiADAS
~22
CANTO IX
423
24
(2)
(S}
(4)
424
0'8 LUSfADMI
CANTO IX
27
26
425
a pdbreza
Amor !divino, e ao pavo cari'dwde ('),
Amam 'somente mandos e riqueza,
Simulando justiga e integrida:de (').
Da feia timnia e de aspereza
Fazem ldireito ,e vii (') severi'dade.
Leis em favor do Rei se estabelecem;
As em favor do povo s6 perecem.
426
O'S LUSfADAS
CANTO IX
29
31
30
(1)
o amor
(2)
( 3)
a mulhM'.
o amor.
( 5}
427
(1)'
(2)
428
OS LUS!ADAS
CANTO IX
33
34
(1)
Amor.
li'
I',I
II,,
lj
!i
429
36
430
OS LUSfADAS
38
0 [recheiro - Cupido.
.C?ntra 0 ceu se atreve- Que tern atrevilliento con-
CAN'PO IX
431
40
(')
Odio.
(')
S6s - Sozinhos.
ClM'a,- Famosa.
(4) Filhas de Nereu- Nereidas=Ninfas do mar=mulfwres amadas .
(5) No ponto fundo- No mais fundo do cora<}iio.
(6) Subidas- Dominadas pela alta e poderosa forc;a do
Amor.
( 1)
A 1ilha estari no mais fundo do mar, porque e uma
i~ha simb6lica, que representa o mundo dos sonhos dos navegantes portugueses, pois e formada pela -imaginac;ao de todos
e de cada um -deles. Por isso, representa os sentimentos cvmorosos -dos navegadores, sentimentos filhos de longos meses de
viagem: gl6ria, e Amor.
( 3)
432
O>S LUS!ADAS
CANTO IX
41
43
42
44
Aparelhada- Preparada.
Flora- Deusa da. Primavera e das flores
( ~
-~6firo.- Vento do Ocidente e um .dos quatro ventos
prnyctpa.Is. So:prava brandamente, mas com tanta eficicia, que
faz1a4 crescer arvores e fru_tos. Era casa:do com a deusa Flora.
( )
Rej1escos- Mantimentos mo:vo-s.
5
( )
De am~r {eridas- Feridas pe1o amor. Do amor e
ag.ente da passlVa de feridas.
(6) Reina Neptunino- 0 mar.
(7) Eu- ~,en us, :deusa nasci-da da espuma do mar.
8
( )
P1og8me- Descendenda. Latinisnw *.
(9) Se revela- Se 1evo-Jta (contra o poder do Amor)
10
( ) Porque _qt;;e er;tendam- Para que entendam; para 'que
.sa1bam. Proposu.;ao ftnal.
11
(
) Mtfro pdamantino=muro de dia'YIUJ.,nte (mmo de idureza superior a do a~).
12
( ) Contra ela- Contra o teu pdder amOroso.
(1)
433
ao
434
OS LUSfADAS
46
(1)
e latinismo *'
CANTO IX
47
435
49
CANTO IX
436
52
53
437
OS LUS!ADAS
51
Filhas de N ereu.
Coreias- Dan~as.
U swv;a velfta- Segundo o seu velho ,costume.
Ilha namor"ada- Ilha cheia de Amor, ou inspiradora
do Amor.
(8) Rompendo- No mom en to em que rompia.
(9) A mae fermosa de Men6nio-A Aurora. Peri/rase*.
( 4 ).
(5)
(6)
(7)
N e'teidas -
OS LUS!ADAS
433
5'5
56
Amor.
439
CANTO IX
57
!I
440
il
!l
58
OS LUSfADAS
CANTO IX
441
!ii\
:I
59
60
6,2
442
OS LUSfADAS
CANTO IX
63
64
443
66
(l)
6pica.
444
OS LUSfADAS
CANTO IX
67
69
445
70
, .
Correndo, e da outra as fra:lda(s,)dehcadas ( ) '
kcende-se o desej o, que se ceva
N as alvas carnes, subito mostradas.
Hfla de industria(') cai, e ja rel_ev::: ('),
Com mostras mais macciais que tndt;uxdas:
Que sobre ela, empecendo ('), tambem cma
Quem a seguin pela arenosa 'Praia.
44(}
72
73
74
OS LUSfADAS
1
( )
A fo;r;a- A violencia dos Portugueses, ao persegui-las e a'Panha-las.
2
( )
Deusa cagadora _, 1Diana, deusa da caf;a e da castidade.
3
( )
Co a mora-ICOm a .demora. Mora e latt"nismo *
4
( )
Garcenha- Gar~a (ave pernalrta a:qu<itica).
5
( )
Mal sofrido--"Com impaciencia.
CANTO IX
447
75
76
Forma popular.
(g) Seu Fado- 0 seu Destino.
(10) 'Sua ventura- Sua sorte.
(ll)t Efire- Uma das Ninfas. Atparece
-tambem na Ecloga
VI de GamOes.
(12) Indigna de aspe1eza- A que nao fica bem ser severa.
448
OS LUSfADAS
CANTO IX
78
79
81
82
(1)
Desta vida ... a palma-Que triunies inteiramente da
minha viida.
