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Marcelo pressiona Governo a dar estatuto "condigno" aos militares

Cerimónias do Dia do Combatente
Cerimónias do Dia do Combatente
PAULO CUNHA/ Lusa

O Presidente da República diz que se Portugal quer ser “importante" e ter os seus “melhores” em cargos importantes, precisa de “forças armadas fortes”. Marcelo falou esta manhã na Batalha, nas cerimónias do Dia do Combatente, onde também esteve o ministro da Defesa, Nuno Melo

Marcelo pressiona Governo a dar estatuto "condigno" aos militares

Liliana Valente

Coordenadora de Política

A mensagem do Presidente da República aos militares, neste domingo Dia do Combatente, foi rápida e teve apenas um foco: o pedido ao novo Governo que não desperdice o momento “irrepetível” e dê condições às forças armadas não só em termos de materiais, mas sobretudo condições aos recursos humanos. “Ou têm estatuto condigno para serem militares e se manterem militares ou pode desbaratar um momento irrepetível na nossa história”, disse.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, se Portugal “quer mesmo ser importante”, precisa de “forças armadas fortes” e isso só se faz com uma revisão do estatuto da carreira militar, mais do que discussões sobre o serviço militar obrigatório. Isto porque a revisão do estatuto não constava do programa da AD e o Presidente, quando o Governo se prepara para apresentar o programa de Governo na Assembleia da República, não quer que o assunto seja esquecido.

Mais, numa cerimónia pela primeira vez com o ministro da Defesa, Nuno Melo, e numa altura em que o tema do Serviço Militar Obrigatório voltou a estar em cima da mesa colocado pelos militares, em artigos no Expresso, o Presidente preferiu falar das condições dos militares.

“É tão simples perceber isto”, disse. Não se podedesperdiçar mais tempo a descobrir o que devia representar há muito uma evidência”, acrescentou. Além do estatuto dos militares no ativo, Marcelo referiu ainda que “não se deve desbaratar de cumprir o que está por cumprir no estatuto do antigo combatente”.

A mensagem do Presidente, curta e dirigida a este assunto, começou por uma parte mais política, referindo a saída de António Guterres da ONU e a vontade do país de ocupar cargos de relevo em instituições internacionais: “Se quer mesmo ser importante, quando terminar as funções do Secretário-Geral da ONU, e estiver a fazer tudo para ser membro do Conselho de Segurança e ter os seus melhores na UE e na NATO, Portugal só o conseguirá com diplomacia mas também com forças armadas fortes”, disse.

Isto porque força armadas fortes não são apenas “navios, aviões e blindados, mas são sobretudo quem os navega, pilota e conduz”, referiu. "Sem militares não há forças armadas fortes" e não há Portugal forte como nós o queremos hoje e sempre".

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lvalente@expresso.impresa.pt

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