Viver é arriscado!

Viver é arriscado!

O ser humano não gosta do risco. Somos condicionados a continuamente encontrar pontos de estabilidade e previsibilidade porque essa busca faz parte da manutenção da nossa segurança. Essa busca está na essência do ser humano há milhares de anos. A pirâmide de Maslow exemplifica isso ao mostrar o quão importante para o ser humano é o alcance e manutenção das necessidades físicas e de segurança.

Isso significa que ao longo de toda nossa história – inclusive e principalmente nos dias atuais – o que temos buscado é a segurança. Evidência disso é a crise político-econômica que coloca em xeque a manutenção das nossas necessidades de segurança e acaba com a previsibilidade e a segurança do emprego nosso de cada dia. Ou seja, cada dia acordamos para uma dúvida, que mexe com nossa zona de conforto.

Além disso, o ambiente organizacional demanda que um dos papeis que as lideranças precisam exercer é a execução das atividades dentro dos parâmetros estabelecidos pelo planejamento. Em outras palavras, o que as organizações buscam incessantemente é manutenção da estabilidade e da previsibilidade e a ausência do risco. A tarefa da maioria dos líderes tem se resumido a isso.

Mas essa busca constante pela segurança tem a tendência de nos colocar numa zona de conforto que ao longo do tempo poderá se tornar mais arriscada do que o próprio risco. Viver, por si só, é muito arriscado, como afirma a escritora e empreendedora Rafaella Capai.

“Risco e vida são tão sinônimos que às vezes o risco até deixa de existir, simplesmente porque faz parte do viver. Basta estar vivo para passear ao lado do risco.”

Desnecessário explicar a profundidade dessa mensagem, uma vez que ao buscarmos constantemente a segurança por meio da eliminação do risco estaremos também eliminando as oportunidades que surgem. Sim, pois oportunidade e risco andam juntos. Sim, oportunidade, risco e benefícios são amigos íntimos que andam de mãos dadas. E, sim, oportunidades aparecem constantemente mas somente as aproveita quem está disposto a arriscar.

Embora a mensagem embutida em tudo o que está aqui escrito seja “arrisque-se!”, convém lembrar que todos os movimentos que iniciamos devem ter um propósito bem claro. Não basta movimentar-se apenas para dizer que estamos saindo do lugar. Não devemos fazer as coisas de qualquer jeito, pois fazer por fazer pode ser pior do que dedicar um tempo a mais na inércia para analisar e planejar o que, de fato, precisa ser feito. Ficar na zona de conforto é arriscado, mas fazer qualquer coisa de qualquer jeito pode ser ainda mais.

O que fazer então? Devemos curtir o ócio criativo para elaborarmos planos e ações que nos levem para mais perto do ponto aonde desejamos chegar. Vale a pena viver esse risco!

Entre para ver ou adicionar um comentário