( 2)
Ninja pura- NinJa que me inspiras tal paix6..o
amorosa.
(3) lnimigo ~'Do perseguidor.
(4) Na espessu1a- Para a .espessura=para o bosque.
Latinismo *,
(5) Aquela ventura- Aquela mi sorte.
(6) Porque niio possa- Para que eu nfu> possa. Proposigiio final.
( 7)
Minha ventura -Minha pouca so1'te.
(8)
Tra la spica- Entre a es:piga e a mao ergue-se urn
muro.- Vide Rimas de Petrarca, edigfio de Bellorini, 1944,
volume I, p. 88.
449
(')
(2)
(S)
( 4)
(5)
(6)
( 7)
(S)
31
'
Refrear- Moderar.
Emperador- General. Latinismo *.
Em quanto desejei- Em tudo quanbo desejei.
Essa alma-A alma do namorado Lionardo.
Nesses fios de ouro- Nos teus cabelos louros.
0 peso dela- 0 peso da minha alma.
Na virtude- Na forte beleza.
Dru. eara- Dar a ser rogaJda.
'450
OS LUSfADAS
83
84
no
451
CANTO IX
85
FI'l1a del as ( 2 )
86
(')
(S)
(4)
(5)
452
87
OS LUS!ADAS
88
89
CANTO IX
453
c.onstru~ao.
Em doces jogos e em prazer contino- Em brinquedos de amor e nos prazeres incessantes, que rdal se seguiam.
(3) Logra- Consegue a finalidade (dos seu.s amores);
di sa:tisfat;iio a sua sensualidade.
(4) Alma- Reconfortante, criadota. Latinismo *.
(5) Nome alto e subido- Renome de gr'ande extensiio e
de giande valia.
(6) Ninfas, Titis e Ilha an{Jilioo- sao as honras, que
sublimam a vida. Refere-se o poeta a toda a classe de honras,
devendo figurar, entre essas honras, a honra do Amor, a p.ri~
meira e mais bela de todas as honras.
.
(1) Tftis-Deusa do mar, -esvosa de Neptuno.
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(')
l"ebo-Apolo~Sol.
(8)
(9)
Quirino- R6mu1o.
Os dois Tebanos- Hercules e Baco.
454
OS LUSfADAS
93
1
( ) _
<;)
',,'
'
11
CANTO IX
455
94
9'5
( 1 )
As leis iguais-As leis equitativ-as, ou igua:lmente
apliciveis a tados.(2) Que aos grandes- Para que aos grarl.'des. 0 que
e conjun~a.o final.
(3) 0 dos pequenos- Aquilo que pertence aos humildes.
(') A Lei- A Religiao.
( 5)
Possantes- De grande poderio.
(6) Claro -!lustre. Latinismo *.
(1} Com os conselhos (no tempo :de paz), com as espadas
(no tempo de guerra).
(8) Passados- Aritepassados.
(9) Impossibilidades ndo far;ais- Nao su.ponhais que hft.
coisas impo.ssiveis {porque quem :deseja, sempre porde alcan'1al' o que 'deseja).
(10) Nwmerados- 'Mencionados e inscritos.
(11) Esclarecidos- !lustres; dignos de eterna fama.
(12) E nesta Ilha de V Gnus recebidos- Nesta ilha simbOlica (ilha de venus, ou irlha do AMOR)' OS vel"dadeiros her6is
r-eceberao grandes premios e a maravilhosa exalta~iio do seu
AM OR.
CANTO D:ECIMO
ARGUMENTO
gl6rias novas.
p6r do Sol.
(6) Fav6nio- Z6ji1o, casado com Flora
= vento bra:nJdo
do Oddente.
(7) Tanques naturais- Tanques feitos pela natureza """
mar<es.
(S)' Despertava- Dava nova vida. A aragem da vig.o
.a frescura as flores, castigadas pelo ardor do Sol, naquela
regHio tropieal.
(9) Que a calma agrava- Que o grande calor murcha.
460
OS LUSfADAS
CANTO X
('l
F,al.ernOod- RegHio
v1.d(10H)
e orac1o, e XX.
46-1
( 10) Sirena- Sireia. Veja-se a fibula de Orfeu e .Euridiee no Cancioneiro Gerab de Garcia de Resende. (Vide. Ovidio, Metamorfoses). Latinismo *'
462
OS LUSfADAS
1
( )
2
( )
3
( )
(
(')
6
( )
(1)
8
( )
dentes.
'
Acentos- Modu1aG5es.
Altos- Sumptuosos.
Con.sondncia igual- Em ritmo perfeito.
Confornw:ndo -Adwptan.do a mesma harmonia.
Sili!ncio- Calmaria.
Nas casas naturais- Nas suas cavernas.
SUbir ao Ceu- Louvar o m.&ximo. Latinismo *.
Altos bar6es- Hom ens fortes, ilustres e indepen-
( )
Proteu- Deus marinho, que tinha o dom da profecia. Vide Canto I, 19; VI, 20; 36; e VII, 85.
10
(
) Globo vao- Mundo fingido.
(11) Rotundo- Esferico.
( 12) No Reino !undo- No fmrdo do mar.
13
(
) A Nin[a- Tetis.
