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Por Turibio Barros — Miami, Estados Unidos

A fadiga é uma manifestação subjetiva que ocorre em qualquer tipo de atividade física e seus fatores determinantes constituem-se em uma área de pesquisa que tem sido bastante valorizada nos últimos anos. Uma caracterização frequente dela é sua subdivisão em fadiga central e periférica.

A central seria uma consequência de alteração da química cerebral em decorrência do exercício, principalmente o exercício mais prolongado. O resultado seria uma gradual redução do comando motor do cérebro sobre os efetores do movimento, ou seja, os músculos, certamente acompanhado de uma “sensação” de fadiga.

Fadiga pode ser dividida em central e periférica, diz fisiologista — Foto: Istock

A periférica tem origem nos próprios músculos esqueléticos, podendo ser tanto decorrente de uma limitação metabólica, geralmente associada à mudança do pH dos músculos (acidose provocada por acúmulo de ácido láctico), como também por esgotamento das reservas energéticas (depleção de glicogênio).

Recentemente surgiu uma hipótese de que o mecanismo da fadiga teria uma importância maior dos efeitos periféricos do exercício, definindo-se o que se passou a chamar de “limiar sensorial de fadiga periférica”. Este limite crítico tanto para a intensidade como para a duração do exercício, seria um mecanismo de proteção para evitar uma alteração muito drástica do equilíbrio do organismo (homeostase).

Quando o limite do corpo é atingido acontece uma "descarga" de impulsos nervosos em vários músculos — Foto: Getty Images

Seria uma “descarga” de impulsos nervosos originada em vários músculos e órgãos quando um limite crítico de tolerância for atingido. Esta descarga de impulsos é recebida em áreas do cérebro que comandam os movimentos, originando um “freio” para a atividade.

Em outras palavras seria o próprio corpo avisando ao cérebro da intolerância em relação ao exercício praticado. Todos nós já vimos que quando esta situação se instala, o indivíduo pode até querer continuar a atividade mas o cérebro impede! Esta situação origina as cenas dramáticas de certos momentos de maratonas, triatlos e etc.

* Com a colebração da Dra. Gerseli Angeli

*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.

Mestre e Doutor em Fisiologia do Exercício pela EPM. Membro do conselho científico da Midway Labs, professor e coordenador do Curso de Especialização em Medicina Esportiva da Unifesp e fisiologista do São Paulo FC e coordenador do Departamento de Fisiologia do E.C. Pinheiros. Membro do American College of Sports Medicine. www.drturibio.com — Foto: EuAtleta

Confira nossa coleção! — Foto: divulgação

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