Seringa de Clister

Seringa de Clister

Seringa de clister em estanho e madeira do início do séc. XIX, amplamente utilizada até meados dos anos 50 do séc. XIX. O uso de purgativos e clisteres para lavagem intestinal remonta ao Egito antigo. De acordo com o sistema humoral hipocrático-galénico, vigente no pensamento médico até ao séc. XVIII, Hipócrates recomendava a utilização de clisteres e Galeno utilizava os clisteres como forma terapêutica , embora nessa época o seu uso tivesse como único objetivo a purgação. Entendia-se que as quantidades relativas dos quatro humores corporais (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra), levariam a estados de equilíbrio, doença ou dor. A recuperação e cura dar-se-iam pela eliminação do humor excedente ou alterado, por exemplo através da eliminação das fezes. No desconhecimento de outras terapêuticas, o recurso a clisteres foi particularmente frequente a partir do séc. XV. No séc. XVII, o uso de clisteres disseminou-se por toda a Europa sendo também prescritos para febres, queixas de indigestão, dores de cabeça ou na eliminação de vermes intestinais. O médico do rei francês Luís XIV aplicou-lhe mais de 2000 clisteres, e as damas da corte aplicavam mais de 1 clister perfumado por dia. Os enemas são hoje administrados antes de alguns exames de diagnóstico ou intervenções cirúrgicas para lavagem intestinal ou como enemas de retenção para administração de medicamentos.

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Especificações

Categoria
Farmácia
Cronologia
Século XIX
Produções
Funções
Utensílio para irrigações medicinais.
Materiais
Estanho, Madeira
Medidas
43,5 x 6,0 cm
Localização
Museu/ Botica do HSA
Incorporação
Depósito SCMP no HSA
Nº Inventário
F-007