CANTO X
463
INVOCAQAO A CALf01PE (8-9)
Pede
a Musa
0'8 LUSfADAS
464
:CANTO X
Jacto- Glorio.
Suspira- Ha su-spiros.
Gentios Reis- Os soberanos -da india.. .
.
Dum que tem nos Malabares- Dum re1 do Coc:him,
que era o sumo sa-cel.'ldote da regiiio de Brama, no Malabar
(Vide Canto VII, 32 a 36).
(1)
(S)
(9)
13
32
466
OS LUSfADAB
CANTO X
467
15
16
17
CometerO.-Acometeri. Pr6tese *.
Nfio dilatando- Sem demora.
(') 0 Gentio- 0 Rei de Calecute.
4
( )
Imotos- Impassiveis a quaisquer rogos.
5
( )
Passos- Desfiladeiros em terra; estreitos no mar.
( 6)
Lugar- Aldeias.
(7) Lassos- Exaustos.
8
( )
De vida pouco escassos- Pouco avaros da vida, expondo-a a perigos graves.
9
( )
Tem asas- Tem p~smosa rapi'dez.
( 10 ) Par dais passos num tempo - Em dois lugares diferentes e dificeis, mas ao mesmo tempo.
11
(
) Por que em pessoa veja- Para ver pessoalmente.
Proposigiio final.
(1)
(2)
468
OS LUSfADAS
CANTO X
469
21
470
OS LUSfADAS
CANTO X
22
23
24
(3)
Tusco- Etrusco.
Jd:
471
(')
472
os
LUSf.AD&S
:29
(2)
473
CANTO X
J?
474
OS LUSfADAS
CANTO X
merica.
(S)
Liara-Ligara; atara.
475
33
OS LUSfADAS
476
CANTO X
36
35
( 1)
Nilo ... Indo ... Ganges- Names de rios, que indieam
a partidpag:ao .dos componentes da armada 'inimiga. Oompa~
rar o simboHsmo do.s rios aqui utllizado .com o que nos wparece na batalha de Aljubarrota. (Vide Canto IV, 28).
( 2)
0 towro cioso - 0 touro cheio de cio por atracg:Ko das
vacas.
( 3}
Seio de Cambaia- Golfo de Cambaia, no Mar !de
Oman.
(') Da,bul- Ci'dade ao sul de Chaul.
( ") Que 'remos tem por malhas- Que tern remos rpara
fugir, em vez :de armaduras de malha 'para combater.
( 6)
111elique Iaz- Mauro que, tendo ido para a India
como escravo dum comerciante, cheg-ou a ser senhor e governaJdor de Dio.
(7) Vulca..no -Deus que fabricava os ralos 'Para JUpiter.
( 8)
Cos pelowros que tu, Vulcano, espalhas- Como fogo
de artilharia.
477:
47'8
OS LUSfADAS
39
479
CANTO X
40
(')
(2)'
(3)
~
.
.
ueReciprooar-s?-Voltarem-se para tras, rndo fenr aq
les mesmos que as du;pal'aval1!-
~
~ ..
(') A Fe da Madre Igre1a- A Fe _CaJ;Ollca.
.
(6) Nfio defendem de oorrupgfio- Nao 1mpedem a coiruP-
(4)
g5.o.(7)
a cidade de Ormuz.
'b'
t
(S) Mascate- Cidade e porto :da Ara 1a na cos a mendional do golfo de Ormuz. Foi conquistada por Albuquerque,
no ano de 1507.
't d
ul
(9) Calaiate- Cidade .do reino de 0 rmuz, s1 ua: a ao s
~ .
d d reino
de Mascate..
(10) Reino inico- Reino propl'Cl'O para a 1mqm a e,
de injustigas.
d
n
(11) Barm _ Arquipelago do golfo P?rs-wo, on: e se enco ftram as prolas ma.is finas de :to:do o Onente.
480
OS LUSfADAS
CANTO X
481
42
44
43
45
palma.
2
( )
Obedecendo ao duro ensejo - Submetendo ao terrivel azar.
(3) Esforgo e arte- Fortaleza e estrategia (vencer[o o
destino e a guerra) .
4
( )
Marte- Deus da guena=a guerra.
(S) Gentios- Indianos.
6
( )
>Leiies famelicos- LeDes esfaimados.
(')
Luz- Dia.
8
( )
Dina- Gloriosa.
9
( )
Santa Caterina- San'ta Ca1tarina.- Natural de Ale-zandria e martirizada no ano de 307, sendo !passada por uma
roda de navalhas. 0 seu dia e 25 Ide Novembro, dia em que
Albuquerque tomou Goa por segunda vez, sendo, por isso
mesmo, esta Santa declarada padroeira da cidade.
33
483
OS LUSJADAS
46
47
48
(1)
(2)
(3)
II
I
I
'!i
(')
Modes to - Moderado.
Alexandre- Alexandre Magno.
Apeles- Pintar grego, amigo de Alexandre, em cuja
casa este viveu. (Vide Auto de El-Rei Seleuco).
(9} Campaspe- Concuhina de Alexandre. Serviu de modele, nua, a Apeles, para a p'intura de urn quadro, que representava Vfnus, surgindo das ondas. Apeles apaixonou-se pela
sua .nudez. Alexandre deu-se conta disso e cedeu-lha.
