Ainda estão vivos e com a gente? Eis que estamos na terceira parte do nosso especial da Crise dos Talentos! Como será que chegamos em algum ponto de equilíbrio no meio do furacão? Temos que entender do que consiste isso em primeiro lugar. Vem com a gente! O hipomóclio é uma coisa fascinante. Se pensarmos que somos projetos em construção, que a cada experiência que temos adquirimos bagagem, a ideia de algo que remete a um possível equilíbrio começa a tomar forma, ainda que um tanto subjetiva. O fato de termos errado, aprendido, feito escolhas, vai nos tornando mais capazes de respondermos por nossos atos. A tal palavra do dia nada mais é do que isso. O ponto de equilíbrio surge no conceito da Crise dos Talentos como o momento da biografia em que o indivíduo se torna responsável. A cada setênio fomos ganhando "presentes", cada um constituindo um quebra-cabeça do nosso crescimento. Assim, no primeiros anos da vida adquirimos a constituição; no segundo entramos em contato com os temperamentos; o terceiro tem como pano de fundo as qualidades planetárias; já o quarto é dominado pelo zodíaco. E aí você se pergunta: o que eu estou lendo? Pois é, cada palavrinha dessa contém um mundo, mas no que nos concerne, tudo isso vai criando as bases para sermos inteiros, dotados dos instrumentos necessários para sermos independentes. A entrada dos 28 constitui o fim desse ciclo. O quinto setênio tem início e é isso. Estamos ganhando nossa alforria espiritual, por assim dizer. Somos adultos. Isso não quer dizer em absoluto que de repente somos os deuses da sabedoria, apenas que temos meios para nos responsabilizarmos pelos nossos acertos e erros. Mais do que isso, somos dotados de inteligência para tomarmos essa decisão. É uma incrível responsabilidade - aliás, o Hipomóclio, o tal ponto de equilíbrio se refere mais ao ato de, agora, nos responsabilizarmos de fato pelo que escolhemos. Se pensarmos em uma estrela de cinco pontas (como representação das áreas em que nossa vida transcorre: saúde, relacionamentos, trabalho, lazer, e espiritual), cada uma ponta contendo aspectos de inflexão da nossa espinha dorsal de desenvolvimento, o ponto de equilíbrio ideal seria alcançarmos um nivelamento em todos, porém isso é altamente improvável logo de cara. O que acontece é que em algumas áreas tiramos umas notas maiores e outras precisamos de mais empenho. Eles também são influenciados pela nossa história de vida. Uma pessoa que é obrigada a assumir responsabilidades muito cedo na vida vai ter o hipomóclio adiantado. O caso oposto também pode acontecer, ou seja, um atraso nessa tomada. Lembrando que chegar no ponto de equilíbrio não é uma corrida e o ideal seria mesmo ficar no cronograma, mas isso nem sempre é possível. A gente pega nosso limão e cria nossa limonada. |