A fadiga é uma manifestação subjetiva que ocorre em qualquer tipo de atividade física e seus fatores determinantes constituem-se em uma área de pesquisa que tem sido bastante valorizada nos últimos anos. Uma caracterização frequente dela é sua subdivisão em fadiga central e periférica.
A central seria uma consequência de alteração da química cerebral em decorrência do exercício, principalmente o exercício mais prolongado. O resultado seria uma gradual redução do comando motor do cérebro sobre os efetores do movimento, ou seja, os músculos, certamente acompanhado de uma “sensação” de fadiga.
A periférica tem origem nos próprios músculos esqueléticos, podendo ser tanto decorrente de uma limitação metabólica, geralmente associada à mudança do pH dos músculos (acidose provocada por acúmulo de ácido láctico), como também por esgotamento das reservas energéticas (depleção de glicogênio).
Recentemente surgiu uma hipótese de que o mecanismo da fadiga teria uma importância maior dos efeitos periféricos do exercício, definindo-se o que se passou a chamar de “limiar sensorial de fadiga periférica”. Este limite crítico tanto para a intensidade como para a duração do exercício, seria um mecanismo de proteção para evitar uma alteração muito drástica do equilíbrio do organismo (homeostase).
Seria uma “descarga” de impulsos nervosos originada em vários músculos e órgãos quando um limite crítico de tolerância for atingido. Esta descarga de impulsos é recebida em áreas do cérebro que comandam os movimentos, originando um “freio” para a atividade.
Em outras palavras seria o próprio corpo avisando ao cérebro da intolerância em relação ao exercício praticado. Todos nós já vimos que quando esta situação se instala, o indivíduo pode até querer continuar a atividade mas o cérebro impede! Esta situação origina as cenas dramáticas de certos momentos de maratonas, triatlos e etc.
* Com a colebração da Dra. Gerseli Angeli
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