(1)
(S)
CANTO X
483
(2)
484
OS LUSfADAS
CANTO X
51
485
52
OS LUSfADAS
486
53
54
55
0
Jl.!enes~s--- I~. Dual:"~e tde Meneses, 5. governador da
Fo1 cap1tao-mor de Tanger, onde alcan(:;ou muitas vit6rtas contra os Mouros. Submeteu o reino de Ormuz que se
revoltara. Duvlicou-lhe o tribu'to.
( 2)
Gama_- Vasco da Gama, que sucedeu a Meneses. Ao
v1r para aqm, ~e?--lh~ D. Mapuel, que j8. lhe de'ra o titulo
ge .Conde da Vldrgueira, o titulo -de Almirante do Oceano
IndiCa, as honras de Vice-Rei. Morreu em Cochim depois de
ter governado durante quatro meses incompletos '
{ 3)
Fatal necessidade- A morte.
(4)
Rigia dignidade- Dignidade de Vice-Rei.
( 5)
Outro .i11enese:s-D. Henrique de Meneses, com a idade
de zs,,.quando SU'Cedeu a Vas~o da Garna. Morreu pobre, com
640 re1s. Submeteu o !3amor1m, novamente insurgido contra
os Portugueses. Destrutu.-lhe algumas cidades importantes
( 6)
Na prud&ncia-No hom sensa.
( 7)
Panane e Coulete- Cidades do reino '<le Calecute.
~1)
f~dta.
CANTO X
487
57
ca-pitais.
OS LUS!ADAS
488
,CANTO X
59
Vitup6rio- Humilha~ao.
Justiga nua .- Justi~a pura -e simples.
,
Sampciio - l..opo Vaz . de Sampaio. Apesar da sua injusti~a em ter usutpado o cargo a 'Mascarenhas, realizou :grandes feitos. Destro~ou a armada do Samorim na foz do rio
Bacanor. Dois anos depois, desbaratou nova freta em Caleeute. Esta freta era comandada pelo Cutiale de Tanoi. No
ano seguirlte, tendo-Ihe sido pedido auxHio co-ntra uma armada
moma que cercava Dio e amea<;ava Chaul, Lopo Vaz .partiu
de Goa com uma esquadra regu-lar, mas in:ferior a 'do inimigo,
e entregou o comando ,das principais naus a Heitor da Silveira. 'Conseguiu meter no fundo alguns navios contraries e
apoderou-se dos restantes.
(6)
(7)
(B)
489
60
(')
(2)
Iabar.
490
61
62
OS LUSfADAS
1
( )
Cunha-:-.Nuno da Cunha, filho de Tristio da Cunha
(1529-15&8) . EdlflCou a fot>taleza de Ohale a duas leguas de
Calec.ute e bloqueou a cidade de Dio. Tomou a fortaleza de
~a9fl;.ll:U, que se rodeara .de uma trincheira de valos de terra,
dlf1c1hmos :~e transpor, pois .estavam entremeados ,Je taluartes guarnec1dos de poderosa artHha1ia.
(~) 0 forte de Baga~m ~A fortaleza de Ba<;aim, na foz
do r;o do m.esmo nom~, Junto de Dio e nao longe de Chaul.
( ) Mehque- M-ehque Jaz, governado1 da Ba~aim
(*) A tranque1a- A trincheira.
5
( )
Noronha- D. Garcia de Noronha vice-rei -da fndia
em 1538. Sucedeu a Nun-a da Cunha.
'
6
( )
Rumes-;-.Mu~ulma:~w~ da Grecia e da Turquia. Rumes, como Ru'Y!I'elta e "Fon:ema, derivam de Roma.
( 1 ) .Ant1mo, da Szlvez1a- Capitlio-m6r de Dio em 153:8.
Sustentou o ternvel cerco da armada turca, que teve de retirar-se . .0 ~acto passou-se no governo de Noron-ha, que muito
fez, P01S tmha acabado, de 'Chegar a" Goa, ido de p.01tugal.
( 8 ) U m teu ramo, o Gama - Estcvfio da Gam a filho de
Vasco da Gama e sucessor de Noronha. Entrou ~om uma
grande armada no Mar Vermelho e destruiu Suaqum e
Alcoar. Ameagou Suez e queimou depois algumas naus dos
'
mouros.
'
CANTO X
491
64
492
OS LUSfADAS
CANTO X
66
~1 )
Tolher que ntio passe- Impedir a Passagem. - 0 Samorim, rei .de Calecute, desejando forgar o rei de Cochim a
render-lhe preito, avangou contra ele. Este pediu auxilio a
Portugal, pais era no-sso vassalo. Martim saiu ao encontro do
Samorim no passo da Vao e desbaratou-lhe as tlopas. Note-se
a construg&o alatina:da: que niio passe.
(2)
Repelim- .Cidade da costa do Malabar prOxima de
Cochim, cujo rei, aliado do Samorim contra os 'Portugueses,
teve de fugir, quando Martim lhe bombar.deou e incendiou
a capital.
(3) Cabo Comorim- Cabo em que finda a Peninsula
Indostanica, pelo lado Su1.
(4)
Beadala-Cidade perto do :Cabo -Comorim,- on'de Sousa,
em 1!5.37, deu batalha naval .e cam pal aos Mouro-s e a esquadra
ao servigo do Samorlm, .destrogando-os. Queimou 25 naus e
irrcen:diou a cida;de.
(5) .Jl1d.rcio jogo- A tactica da guerra (pois Marte era
o deus da guerra).
(G) Sousa veio a Portugal em '1538 e voltou como vice-rei, em 1542, rpor nomeagao de D. Jofio III. '
493
67
494
OS LUS!ADAS
CANTO X
68
70
69
71
(2)
Rumes- Turcos.
3
( )
4
( )
5
( )
6
( )
d1ferenw.
dras.
72
D. Alvaro, que conseguiu levar a arm-ada a salvamento apesar
d? .te:npo in_v~rnoso. Portou-se herOicamente numa suriida que
d1r1gm os Sittantes, refor~ados, eram ja em nUmero de 40 000
Veio o prOprio Vice-Rei em seu auxilio com toda a guarni~a~
de Goa. Cheg?u, atacou o inimigo e destro~ou-o. Ap6s_ longos
495
496
OS LUSfADAS
CANTO X
74
4~7
75
76
s~dalc{io-
COnsona- Unlssona.
Mantimento nobre- -Mantimento que enobrece. 0
eantar dos feitos ilustres.
(3) Tetis- ,Deusa :do mar ~ esposa do Oceano. Simbpliza
o Mar junto com o Amor.
(4) lJo.bre- Intensifique.
(t') Felice Gama- Gama, C'heio de felicidade por tudo
quanto tinha ouvido.
( 6) Barfio - Homem forte= Vasco Da Gama.
(1} A Sapiencia Suprema- A .Inte1igSneia Suma= Deus.
(S). Errados -- Desviados do ve1"<l.adeiro .caminho. Latinistrw *
(9) Sigue--me- Segue-me :tu e os outros (pe1os campos
da 'imagina~ao). Forma populalr.
(1)'
(2)
34
498
OS LUSJADAS
CANTO X
78
Ptolomeu.
5
( )
Qual a materia seja nCio se enxerga- Nffo se -descobre bern a mwteria de que esse globo esti formado.
6
( )
Orbes- Esferas,- ou ceus, que, na concep<;ao ptolomaica, se encontravam a seguir as esferas do Ar e do Fogo.
Orbes conc@ntricos com a terra par centro. 0 globo terraqueo,
composto Je Terrae Agua, estavano centro.do Universo. Em
volta dele, concentrkamente, dispunha-se a esfera do Ar e
depois a esfera do Fogo. A seguir a eSta, encontravam'-se
as esferas ou cus dos sete planetas: Lua, MercUrio, Venus,
Sol, Marte, JUpiter -e Saturno. Seguia-a a esfera das estrelas,
ou Finnamento, o Cristalino, o Primei.ro M6vel e o Empireo,
que seria o Paraiso -dos Cristfios.
( 7)
A Divina Verga- 0 Poder de Deus.
499
79
80
500
81
82
OS LUSfADAS
CANTO X
501
83
84
mado Tempo.
( 1 )
Jano- Filho :de Apolo. Era representado com duas
(1)
Nestas estrelas pOs o engenho vosso- A intelecto-sentimentalidade dos mortais pOs esses deuses a representar
determinadas estrelas.
(2) A Santa Provid.nci(t,-'Participa~ao .divina no governo
dos homens e de to:dos os seres. Por isso JUpiter, no que tern
de superior, representa a partid-pa~i1,o dessa Intelig&ncia, quer
sob o tipo .de Intelig8ncia, quer sob o tipo de Prud8ncia" humana.
(3) Por espiritos mil, que tem prud.ncia- Pela participagio de to'dos os ,espirito$ humanos que conseguham alcan.:.
t;ar a posse duma parte da Intelig&n.cia Divina, que -deu a
prud8ncia, a verdadeira prudencia, nos homens.
(4) A proj{!Jica ciencia~A ci8ncia dos profetas = Na
Sagrada Escrirtura.
(S) (Versos 7." e 8.")- (Os exemplos) que sao bons,
favorecem-nos, pais servem para nos guial' no caminho do
ceu: ( os exemplos) que sao maus, hnpedem-nos, :em quanta
podem, o seguimento desse caminho do ceu.
( 6)
Quer logo a pintura que varia- Deseja, portanto, a
Poesia.
(7) Agora deleitando, agora ensinando- Ora para nos
dar -prazer, o1a para nos inculcar ensinamentos.
50Z
OS LUSfADAS
CANTO X
85
netas).
(2)
( 3)
Saero verso- A Sagrada Esc.ritura. Esta -chama
deuses aos anjos e aos santos.
( 4)
Nem neg a ... - (A Sagrada Escritura) nao nega que
o nome :de deuses tenha sido dado tambem aos deuses da
maldade, ao.s idolos, mas isso sao nomes falsos.
( 5)
0 sumo Deus- Deus- A Causa Primeira (que governa as causas segundas, ou causas eausadas, segundo Aris-
t6teles).
( 6)
Obras da Mdo Divina veneranda- Obras do Poder
de Deus, digno de toda a veneraG1io.
(1) Deste dreulo- Desta esfera.
(S)
Mundas- Puras; l-im pas. Datinismo *'.
9
( )
Que ndo anda- Que estii im6vel. (-Refere-se ao Emr
pfreo).
Com este
87
88
OS LUSfADAS
504
CANTO X
( 1 )
(2)
{ 3)
Eti6pia Ce.fe:u e de sua mu'lher Cassiopeia. Miie e filha levaram a sua temeri'da:de em formosura com Juno e as N ereidas.
P.edindo elas a N eptuno que as -vingasse, este .enviou a Eti6pia
um Dragiio que fazia estragos medonhos. Os or<iculos declararam que a fUria s6 teria fim, se lhes 'dessem a comrer Andr6meda. A .donzela ia ser sacrificada, quando Teseo mostrando
ao dra:giio a eabec;a de Medusa, que a transformou em rochedo
e conseguiu de JUpiter que Cassiopeia .fosse colocada entre os
astros, onde Cejeu, AndrOmeda e o D1agiio, tambem meta~
moviosead9s em constelaQOes, lhes .fazem companhia.
(4) Orionte- Ori6n, ou OrHlo.
( 5)
0 gesto turbulento- 0 aspecto anunciador de chuva:s
e rtempestades.
(6) 0 Cisne- Constelagi'io da Via Lictea -em que os antigas representwvam o -Princi'pe liguriano Cisne.
(7) A Leb1e e os Ciies ... Lira- constelagOes do hemisferio Norte, correspon'den1do na :Mitologia a lebre perseguida
por Orionte, aos ciies deste 'Ca<;ador e a li?'a de Orfeu.
(8) Nesta estancia enumeram-se os sete et'ius a que o
poeta ji aludira (I, 21; II, 83; X, 78).- Versos 1 -a 7.
( 9)
Saturno- Esta :abaixo do Firma.1ne1ito com os Doze
Signos do Zodiaco. Seguem-se as -estferas de JUpiter e Marte.
No qu-arto lugar temos o .Zol. V6nus ocupa o 5. lugar. MercUrio e senhor do 6. lugar. Diana, ou a Lua, ocupa o 7. lugar.
5(}5
91
(2)
OS LUSfADAS
505
92
CANTO X
(1)
homens.
60'1
(1) Cuama- Urn dos hragos .do Zambeze, perto d-a sua
:foz. Supunha-se que tanto o Zambeze, ~on;:o o Nilo, nasciam
no mesmo e gra-nde lago do interior da Afrrca.
(2) Defensiio - Defesa. Perifrase *.
(3) Nhaya- Pero de Naia, castelhano ao servi<;o de Portugal, que foi o funda!dor 'de Sofala ,e a ldefendeu do cerco
dos ca.fres em 1505.
(4) Alagoas- Lagoas (nfu> conhecidas pelos antigos).
Pr6tese *
(:.>) A bas sis- Abissfnios.
(6) De Cristo 0rmigos- Cristaos.
.
(1) M6roe- RegHio eti6pica harlhada pe'lo N1-lo, chamada
Naba pelos naturais e que os antigos supunham ser uma ilha.
(S) Claro- Ilustre. Latinisnw *,
508
OS LUSfADAS
CANTO X
98
509
Ari:bia Deserta.
(9) Vag a - Err ante, n6ma;da. .
(lO) A traga- A ~parte mms sahente.
510
OS LUSfADAS
>CANTO X
102
104
511
OS LUSfADAS
512
105
106
mear.
CANTO X
107
108
109
(1 )'
( 2)
( 3)
(
13
'
epi-
n.o
m[o
rver-
'OS LUSfAD:AS
:514
CANTO X
515
;
110
112
(')
(3)
( 4)
Tome.
(5)
(1)
( 2)
(S)
seguidores).
Detv~ios-
SubterfUgios, ou rodeios.
NiiCJ se ouga-Naoseja ouvido.
Fios- CordOes de seda e ouro, que os br8.manes prin.
cipais trazem a tiracolo.
(1) Que o mundo veja- Para que o mundo se possa dar
conta (de que n5.o hi pior inimigo da verdadeira virtude do
que a virtude falsa, -ou o cinismo .e a hipocrisia). Proposi(4)
(5)
(6)
giio final.
(S) Como se usa- Cot.no e costume.
(9)
M elhor escusa- Melhor defesa.
(10) Padre omnipotente- Para Deus Todo Poderoso.
DS LUSfADAS
516
CANTO X
116
117
(1)
( 2)
.Se a:passivante.
, (3) Que remwite- Para que ressuscite. Proposigti,o final.
(4) 0 seu- 0 (testemunho) do morto.
(5) Mais aprovado- Mais digno de c1-edito.
(6) Se banha na !Lgua santa- E banhado n:a 3.gua do
Santo Baptismo.
(1) Em fim de tudo- Por conclusao final.
(')
(9)
119
A rruido- Turimlto.
he ordenava- Determinava; deci'dia.
517
(1)
d~s
pedras.
(2) Vestindo se iam da santa je- Se iam convertendo
ao Cristianismo.
( 3)
V6s outros ... -Padres e Missionaries.
( 4)
Vos danais- Vos corrompeis.
(5) lnjieis deixo- Ponho de la:do os Infi~is.
( 6)
Nesta estancia temos um ataque ao clero que nao
cumpre a sua missao sagrada. Comparemos com algumas
pegas vicentinas e com s:er:m5es de Vieira. (Vide Sermiio de
Sexag6sima).
518
120
121
OS LUSfADAS
CANTO X
519
122
123
124
(1)
II
II
520
OS LUS!ADAS
I
I
CANTO X
126
127
(')
5
( )
vrecisar. Era rica em ouro e pedras preciosas, que abasteciam o territ6rio de Salomao.
( 6)
Singapura- Cida:de na 'ponta meridional da peninsula de Malaca e no estreito do mesmo nome. Agora e urn
importante porto ing1Eis.
1
( )
Tornando a costa a Cinosura- Voltando as cos'tas a
Ursa Menor- ao Norte.
(S) Para a Aurora- Para o Oriente.
9
( )
Pan- Pahang. Era um reino da mesma pen'insula e
tributirio, como anterior, do rei de SHio.
1
( 0) Patane- Reina da costa Oriental -da provincia de
Malaca.
(1 1) Menfio- Mei-nan. Um grande rio da Indochina, que
desagua no golfo de Siiio.
( 12) Chiamai-Chieng-Mai; lago da China, onde nascia
o rio Meniio.
521
OS LUSfADAS
522
CANTO X
128
1'30
129
131
132
(1)
(')
623
B24
II
OS LUS!ADAS
133
( 2}
CANTO X
525
OS LUSfADAS
CANTO X
&27
139
138
140
Americana.
(5) Calisto- POlo Norte. Ninfa Calisto, tr.ansfo-nnada em
Ursa Maior. Indica o P6lo Norte.
(6) Luzente mina- Mina de ouro.
(') Apolo - Sol.
(B) Pau vermelho ___:_ Pau brasil. 1Madeira braslleira, muito
procurada para a tanoaria. Deu nome ao Brasil.
(9) Parte... nOta- Parte... conhecida. Nota>> e latinismo *
(10) A primeira. vossa fro.ta,- A primeira frota ellviada
depois de Vasco da Gama.
OS LUSJADAS
528
141
142
143
144
145
(2}
529
CANTO X
36
OS LUS!ADAS
146
147
CANTO X
150
51>1
(1)
OS LUS!ADAS
533
152
Tenham oS Religiosos-Guardem os Religiosos (Frades e Freiras) as suas fun~Oes de pedirem p.elo triunfo do
vosso reinado ( <<pelo vosso regimento). Ataque aos religiosos para que cumpram os seus deveres e nunca se metam em
politica.
(Z) Toda ambigtio terCio por vento- Terao como vaidade
qualquer motive de amhigao.
CANTO X
533
154
OS LUS!ADAS
534
1'55
I
156
iNDICE GERAL
Pag.
.Advert@:ncia Preambular . . .
VII
.Dados Biogr&ficos de Luis Vaz de 'CamOes . .
IX
Explica~ao de Formas Arcaicas ou 'Populares em
Os Lusiadas
XIV
Figuras de 'Linguagem em Os Lusiadas
XVIII
Notas Linguisticas .
XXVI
0 Milagre de Os Lusiadas . .
XXVII
Aos Estudiosos do 5. 0 Ano Lice:al.
XXIX
<<08 Lusiadas . . . . . .
XXXI
CANTO I
Argumento . .
Proposi~ao ( 1-3)
Invoca~ao (4-5)
Dedicat6ria (6-18)
Inicio da Narra~ao (19)
1ConcHio dos 'Deuses (20-41)
A Frota N a vega ate Mo~ambique ( 42-44)
Recepgao dos Mouros Visita do Regulo (4o-68)
Plano Trai~oeiro do Mouro (69-83) . .
Desembarque, Triunfo da Cilada (84-98)
Ciladas do Piloto e Interven~ilo de Venus (99-102)
Momba~a (103-104) .
. . . .
Per.igos da HipO'Cri-sia e do .C.inismo (105-106) .
2
3
5
7
16
17
28
29
40
46
53
55
56
538
OS LUSfA!DAS
539
JNDICE GERAL
PAg.
P!lg.
CANTO II
Argumento . . . . . ,. . . . . . . . .
Convite do Rei de Mombaga (1-6) . . . . . .
Desembarcam dois Gondenados POrlugueses que sao
enganados ,por Baco ('7-15) . . . . . .
Intervenc;llo de Venus e as Nereidas (16-24) . .
Fuga do Pilato Moura e dos .seus 'Companheiros
(25"28) . . . . . . . . . . . . .
Vasco ,da Gama invoca a Divina Guarda ('2'9-'312)
Interrvenc;ao de venus junto de JUpiter (-3;3-&5)
A Missao de Metcurio (56-G3)
CANTO IV
60
61
63
67
71
73
75
87
91
94
96
Argumento . . . . . . . . . .
A -Situa~llo do Reino e a 'Proclama~ao -de D .. Joao I
(1-14) . . . . . . . . . . . . .
Eifeito-s -da Inte:rvengao de Nuno Al'Vares e Preparatirvos para a Guerra (115-27) . . . . .
Batalha de'Aljubarrota (28-44) . . . , .
Paz com Castela e 'Conquista de Ceuta (45-'50)
D. Duat'te e -D. Afonso V (51"59) . . . . .
D. Joao II (60-&5) . . . . . . . . .
Reinado de D. Manuel e seu sonho prof&ito (66-7'5)
Escolha do Gama e Partida de Belem (76-93)
Velho do Restelo (94-104) . . . . . . . .
[00
182
183
189
195
203
206
2,10
212
2.17
225
CANTO V
CANTO Ill
Argumento . . . . ~ . . ._ . . . . . .
Invocagiio a :Caliope (1-2) . . . . . . . . ,. . .
Gama comec;a a Narra~ao e descreve a Europa (3-2il)
Viriato -e o 1Conde D. Henrique (2,2-28)
D. Arfonso Henriques (29-84) . .
D. Sanoho I (85-89) ; .. . . .
D. Arfonso II e D. Sancho II (90-9.3)
D. Afonso III e D. Dinis (94-98) .
Gomego do Reinado de D. Afonso IV (99-101)
A Formosfssima Maria (102~1.06)
Ba.talha do Salado (10~-117)
Ines de Castro (1'18-135)
D. Pedro (136-1:>7) .
D. F.ernando (138-143) .
112
113
114
1e3
126
152
154
157
1159
160
163
1-67
17-5
1'76
Argumento
.....
Partilda de Lis:boa e Viagem ate passar o Equador
(1"15) .
. . . . . . . . . . . . .
Fogo de .Sante1mo ,e Tromba Maritima (1'6-2.3.) . . .
Continuag&o da Viagem e A ventura de Veloso (24-<3:6)
Epis6dio do Adamastor (-37-60)
Continuaga.o da Viagem ate ao Rio -dos Eons Sinai's
(61-80)
233
240
24G
248
258
266
268
2.71
CANTO VI
Argumento . . . . . ~ . . . . .
Despedida do Rei de Melinde e Continuagiio da Viagem
(1-6) . . . . . . . . . . . . . .
278
279
I
MO
OS LUSfADAS
541
fND!CE GERAL
PAg.
Interven~ao
281
295
308
315
S18
31~
CANTO VII
Argumento , . .
. .....
Elogio do Espirito de Cruzada dos Portugueses (1-15)
Entr,a,da em Ca'lecute oe Descri~iio da fndia (16-22)
-0 Degredado J oao :Martins e o Mouro Mongaide
(23-27)
. . . . '
Mon~aide visita a Frota (28-41) .
.
-0 Gama desembarca e e recebido -pelo Catual e pelos
N aires ( 42-5B) . .
. . . .
Visita ao .Samorim e troca de discursos (57-6-6)
0 Catual infofma-se junto de Mon~aide (67-72)
.Paulo da Gama explica as figuras desenhadas nas
Bandeiras (7.8-76) . . . . . . . . .
Nova Invocagao do Poeta e Queixas Amargas dos seus
Infortunios (77-87)
. . . . .
324
325
332
343
350
354
357
359
CANTO VIII
Argumento . . . .
Explica~ao das F-iguras (1-43) .
O's ArU.spices Indianos sacrificam, e Baco intervem
(44-50)
' . ' . .
A Revalta contra o Gama (51-59) .
Conversas entre o Gama e o Samorim ( 60-'78)
Dificuldwdes Postas pelo rCatual e Embarque (79-95)
Dmniipotencia do Metal Luzente e Louro (96-99)
366
367
387
390
393
401
408
PUg.
CANTO IX
Argumento . . . .
Deten~ao dos Feitores Portugeu.ses e Represilias .do
Gama (1-11) .
. ,
Restitui~iio dos Feitores e Regresso 8. Pitria (12-17)
Preparativos de venus e Ac<;iio do Cupido (18-50)
Visiio da Ilha dos Amores e a Sua Descrit;io (51-63)
Mostram-se as Ninfas, e o.s Portugueses desembarcam
'(64-69)
. . . . ' .
A Persegu.igiio das Ninfas (70-74) .
Aventura de Lionardo (75-82) . .
Plenitude do Amor $ensual (83-84)
Tetis e o Gama (85-87) .
Repouso de Trabalhos e Sentido Aleg6rico desta Ilha
(88-92)
Valor e Significado da Imortalidade (93-95) .
412
413
417
420
436
442
445
447
450
451
452
454
CANTO X
Argumento
Banquete e Comego da Descrigiio dos Feitos Futuros
(1-7) .
Invocagiio a Caliope (8-9) .
A Ninfa Continua a Celebrar Her6is e Gorvernadores
da fndia (10-74) . . . .
Tftis Mostra a Vasco da Gama o Universo (75-90)
Tetis indica os lugares das G16riasportuguesas (91141)
Ttis Despede os Portugueses que Embarcam (142~
-143)
. . . .
Ohegada a Portugal (144) . . . .
LamentagOes do Poeta, que se dirige ao Rei e Indica
a Possibilidade de Novas Gl6rias (14-5~156)
458
459
4B3
464
491
5Q5
528
529
529